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Advogado de defesa afirma que entrará com recurso contra decisão da Assembleia de manter Binho Galinha preso
Advogado de defesa afirma que entrará com recurso contra decisão da Assembleia de manter Binho Galinha preso
Por Carine Andrade, Política Livre
10/10/2025 às 15:42
Foto: Política Livre/Arquivo

O advogado criminalista Gamil Föppel, que trabalha na defesa do deputado estadual Binho Galinha (PRD), afirmou que vai aguardar os desdobramentos da decisão da Assembleia Legislativa da Bahia sobre a manutenção da prisão do parlamentar, preso após se entregar espontaneamente à Justiça no último dia 03. Ele é acusado de chefiar uma organização criminosa envolvida em crimes como lavagem de dinheiro, obstrução da Justiça, jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada e comércio ilegal de armas.
Em sessão extraordinária realizada, nesta sexta-feira (10), os deputados decidiram pela manutenção da prisão. O placar foi de 34 votos a favor e 18 contra. Um dos 53 deputados presentes se absteve de votar.
Agora, a expectativa é que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) convoque uma nova reunião em que será deliberada a possibilidade de cassação do mandato parlamentar.
Em entrevista à imprensa, Föppel explicou que já existem ações de impugnação da decisão em curso. “Inclusive, foi divulgado, e eu sei que não foi divulgado por mal, que o STJ [Superior Tribunal de Justiça] teria negado um habeas corpus. Na verdade, o STJ não negou um habeas corpus, o STJ não conheceu de um habeas corpus porque entendeu que havia supressão de instância porque a matéria está no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia”, pontuou.
O advogado seguiu dizendo que respeita a decisão da Casa Legislativa, que ele chamou de soberana, mas que, contudo, a decisão não foi pautada em uma análise técnica do processo. Ele também citou que ainda existe um longo caminho pela frente, “seja no que diz respeito à liberdade ambulatória, ao direito de ir e vir, seja no que diz respeito à própria regularidade do processo”.
“Eu tenho falado isso sempre com a imprensa, e é importante deixar esse registro histórico, porque daqui a algum tempo, quando essa nulidade for reconhecida, é importante que fique claro que a defesa está pontuando isso desde o primeiro momento. Há nulidades insuperáveis nesse processo, que violam o devido processo legal, que violam o princípio do juiz natural e que seguramente, desde que se respeite a legislação, serão acolhidas e acatadas um dia e aí depois as explicações vão precisar ser dadas”, frisou.
