Whats App Image 2025 10 27 at 08.15.05

<p><a href="https://politicalivre.com.br/2025/07/eleicao-do-pt-na-bahia-tem-denuncia-de-mortos-como-eleitores-e-caso-deve-ir-a-justica/#gsc.tab=0">Passada a acirrada disputa interna no Processo de Elei&ccedil;&atilde;o Direta (PED), recheada de den&uacute;ncias de irregularidades e at&eacute; de mortos como eleitores</a>, integrantes do PT da Bahia iniciaram o movimento de cicatrizar as feridas e reagrupar as for&ccedil;as para pr&oacute;ximo desafio eleitoral da porta para fora, que coloca em jogo a hegemonia de 20 anos do grupo no Governo do Estado. Entre os que dizem j&aacute; ter virado a p&aacute;gina est&aacute; o ex-presidente estadual Jonas Paulo, derrotado por T&aacute;ssio Brito no &uacute;ltimo PED, a quem fez duras cr&iacute;ticas ao longo da campanha.&nbsp;</p>
<p>Nesta entrevista exclusiva, concedida ao <span style="color: rgb(133, 48, 13);"><strong>Pol&iacute;tica Livre</strong></span> na &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira (22), quando seguia para uma reuni&atilde;o da Executiva do PT na Assembleia Legislativa, Jonas afirma que, como um dos fundadores, tem &ldquo;responsabilidade com a condu&ccedil;&atilde;o do partido&rdquo;, apontando que se avizinha uma corrida dif&iacute;cil. &nbsp; &ldquo;Estamos trabalhando numa linha de construir a unidade, porque a disputa n&atilde;o ser&aacute; f&aacute;cil&rdquo;.</p>
<p>Ele diz que o legado de cinco mandatos credencia o grupo a uma nova rodada, mas adverte os correligion&aacute;rios a n&atilde;o &ldquo;negligenciar a for&ccedil;a do advers&aacute;rio&rdquo;, nem ainda deter-se em debates laterais, a exemplo da forma&ccedil;&atilde;o da chapa ao Senado, sen&atilde;o em consolidar a lideran&ccedil;a do governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues. &ldquo;N&oacute;s n&atilde;o podemos abrir um debate que n&atilde;o aponte a afirma&ccedil;&atilde;o de uma lideran&ccedil;a com maior longevidade, que &eacute; Jer&ocirc;nimo&rdquo;.</p>
<p>Sobre o desenho nacional, Jonas Paulo diz que o PT baiano ter&aacute; novamente a miss&atilde;o de assegurar a margem de votos para manter Lula no Planalto por mais quatro anos, &ldquo;porque l&aacute; no Sul as coisas continuam mais ou menos parecidas [&hellip;] O quadro l&aacute; embaixo n&atilde;o evoluiu&rdquo;.</p>
<p>Leia a entrevista completa:</p>
<p><strong>Como ficou o ambiente no partido depois que decantou aquela disputa acirrada do PED?</strong></p>
<p>O ambiente est&aacute; tranquilo, eu sou fundador do PT, portanto tenho responsabilidade com a condu&ccedil;&atilde;o do partido. Eu estou indo para a dire&ccedil;&atilde;o nacional, para a dire&ccedil;&atilde;o da Funda&ccedil;&atilde;o Perseu Abramo, estou aqui no governo coordenando o plano estrat&eacute;gico de desenvolvimento do Estado, estamos trabalhando numa linha de construir a unidade, porque a disputa n&atilde;o ser&aacute; f&aacute;cil. Aqueles que acham que a disputa ser&aacute; f&aacute;cil est&atilde;o enganados. N&oacute;s precisamos consolidar a lideran&ccedil;a do governador no Estado, precisamos trabalhar o governador como uma lideran&ccedil;a jovem que abre a perspectiva, de fato, da moderniza&ccedil;&atilde;o da Bahia, de criar esperan&ccedil;a para o povo da Bahia. J&aacute; fizemos a democratiza&ccedil;&atilde;o, j&aacute; fizemos obra, mas n&oacute;s precisamos apresentar o futuro, um futuro est&aacute;vel, um futuro de desenvolvimento, um futuro em que a Bahia ocupe o seu lugar no pa&iacute;s, e essa lideran&ccedil;a chama-se Jer&ocirc;nimo Rodrigues, que precisa ser afirmada junto com o presidente Lula. N&oacute;s temos que construir a gera&ccedil;&atilde;o p&oacute;s-Lula, e a gera&ccedil;&atilde;o p&oacute;s-Lula passa pela afirma&ccedil;&atilde;o da lideran&ccedil;a de Jer&ocirc;nimo. N&atilde;o podemos entrar em discuss&otilde;es menores que n&atilde;o est&atilde;o no centro da estrat&eacute;gia, porque para n&oacute;s o mais importante &eacute; ampliar a bancada, eleger o governador, manter a Bahia como retaguarda estrat&eacute;gica da vit&oacute;ria nacional, botar a Bahia como centro decisivo das elei&ccedil;&otilde;es nacionais junto com o Nordeste.&nbsp;</p>
<p><strong>E que proje&ccedil;&atilde;o o senhor faz para esse pr&oacute;ximo ciclo eleitoral?</strong></p>
<p>N&oacute;s n&atilde;o temos desgaste de material para dizer que o PT esgotou, n&atilde;o, n&oacute;s estamos com muita vitalidade, com muita proposta [&hellip;] O PT tem que ser a for&ccedil;a que dialoga com a sociedade, resgatar a sua hegemonia. Quando eu sa&iacute; da presid&ecirc;ncia, o PT tinha dez federais, 14 estaduais e 93 prefeitos. N&oacute;s vamos retomar essa ofensiva, respeitando os aliados, todos cresceram, mas o PT tinha o protagonismo e n&oacute;s estamos buscando construir essa perspectiva. Eu estou muito confiante de que n&oacute;s vamos para uma disputa dif&iacute;cil, tanto a nacional como estadual, elei&ccedil;&atilde;o dura. N&oacute;s n&atilde;o podemos negligenciar as interven&ccedil;&otilde;es externas no processo brasileiro, n&atilde;o d&aacute; para pensar que os Estados Unidos v&atilde;o assistir e bater palmas para essa elei&ccedil;&atilde;o. N&oacute;s vamos ter que enfrentar as big techs, os pr&oacute;prios interesses americanos na elei&ccedil;&atilde;o. O Brasil &eacute; o B dos Brics, ent&atilde;o temos que estar tranquilos quanto a isso.&nbsp;</p>
<h2>&ldquo;Temos um excelente trabalho constru&iacute;do ao longo desses quatro mandatos, agora no quinto com Jer&ocirc;nimo, que nos coloca em condi&ccedil;&otilde;es de disputar. N&atilde;o podemos negligenciar a for&ccedil;a do advers&aacute;rio. N&atilde;o podemos&rdquo;.</h2>
<p><strong>Objetivamente aqui na Bahia qual &eacute; o grande desafio do PT para atravessar essa disputa dif&iacute;cil?</strong></p>
<p>Primeiro, n&oacute;s temos que manter essa toada de garantir as nossas for&ccedil;as e sermos capazes de aglutinar os aliados, manter a alian&ccedil;a e at&eacute; ampli&aacute;-la &eacute; um objetivo nosso. Mas ao mesmo tempo esse processo passa pela constru&ccedil;&atilde;o de um protagonismo. O projeto tem que ter uma cara, tem que ter um projeto para renovar a Bahia, criar novas perspectivas, trazer a &nbsp;lideran&ccedil;a nacional para a Bahia, desenvolver nossas ferrovias, nossos portos, aeroportos, erradicar a fome, diminuir a desigualdade social, afirmar a agricultura familiar. Tudo isso &eacute; muito dif&iacute;cil, n&atilde;o &eacute; uma coisa simples que faz de uma hora para a outra. E isso n&oacute;s temos que estar muito conscientes da nossa responsabilidade. Agora, os nossos advers&aacute;rios na Bahia vir&atilde;o conforme vierem nacionalmente, eu n&atilde;o tenho d&uacute;vida. Eles trabalham nacionalmente na perspectiva de dois turnos, que eu acho que &eacute; a &uacute;nica forma que eles podem ainda pensar em enfrentar o presidente Lula. Isso vai repercutir aqui conforme eles vierem. Mas n&oacute;s temos muita convic&ccedil;&atilde;o que temos um excelente trabalho constru&iacute;do ao longo desses quatro mandatos, agora no quinto com Jer&ocirc;nimo, que nos coloca em condi&ccedil;&otilde;es de disputar. N&atilde;o podemos negligenciar a for&ccedil;a do advers&aacute;rio. N&atilde;o podemos.&nbsp;</p>
<h2>&ldquo;N&atilde;o d&aacute; para dizer que Jer&ocirc;nimo n&atilde;o tem marca, agora o que precisa &eacute; consolidar, isso a&iacute; &eacute; verdade&rdquo;.</h2>
<p style="text-align: justify;"><strong>A oposi&ccedil;&atilde;o tem dito que o governador Jer&ocirc;nimo ainda n&atilde;o conseguiu colocar sua marca. Que avalia&ccedil;&atilde;o faz disso?&nbsp;</strong></p>
<p>O governador Jer&ocirc;nimo tem uma marca, de uma lideran&ccedil;a emergente e que est&aacute; fazendo investimentos estruturantes. Ele pegou o programa da escola em tempo integral e deu uma din&acirc;mica maior, &eacute; uma marca da forma&ccedil;&atilde;o de quadros, da articula&ccedil;&atilde;o do ensino do tempo integral, com o ensino profissional, com o ensino universit&aacute;rio e com o ensino t&eacute;cnico. Isso &eacute; uma marca, sem d&uacute;vida. A outra marca &eacute; que ele est&aacute; consolidando com as policl&iacute;nicas e com os hospitais a economia da sa&uacute;de. Hoje as regi&otilde;es s&atilde;o outras em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; sa&uacute;de, n&atilde;o s&oacute; em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; rede de servi&ccedil;os, como tamb&eacute;m &agrave; estrutura das atividades econ&ocirc;micas que se desenvolve com as policl&iacute;nicas, os hospitais regionais, as UTIs, as UPAs, somado &agrave;s unidades b&aacute;sicas de sa&uacute;de da fam&iacute;lia. Isso ele est&aacute; fazendo de uma forma magistral. E ele est&aacute; destravando os grandes investimentos da Bahia que vinham travados ao longo do tempo, que foram travados nos seis anos em que o PT esteve fora do governo federal, que &eacute; a Fiol Porto Sul, o Porto Salvador, o Estaleiro da Enseada do Paragua&ccedil;u e ainda todo a quest&atilde;o da apropria&ccedil;&atilde;o da energia produzida na Bahia. Ele est&aacute; fazendo coisas no ponto de vista de construir as bases da Bahia para o futuro, ele tem boas marcas, que &eacute; o cara que est&aacute; modernizando a estrutura econ&ocirc;mica do Estado e melhorando a vida social [&hellip;] Ent&atilde;o n&atilde;o d&aacute; para dizer que n&atilde;o tem marca, agora o que precisa &eacute; consolidar, isso a&iacute; &eacute; verdade. Precisamos consolidar essa lideran&ccedil;a. N&oacute;s n&atilde;o podemos entrar no debate, por exemplo, sobre quem vai ser o senador. Eu quero saber quem &eacute; o governador e quem ele vai conduzir. N&oacute;s temos que discutir um novo tempo na Bahia, por isso n&atilde;o vou ficar discutindo se temos dois do PT se n&atilde;o &eacute; do PT. Para mim, o importante &eacute; como o nosso campo vai ficar unido em torno de Jer&ocirc;nimo e em torno de Lula, e a&iacute; a gente discute as chapas proporcionais e as chapas de senadores.&nbsp;</p>
<h2>&ldquo;O Lula tem que ganhar com uma margem na Bahia porque l&aacute; no Sul as coisas continuam mais ou menos parecidas [&hellip;] O quadro l&aacute; embaixo n&atilde;o evoluiu&rdquo;.</h2>
<p><strong>O senhor j&aacute; antecipou um pouco da nossa pergunta sobre o Senado. Mas como o PT est&aacute; lidando com esse movimento do senador Angelo Coronel, que praticamente declara independ&ecirc;ncia ao dizer que ser&aacute; candidato a todo custo?</strong></p>
<p>Primeiro, essa quest&atilde;o [do Senado] n&atilde;o &eacute; a quest&atilde;o estrat&eacute;gica central. A estrat&eacute;gia central &eacute; o Lula tem que ganhar com uma margem na Bahia porque l&aacute; no Sul as coisas continuam mais ou menos parecidas. Melhorou no Rio de Janeiro, mas se o governador de S&atilde;o Paulo for o candidato &agrave; reelei&ccedil;&atilde;o endurece a disputa em S&atilde;o Paulo e n&oacute;s n&atilde;o temos claro o que vamos fazer em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul, no Paran&aacute;. O quadro l&aacute; embaixo n&atilde;o evoluiu. Ent&atilde;o, a Bahia tem um papel central de liderar o Nordeste, porque o Nordeste deu 11 milh&otilde;es de votos de frente para Lula, sendo quatro milh&otilde;es na Bahia e Lula ganhou por dois milh&otilde;es no Brasil. Essa &eacute; a disputa central. Os Brics, a China, a R&uacute;ssia, a &Iacute;ndia, a &Aacute;frica do Sul, os pa&iacute;ses &aacute;rabes, todo mundo atento com o que vai acontecer no Brasil. O B dos Brics vai permanecer? Isso &eacute; uma coisa que para n&oacute;s &eacute; important&iacute;ssima. E isso vai ser decidido aqui: O B de Brasil vai ser decidido no B da Bahia. Essa que &eacute; a minha preocupa&ccedil;&atilde;o, isso que me faz ficar 24 horas atento. E quem &eacute; que conduz isso? O governador Jer&ocirc;nimo. Porque a disputa vai se dar n&atilde;o pela capacidade de voc&ecirc; ter voto para o Senado, e sim ter votos para presidente, para governador e para deputado, eleger bancada. Esse &eacute; o centro da disputa. Agora, &eacute; importante o Senado? &Eacute;, porque n&oacute;s precisamos ter voz no Senado, porque todas as a&ccedil;&otilde;es passam no Senado. Mas a&iacute; Otto n&atilde;o &eacute; do PT e est&aacute; dando show, todo o Brasil reconhece. Wagner d&aacute; show. N&oacute;s vamos definir aquilo que ajuda a unificar em torno de Jer&ocirc;nimo, de Lula e da possibilidade de a gente ampliar a bancada.</p>
<h2>&ldquo;N&oacute;s n&atilde;o podemos abrir um debate que n&atilde;o aponte a afirma&ccedil;&atilde;o de uma lideran&ccedil;a com maior longevidade, que &eacute; Jer&ocirc;nimo&rdquo;.</h2>
<p><strong>O senhor foi um presidente que teve bancada forte em Bras&iacute;lia, na Assembleia, representa&ccedil;&atilde;o forte em Salvador e viu ao longo do tempo a representatividade do PT numericamente diminuir. Isso teve reflexo, por exemplo, na elei&ccedil;&atilde;o do ano passado em Salvador, sobre a qual o senhor j&aacute; fez cr&iacute;ticas abertas. O que o partido precisa fazer para recompor aquela frente que se tinha tempos atr&aacute;s?&nbsp;</strong></p>
<p>Olha, vou lhe dizer qual &eacute; um dos orgulhos que eu tenho. Eu era representante do governo da Bahia em Bras&iacute;lia e veio a vota&ccedil;&atilde;o do impeachment da Dilma e n&oacute;s tivemos 24 votos. Eu ajudei, inclusive, na &eacute;poca o governador Rui a coesionar nossa bancada para tomar essa defini&ccedil;&atilde;o. Ent&atilde;o n&oacute;s precisamos continuar com essa margem na bancada, que &eacute; com o crescimento do PT e com o crescimento dos aliados, eu n&atilde;o quero crescer sozinho, quero crescer com os aliados. Mas s&oacute; que n&oacute;s temos que ter aten&ccedil;&atilde;o de que um projeto tem um centro, tem eixos que est&atilde;o pela condu&ccedil;&atilde;o de uma centro-esquerda, que a esquerda lidera. Ent&atilde;o n&oacute;s temos que ter isso claro. E foi o que eu fiz quando fui presidente. N&oacute;s tivemos 94 prefeitos e o PSD tinha 77, o PP tinha 51. Todo mundo cresceu, o PSB tinha 35, o PCdoB tinha 18, o PDT tinha 24. Esse foi o resultado da elei&ccedil;&atilde;o que eu coordenei como presidente do PT. Elegemos dez federais, mas todos partidos elegeram bancada. Ent&atilde;o esse &eacute; o nosso objetivo para a gente n&atilde;o perder o eixo. E outra coisa, voc&ecirc; n&atilde;o pode ficar discutindo onde tem lideran&ccedil;as consolidadas. Todos j&aacute; foram presidente da Assembleia, ministro, governador, senador, deputado federal&hellip;.ent&atilde;o n&oacute;s n&atilde;o podemos abrir um debate que n&atilde;o aponte a afirma&ccedil;&atilde;o de uma lideran&ccedil;a com maior longevidade, que &eacute; Jer&ocirc;nimo. Se n&atilde;o, vamos ficar discutindo desgaste de material. &lsquo;Ah, eles n&atilde;o t&ecirc;m mais candidato e t&ecirc;m que usar os que j&aacute; foram&rsquo;. Ali&aacute;s, por falar em desgaste de material, &eacute; o lado de l&aacute; que n&atilde;o tem candidato e fica buscando os que j&aacute; foram candidatos a tudo e mais alguma coisa. Ent&atilde;o, &eacute; essa linha que n&oacute;s temos que evitar.&nbsp;</p>
<h2>&ldquo;A pol&iacute;tica &eacute; feita da capacidade de movimentos, mas eu acho que n&oacute;s n&atilde;o podemos ficar presos apenas &agrave; quest&atilde;o de capturar lideran&ccedil;as do outro lado&rdquo;.</h2>
<p><strong>O senhor &eacute; a favor desse momento que o governador faz para trazer prefeitos da oposi&ccedil;&atilde;o, que muitas vezes acaba at&eacute; ferindo correligion&aacute;rios do PT?&nbsp;</strong></p>
<p>A pol&iacute;tica &eacute; feita da capacidade de movimentos, mas eu acho que n&oacute;s n&atilde;o podemos ficar presos apenas &agrave; quest&atilde;o de capturar lideran&ccedil;as do outro lado, apesar que voc&ecirc; tem que capturar, mas n&atilde;o pode ser o central do seu movimento. O central do seu movimento &eacute; a gente conseguir dialogar com os setores que produzem na Bahia, com os setores importantes, os empres&aacute;rios, os trabalhadores, as universidades, os centros de pesquisa, as empresas, as cooperativas, &eacute; importante a gente ter um projeto consolidado nesses segmentos que fazem o dia a dia. Porque nas conveni&ecirc;ncias da pol&iacute;tica &agrave;s vezes o prefeito vem, mas o deputado n&atilde;o vem, o vereador n&atilde;o vem, ent&atilde;o &eacute; todo um jogo que faz parte da movimenta&ccedil;&atilde;o, mas n&atilde;o pode ser o centro da nossa movimenta&ccedil;&atilde;o.</p>

16106604416000ba59643da 1610660441 3x2 Xl

<p>O&nbsp;Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal no Amazonas&nbsp;entrou com um mandado de seguran&ccedil;a pedindo que o diretor-geral da&nbsp;Abin&nbsp;(Ag&ecirc;ncia Brasileira de Intelig&ecirc;ncia),&nbsp;Luiz Fernando Corr&ecirc;a, apresente relat&oacute;rios produzidos na pandemia de&nbsp;Covid-19&nbsp;com alertas ao governo&nbsp;Jair Bolsonaro&nbsp;sobre a&nbsp;crise de oxig&ecirc;nio no estado.</p>
<p>A peti&ccedil;&atilde;o inicial foi apresentada na &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira (11) pelo procurador da Rep&uacute;blica Igor Jord&atilde;o Alves &agrave; 9&ordf; Vara Federal da Se&ccedil;&atilde;o Judici&aacute;ria do Amazonas. No documento, ele afirma que a Abin se negou a fornecer informa&ccedil;&otilde;es pedidas pelo MPF, o que motivou a apresenta&ccedil;&atilde;o do mandado de seguran&ccedil;a.</p>
<p>No documento, Jord&atilde;o Alves pede que o diretor-geral da Abin cumpra, em 48 horas, a solicita&ccedil;&atilde;o de encaminhar todos os relat&oacute;rios elaborados pela Abin entre mar&ccedil;o de 2020 e janeiro de 2021 sobre a&nbsp;situa&ccedil;&atilde;o da pandemia de Covid-19 no Amazonas. O estado sofreu uma crise de&nbsp;desabastecimento de oxig&ecirc;nio&nbsp;que resultou na morte de dezenas de pacientes por asfixia.</p>
<div>
<div id="banner-300x250-area-materia"></div>
</div>
<p>O procurador tamb&eacute;m pede acesso a todas as comunica&ccedil;&otilde;es que comprovem que os relat&oacute;rios produzidos foram repassados para as autoridades de Poder Executivo Federal e informa&ccedil;&otilde;es e comprova&ccedil;&otilde;es sobre eventuais comunica&ccedil;&otilde;es dos dados ao governo do Amazonas e ao munic&iacute;pio de Manaus.</p>
<p>Jord&atilde;o Alves diz que o pedido de acesso aos relat&oacute;rios busca viabilizar a "repara&ccedil;&atilde;o e a indeniza&ccedil;&atilde;o &agrave;s v&iacute;timas da crise de desabastecimento de oxig&ecirc;nio medicinal no Estado do Amazonas, ocorrida em janeiro de 2021".</p>
<p>O procurador cita a publica&ccedil;&atilde;o de reportagens que mencionam a exist&ecirc;ncia de relat&oacute;rios produzidos pela Abin nos quais o &oacute;rg&atilde;o comunicou o governo federal sobre a possibilidade de satura&ccedil;&atilde;o da rede de sa&uacute;de do Amazonas. No entanto, afirma que, quando o MPF solicitou formalmente acesso aos dados via of&iacute;cio, n&atilde;o recebeu resposta do &oacute;rg&atilde;o de intelig&ecirc;ncia.</p>
<p>"A obten&ccedil;&atilde;o dos relat&oacute;rios produzidos pela Abin &eacute; essencial para corroborar a previsibilidade dos eventos lesivos, raz&atilde;o pela qual configura mat&eacute;ria probat&oacute;ria relevante para fixa&ccedil;&atilde;o da responsabilidade civil dos entes federativos", afirma.</p>
<p>No documento, o procurador diz que a "recusa injustificada da autoridade coatora em cumprir a requisi&ccedil;&atilde;o, portanto, obstrui o direito-dever constitucional de o Minist&eacute;rio P&uacute;blico zelar pelos direitos fundamentais e de promover as medidas necess&aacute;rias &agrave; sua garantia, tornando o ato de omiss&atilde;o diretamente lesivo ao direito l&iacute;quido e certo ora invocado".</p>
<p>Segundo Jord&atilde;o Alves, as informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o de interesse p&uacute;blico e n&atilde;o sujeitas &agrave;s hip&oacute;teses de sigilo.</p>
<p>A Abin informa que n&atilde;o foi notificada sobre o mandado. Integrantes da ag&ecirc;ncia dizem que todas as informa&ccedil;&otilde;es dispon&iacute;veis j&aacute; foram entregues por meio da Casa Civil e que mais de 1.100 documentos referentes &agrave; Covid-19 s&atilde;o p&uacute;blicos e est&atilde;o dispon&iacute;veis no site da Abin.</p>

Csm Bundesumweltminister Carsten Schneider Lp 1200px 81b7991fc8

<p>A&nbsp;Alemanha&nbsp;anunciar&aacute; nos pr&oacute;ximos dias o valor de sua contribui&ccedil;&atilde;o para o&nbsp;novo fundo para florestas tropicais capitaneado pelo Brasil, prometeu neste s&aacute;bado (15) o ministro alem&atilde;o do&nbsp;Meio Ambiente, Carsten Schneider, ap&oacute;s chegar a&nbsp;Bel&eacute;m&nbsp;para a semana final da&nbsp;COP30, confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas, segundo noticiou a m&iacute;dia alem&atilde; neste domingo (16).</p>
<p>Berlim se comprometeu a apoiar o&nbsp;Fundo Florestas Tropicais para Sempre&nbsp;(TFFF, na sigla em ingl&ecirc;s) lan&ccedil;ado pelo presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT), que&nbsp;visa recompensar financeiramente os pa&iacute;ses pela preserva&ccedil;&atilde;o de suas florestas tropicais em um esfor&ccedil;o para combater o desmatamento.</p>
<p>"Tenho conversado sobre isso em Berlim nos &uacute;ltimos dias e espero que possamos dizer em breve exatamente quanto dinheiro ser&aacute; envolvido", disse Schneider. "Mas podem ter certeza de que, se a Alemanha fizer isso, ser&aacute; feito da maneira correta."</p>
<div>
<div id="banner-300x250-area-materia"></div>
</div>
<p>As&nbsp;expectativas em rela&ccedil;&atilde;o ao governo alem&atilde;o s&atilde;o altas&nbsp;na c&uacute;pula do clima, ap&oacute;s o chanceler federal, Friedrich Merz, prometer uma "quantia substancial" da Alemanha durante sua visita na semana passada.</p>
<p>Segundo estimativas do Brasil, o fundo, com um volume alvo de US$ 125 bilh&otilde;es, poderia distribuir cerca de US$ 4 bilh&otilde;es anualmente ap&oacute;s um per&iacute;odo inicial de implementa&ccedil;&atilde;o, quase tr&ecirc;s vezes o volume atual de ajuda financeira internacional para florestas.</p>
<p>Brasil e Indon&eacute;sia prometeram US$ 1 bilh&atilde;o cada. Ambos os pa&iacute;ses abrigam extensas florestas tropicais.</p>
<p>Organiza&ccedil;&otilde;es ambientais pediram no in&iacute;cio desta semana que a Alemanha igualasse a contribui&ccedil;&atilde;o de seu parceiro pr&oacute;ximo, a Noruega. Oslo anunciou sua inten&ccedil;&atilde;o de contribuir com US$ 3 bilh&otilde;es para o fundo ao longo de dez anos.</p>
<p>O primeiro dia de Schneider em Bel&eacute;m incluiu visitas a projetos locais e empresas na&nbsp;amaz&ocirc;nia ao redor da cidade. Ele viu como a borracha &eacute; extra&iacute;da e as bagas de a&ccedil;a&iacute; s&atilde;o colhidas, e tamb&eacute;m visitou um projeto de parque financiado pela Alemanha.</p>

 Rbr8157

<p>A ministra do&nbsp;Meio Ambiente,&nbsp;Marina Silva, prop&ocirc;s neste s&aacute;bado (15) em reuni&atilde;o com representantes de outros pa&iacute;ses que a&nbsp;COP30&nbsp;torne oficial o compromisso para a cria&ccedil;&atilde;o de um roteiro para o fim dos combust&iacute;veis f&oacute;sseis em todo o mundo. Caso a ideia v&aacute; adiante, a negocia&ccedil;&atilde;o do texto entraria na agenda das pr&oacute;ximas edi&ccedil;&otilde;es.</p>
<p>A proposta de roteiro para aposentar&nbsp;petr&oacute;leo, g&aacute;s e carv&atilde;o foi citada pelo presidente Lula (PT) durante discurso de abertura da C&uacute;pula do Clima, que reuniu chefes de Estado e governo e precedeu a COP, e tamb&eacute;m na sess&atilde;o inaugural da confer&ecirc;ncia. A&nbsp;Folha&nbsp;antecipou que o&nbsp;Brasil queria articular uma proposta do tipo.</p>
<p>O objetivo &eacute; transformar em pr&aacute;tica o al&ccedil;ado na&nbsp;COP28, de Dubai, quando os pa&iacute;ses concordaram em fazer uma transi&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica para longe dos combust&iacute;veis f&oacute;sseis &ndash;mas, na ocasi&atilde;o, n&atilde;o detalham como nem em que prazos.</p>
<div>
<div id="banner-300x250-area-materia"></div>
</div>
<p>A reuni&atilde;o deste s&aacute;bado foi organizada pela Boga (Beyond Oil &amp; Gas Alliance), coaliz&atilde;o de governos e parceiros que trabalham para facilitar a elimina&ccedil;&atilde;o gradual da produ&ccedil;&atilde;o de petr&oacute;leo e g&aacute;s. O encontro contou com ministros e outros representantes de diferentes pa&iacute;ses, como Noruega, Fran&ccedil;a, Reino Unido, Emirados &Aacute;rabes, Alemanha, Su&iacute;&ccedil;a e Nig&eacute;ria.</p>
<p>Plano foi elogiado por pa&iacute;ses ricos, mas recebeu pondera&ccedil;&otilde;es de delega&ccedil;&otilde;es de Ar&aacute;bia Saudita e Nig&eacute;ria.</p>
<p>"O que n&oacute;s precisamos &eacute; deixar&nbsp;Bel&eacute;m com um mandato claro, para que possamos come&ccedil;ar a construir e planejar-nos para os pr&oacute;ximos anos, para que a implementa&ccedil;&atilde;o do consenso dos Emirados &Aacute;rabes possa se tornar realidade", afirmou Marina.</p>
<p>A ministra afirmou que a transi&ccedil;&atilde;o energ&eacute;tica s&oacute; ser&aacute; vi&aacute;vel se levar em conta as diferen&ccedil;as entre pa&iacute;ses, regi&otilde;es e popula&ccedil;&otilde;es. Ela disse que cada realidade tem recursos, vulnerabilidades e capacidades distintas, e que qualquer roteiro global precisa reconhecer essas disparidades desde o in&iacute;cio.</p>
<p>"Sabemos que n&atilde;o temos os mesmos meios e recursos financeiros, humanos e tecnol&oacute;gicos para garantir a seguran&ccedil;a energ&eacute;tica para todos. Ent&atilde;o precisamos entender quem ser&aacute; negativamente afetado e quais salvaguardas podemos criar para que ningu&eacute;m fique para tr&aacute;s", disse.</p>
<p>Ap&oacute;s o discurso, Marina conversou com alguns jornalistas e indicou que o processo de transi&ccedil;&atilde;o seria liderado pelas na&ccedil;&otilde;es desenvolvidas. "Pa&iacute;ses ricos lideram a corrida, e produtores, consumidores e pa&iacute;ses em desenvolvimento v&ecirc;m em seguida. N&oacute;s n&atilde;o temos uma f&oacute;rmula, n&atilde;o temos uma resposta. Por isso que eu digo: a verdade vai surgir aqui entre n&oacute;s, de como interessa da melhor forma poss&iacute;vel esse mandato."</p>
<p>Perguntada se um acordo do tipo ficou mais pr&oacute;ximo ap&oacute;s as manifesta&ccedil;&otilde;es de apoio dos pa&iacute;ses ricos na reuni&atilde;o, a ministra disse que o processo ainda est&aacute; em andamento. "&Eacute; uma constru&ccedil;&atilde;o. N&atilde;o sabemos. Quando n&oacute;s chegamos nos Emirados &Aacute;rabes Unidos, n&oacute;s mesmos n&atilde;o acredit&aacute;vamos que sair&iacute;amos de l&aacute; com uma proposta [de acordo para longe dos f&oacute;sseis]", disse.</p>
<p>"Se h&aacute; confian&ccedil;a no di&aacute;logo, se h&aacute; confian&ccedil;a de que todos est&atilde;o preocupados em encontrar as melhores rotas para que a gente possa salvaguardar o que &eacute; essencial, haveremos de encontrar o caminho", afirmou.</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia"></div>
</div>
<p>"Acho que a coragem que n&oacute;s estamos tendo &eacute; discutir &ndash;e n&atilde;o estou falando o Brasil, estou falando todos, at&eacute; aqueles que est&atilde;o questionando. Nosso maior fracasso &eacute; se a gente n&atilde;o tentar."</p>
<p>Alice Amorim, diretora de programa da COP30, afirma &agrave;&nbsp;Folha&nbsp;que a ideia n&atilde;o &eacute; ter um texto em si do mapa do caminho nesta edi&ccedil;&atilde;o pois o debate &eacute; muito dif&iacute;cil e precisa levar em conta as diferentes especificidades de cada pa&iacute;s.</p>
<p>"Como essas v&aacute;rias realidades se juntam para uma transi&ccedil;&atilde;o que seja justa, equitativa e ordenada? Essa &eacute; a grande quest&atilde;o, e esses detalhes ainda precisam ser definidos", diz Amorim.</p>
<p>A diretora frisa que os f&oacute;sseis s&atilde;o os maiores emissores em escala global de gases de efeito estufa e que &eacute; necess&aacute;ria uma a&ccedil;&atilde;o para evitar, inclusive, que os recursos or&ccedil;ament&aacute;rios sejam drenados pela intensifica&ccedil;&atilde;o dos desastres clim&aacute;ticos.</p>
<p>"A maneira mais r&aacute;pida e assertiva de reduzir o custo l&aacute; na frente &eacute; reduzir as emiss&otilde;es rapidamente", destaca.</p>
<p>Irene V&eacute;lez Torres, ministra de Meio Ambiente da Col&ocirc;mbia, foi bastante aplaudida ao encorajar os demais pa&iacute;ses a se juntarem em uma declara&ccedil;&atilde;o por um mapa do caminho. Na &uacute;ltima semana, o governo de Gustavo Petro declarou ser o primeiro pa&iacute;s a deixar de explorar combust&iacute;veis f&oacute;sseis ou minera&ccedil;&atilde;o em larga escala na floresta amaz&ocirc;nica.</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia-2"></div>
</div>
<p>"A Col&ocirc;mbia gostaria de convidar todos os colegas a assinar a declara&ccedil;&atilde;o de Bel&eacute;m para longe dos f&oacute;sseis, que cria um esfor&ccedil;o coletivo por uma rota para a transi&ccedil;&atilde;o", disse. "N&oacute;s acreditamos que este &eacute; o tipo de declara&ccedil;&atilde;o coletiva que precisamos neste momento, para que possamos ter este resultado nesta COP."</p>
<p>Ela ponderou que a Col&ocirc;mbia produz muito petr&oacute;leo e depende dele. Para ela, o esfor&ccedil;o no processo de transi&ccedil;&atilde;o, nessas circunst&acirc;ncias, ser&aacute; o da diversifica&ccedil;&atilde;o da economia do pa&iacute;s.</p>
<p>Ed Miliband, secret&aacute;rio de Estado de Seguran&ccedil;a Energ&eacute;tica do Reino Unido, demonstrou apoio &agrave; ideia do mapa e disse que seu governo foi eleito com o compromisso de n&atilde;o dar novas licen&ccedil;as de explora&ccedil;&atilde;o.</p>
<p>"N&oacute;s estamos fazendo isso por motivos clim&aacute;ticos, mas tamb&eacute;m por seguran&ccedil;a energ&eacute;tica. N&oacute;s n&atilde;o temos a seguran&ccedil;a que precisamos nos f&oacute;sseis, porque estamos sujeitos &agrave; montanha-russa desse mercado. Quando a R&uacute;ssia invadiu a Ucr&acirc;nia, a crise passou para n&oacute;s [com o aumento de pre&ccedil;os]", afirmou.</p>
<p>O&nbsp;ministro do Meio Ambiente da Noruega, Andreas Bjelland Eriksen, que apoiou a ideia de mapa do caminho, apontou o dedo para os pa&iacute;ses consumidores e disse que todos precisam trabalhar para o fim dos f&oacute;sseis ser uma realidade.</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia-3"></div>
</div>
<p>"Muitas pessoas sempre me perguntam, antes da COPs, se &eacute; dif&iacute;cil vir a essas reuni&otilde;es como produtor de petr&oacute;leo e g&aacute;s. N&atilde;o acho que seja mais dif&iacute;cil do que estar aqui como consumidor de petr&oacute;leo e g&aacute;s. Esta &eacute; uma responsabilidade compartilhada que precisamos trabalhar juntos", afirmou.</p>
<p>Os Emirados &Aacute;rabes, por sua vez, destacaram que a transi&ccedil;&atilde;o energ&eacute;tica s&oacute; ser&aacute; efetiva se respeitar as circunst&acirc;ncias nacionais e as diferentes capacidades de cada pa&iacute;s.</p>
<p>O representante emirati afirmou que a implementa&ccedil;&atilde;o do consenso alcan&ccedil;ado em Dubai depende de solu&ccedil;&otilde;es moldadas &agrave;s realidades econ&ocirc;micas, sociais e tecnol&oacute;gicas de cada na&ccedil;&atilde;o, porque "as pol&iacute;ticas diferem entre as capacidades e as prioridades de desenvolvimento".</p>
<p>O representante da Nig&eacute;ria n&atilde;o chegou a mencionar de forma expl&iacute;cita o apoio ao mapa do caminho. Ele afirmou que o atual governo retirou subs&iacute;dios de combust&iacute;veis f&oacute;sseis e citou em seu discurso a preocupa&ccedil;&atilde;o com a diversifica&ccedil;&atilde;o de atividades para que os trabalhadores mais jovens n&atilde;o sejam obrigados a trabalhar nessas mesmas atividades.</p>

Captura De Tela 2025 11 16 145610

<div id="Corpo">O governo do presidente da Rep&uacute;blica, Luiz In&aacute;cio Lula da Silva, desembolsou R$ 345 mil na opera&ccedil;&atilde;o de transporte da ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia ao Brasil para fins de asilo diplom&aacute;tico. Heredia foi condenada a 15 anos de pris&atilde;o pela Justi&ccedil;a peruana em uma a&ccedil;&atilde;o de corrup&ccedil;&atilde;o, originada da Opera&ccedil;&atilde;o Lava Jato.<br><br>A ex-primeira-dama desembarcou em Bras&iacute;lia em abril deste ano ap&oacute;s uma aeronave da For&ccedil;a A&eacute;rea Brasileira (FAB) busc&aacute;-la em Lima.<br><br>O translado envolveu R$ 318 mil em custos log&iacute;sticos, como combust&iacute;vel, manuten&ccedil;&atilde;o e horas de voo, outros R$ 19 mil em taxas aeroportu&aacute;rias de handling e R$ 7,5 mil em di&aacute;rias para a tripula&ccedil;&atilde;o.<br><br>A aeronave utilizada foi um jato E-135 Shuttle (VC-99C), que partiu de Bras&iacute;lia rumo a Lima com paradas t&eacute;cnicas em Curitiba.<br><br>Os custos e detalhes do deslocamento foram obtidos pelo deputado Marcelo Van Hattem (Novo-RS) por meio de um requerimento de informa&ccedil;&atilde;o ao Minist&eacute;rio da Defesa.<br><br>A FAB informou ao parlamentar que a solicita&ccedil;&atilde;o de envio do avi&atilde;o para Lima partiu do presidente Lula, por meio de um of&iacute;cio expedido no dia 15 de abril deste ano via Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores. Ainda de acordo com a For&ccedil;a A&eacute;rea, n&atilde;o foi realizada estimativa pr&eacute;via dos custos da miss&atilde;o.<br><br>Heredia &eacute; mulher do ex-presidente do Peru Olanto Humala, tamb&eacute;m condenado a 15 anos de pris&atilde;o por corrup&ccedil;&atilde;o e lavagem de dinheiro. Diferentemente da esposa, Humala foi preso ap&oacute;s comparecer a uma audi&ecirc;ncia.<br><br>Ao tomar conhecimento da pris&atilde;o do marido, a ex-primeira-dama faltou &agrave; audi&ecirc;ncia no tribunal e se dirigiu &agrave; embaixada brasileira com o filho Samir Mallko Ollanta Humala Heredia.<br><br>Nadine Heredia deu entrada na Embaixada do Brasil em Lima, com pedido de asilo diplom&aacute;tico, logo ap&oacute;s o an&uacute;ncio da senten&ccedil;a.<br><br>Em coordena&ccedil;&atilde;o com o governo peruano, o governo Lula concedeu o asilo, e ela obteve um salvo-conduto para deixar o pa&iacute;s<br><br>Segundo o Minist&eacute;rio P&uacute;blico, Humala e Nadine Heredia teriam recebido recursos de forma il&iacute;cita em opera&ccedil;&otilde;es da construtora Odebrecht (atualmente Novonor), que atuava no pa&iacute;s vizinho em grandes obras p&uacute;blicas.<br><br>Al&eacute;m disso, tamb&eacute;m teriam sido destinat&aacute;rio de dinheiro enviado para campanhas eleitorais, pela ditadura chavista na Venezuela.</div>
<p>&nbsp;</p>

paulo gonet antonio augusto stf

<p>Paulo Gonet&nbsp;perdeu for&ccedil;a entre governistas no Senado pouco antes da vota&ccedil;&atilde;o que&nbsp;conferiu a ele mais dois anos &agrave; frente da PGR&nbsp;(Procuradoria-Geral da Rep&uacute;blica) na quarta-feira (12). Foi preciso uma mobiliza&ccedil;&atilde;o de &uacute;ltima hora para garantir sua recondu&ccedil;&atilde;o ao cargo, com a menor margem&nbsp;desde a redemocratiza&ccedil;&atilde;o.</p>
<p>O esfor&ccedil;o envolveu a defesa do procurador-geral durante a sabatina na CCJ (Comiss&atilde;o de Constitui&ccedil;&atilde;o e Justi&ccedil;a), aceno &agrave; oposi&ccedil;&atilde;o no plen&aacute;rio e a&ccedil;&atilde;o direta de alguns dos senadores mais influentes, principalmente do presidente da Casa,&nbsp;Davi Alcolumbre&nbsp;(Uni&atilde;o Brasil-AP).</p>
<p>A atua&ccedil;&atilde;o da&nbsp;PGR&nbsp;no processo da trama golpista, que culminou na&nbsp;condena&ccedil;&atilde;o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos de pris&atilde;o, inviabilizou o apoio da maior parte da oposi&ccedil;&atilde;o a Gonet. Ainda assim, ele &eacute; benquisto pela maioria dos senadores.</p>
<p>Reduzir o apoio ao procurador-geral era, por&eacute;m, uma forma de&nbsp;expor o descontentamento&nbsp;com a&nbsp;prov&aacute;vel indica&ccedil;&atilde;o&nbsp;do advogado-geral da Uni&atilde;o,&nbsp;Jorge Messias, para a vaga de Lu&iacute;s Roberto Barroso no&nbsp;STF&nbsp;(Supremo Tribunal Federal). A maior parte dos senadores prefere o ex-presidente do Senado&nbsp;Rodrigo Pacheco&nbsp;(PSD-MG). Quem for indicado ao Supremo precisar&aacute; de aprova&ccedil;&atilde;o do Senado.</p>
<div>
<div id="banner-300x250-area-materia"></div>
</div>
<h2 id="flavio-bolsonaro-no-ataque">Fl&aacute;vio Bolsonaro no ataque</h2>
<p>O primeiro momento tenso foi na sabatina de Gonet na CCJ, quando o PGR foi alvo de cr&iacute;ticas bolsonaristas.&nbsp;Fl&aacute;vio Bolsonaro&nbsp;(PL-RJ), filho do ex-presidente&nbsp;Jair Bolsonaro&nbsp;(PL), fez os maiores ataques.</p>
<p>"O senhor aceitou passivamente o&nbsp;Minist&eacute;rio P&uacute;blico&nbsp;ser esculhambado", declarou. Ele tamb&eacute;m disse que o PGR parecia "cumprir ordens" do ministro do STF&nbsp;Alexandre de Moraes, principal respons&aacute;vel pela condena&ccedil;&atilde;o de Bolsonaro na trama golpista.</p>
<p>"Os membros do Minist&eacute;rio P&uacute;blico devem ter vergonha do senhor", declarou o filho de Bolsonaro.</p>
<p>Senadores dizem ter identificado sinais de nervosismo em Gonet. Alguns temeram que ele respondesse no mesmo tom e perdesse votos. O presidente da CCJ,&nbsp;Otto Alencar&nbsp;(PSD-BA), pediu modera&ccedil;&atilde;o a Fl&aacute;vio. Em seguida, Jayme Campos (Uni&atilde;o Brasil-AL) teve uma r&aacute;pida discuss&atilde;o com o bolsonarista.</p>
<p>Isso reduziu a press&atilde;o sobre o procurador-geral, que conseguiu na sequ&ecirc;ncia responder aos questionamentos. Ele teve 17 votos a favor e 10 contra na CCJ, um placar dentro das expectativas de seus principais apoiadores.</p>
<h3 id="sinais-de-dissidencia">Sinais de dissid&ecirc;ncia</h3>
<p>A vota&ccedil;&atilde;o decisiva no plen&aacute;rio estava marcada para pouco depois da sabatina. As estimativas de placar variavam de 47 a 51. Gonet precisava de ao menos 41 apoios para ser reconduzido.</p>
<p>Entre as sess&otilde;es da CCJ e do plen&aacute;rio, foi detectado em conversas nos gabinetes e corredores um movimento na base governista contra a indica&ccedil;&atilde;o.</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia"></div>
</div>
<p>Presidente da Casa, Alcolumbre trabalhou para que a sess&atilde;o tivesse 71 votantes. Omar Aziz (PSD-AM), Eduardo Braga (MDB-AM) e&nbsp;Renan Calheiros&nbsp;(MDB-AL) procuraram colegas para garantir apoio ao procurador-geral.</p>
<p>Apoiadores de Gonet buscaram at&eacute; votos na oposi&ccedil;&atilde;o. Como a delibera&ccedil;&atilde;o &eacute; secreta, n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel ter certeza sobre como cada senador votou. Um dos articuladores estima, com base na lista de presentes e nos resultados, que cerca de seis votos governistas foram perdidos e dois oposicionistas, ganhos.</p>
<p>Os l&iacute;deres do governo no Senado,&nbsp;Jaques Wagner&nbsp;(PT-BA), e no Congresso,&nbsp;Randolfe Rodrigues&nbsp;(PT-AP), tamb&eacute;m se movimentaram. Os desgastes entre Legislativo e Executivo, por&eacute;m, reduziram a influ&ecirc;ncia dos dois representantes de&nbsp;Lula.</p>
<p>Ap&oacute;s a vota&ccedil;&atilde;o, senadores aumentaram a press&atilde;o sobre o governo para que Lula desista de Messias e indique Pacheco. O recado chegou ao menos a Wagner e aos ministros&nbsp;Rui Costa&nbsp;(Casa Civil) e&nbsp;Gleisi Hoffmann&nbsp;(Rela&ccedil;&otilde;es institucionais).</p>
<p>Um dos principais motivos &eacute; que Alcolumbre, essencial para garantir a aprova&ccedil;&atilde;o de Gonet, prefere Pacheco a Messias.</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia-2"></div>
</div>
<h3 id="oposicao-se-conteve">Oposi&ccedil;&atilde;o se conteve</h3>
<p>Al&eacute;m de Gonet, o Senado precisava avaliar indica&ccedil;&otilde;es de outras 10 autoridades. A expectativa era de que o procurador-geral fosse o &uacute;ltimo.</p>
<p>No entanto, o presidente do Senado colocou em vota&ccedil;&atilde;o a&nbsp;proibi&ccedil;&atilde;o de descontos associativos&nbsp;em benef&iacute;cios do INSS depois de aprovar indicados para dois outros cargos &ndash;e realizou a delibera&ccedil;&atilde;o sobre Gonet logo depois.</p>
<p>A discuss&atilde;o do INSS chamou senadores ao plen&aacute;rio, j&aacute; que o tema tem apelo popular. Al&eacute;m disso, a vota&ccedil;&atilde;o dela foi vista como um gesto de boa vontade aos bolsonaristas.</p>
<p>O relator era o l&iacute;der da oposi&ccedil;&atilde;o,&nbsp;Rog&eacute;rio Marinho&nbsp;(PL-RN). Dar destaque a Marinho reduziria a chance de uma rebeli&atilde;o bolsonarista na mesma sess&atilde;o, o que inviabilizaria a aprova&ccedil;&atilde;o do PGR.</p>
<p>A recondu&ccedil;&atilde;o de Gonet foi aprovada com 45 votos a favor, 4 a mais do que o m&iacute;nimo necess&aacute;rio, e 26 contra. Setores da oposi&ccedil;&atilde;o ouvidos pela&nbsp;Folha&nbsp;sabiam que o resultado seria mais apertado, mas imaginavam uma margem maior.</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia-3"></div>
</div>
<p>Passada a vota&ccedil;&atilde;o, alguns senadores avaliam que o PGR poderia ter sido rejeitado se tivesse havido uma campanha p&uacute;blica contra ele. Oposicionistas demonstravam ressentimento com o procurador-geral, mas n&atilde;o conseguiram criar um clima nas redes sociais que demovesse outros congressistas de apoi&aacute;-lo.</p>

Captura De Tela 2025 11 16 101525

<p>S&atilde;o Paulo&nbsp;&eacute; o estado menos integrado a programas de seguran&ccedil;a p&uacute;blica criados ou implementados no governo&nbsp;Lula&nbsp;(PT). Das 11 propostas que dependem de ades&atilde;o volunt&aacute;ria, apenas tr&ecirc;s foram realizados pelo estado administrado por&nbsp;Tarc&iacute;sio de Freitas&nbsp;(Republicanos), poss&iacute;vel advers&aacute;rio do petista nas elei&ccedil;&otilde;es de 2026.</p>
<p>A Secretaria de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica de S&atilde;o Paulo &eacute; comandada pelo secret&aacute;rio Guilherme Derrite (PP-SP), atualmente licenciado para&nbsp;relatar, como deputado, o PL Antifac&ccedil;&atilde;o, em tramita&ccedil;&atilde;o na C&acirc;mara.</p>
<p>A baixa ades&atilde;o, segundo especialistas, faz com que o governo paulista fique fora de iniciativas nacionais consideradas estrat&eacute;gicas para padronizar e aprimorar a troca de dados e do trabalho das for&ccedil;as policiais no pa&iacute;s. Eles ressaltam, por&eacute;m, que a falta de incentivos por parte do&nbsp;Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a tamb&eacute;m dificulta o avan&ccedil;o dessa pol&iacute;tica de integra&ccedil;&atilde;o.</p>
<p>Al&eacute;m de fatores pol&iacute;ticos e institucionais, a quest&atilde;o financeira tamb&eacute;m explica no caso de S&atilde;o Paulo a baixa ades&atilde;o a programas federais. Enquanto o or&ccedil;amento anual da seguran&ccedil;a p&uacute;blica paulista &eacute; de cerca de R$ 20 bilh&otilde;es em 2025, a parcela destinada ao estado pelo Fundo Nacional de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica, administrado pelo Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a, &eacute; de aproximadamente R$ 24 milh&otilde;es em 2025.</p>
<div>
<div id="banner-300x250-area-materia"></div>
</div>
<p>O Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a tem adotado, em algumas iniciativas, a estrat&eacute;gia de vincular o repasse de recursos de fundos federais &agrave; ades&atilde;o dos estados aos programas nacionais, como ocorre na Qualifica&ccedil;&atilde;o do Uso da For&ccedil;a e no projeto de c&acirc;meras corporais.</p>
<p>O projeto estabelece regras e padr&otilde;es para garantir abordagens mais equilibradas, reduzindo o risco de a&ccedil;&otilde;es desproporcionais. J&aacute; o programa de c&acirc;meras corporais re&uacute;ne diretrizes normativas, apoio &agrave; aquisi&ccedil;&atilde;o de equipamentos com o objetivo de aprimorar a aplica&ccedil;&atilde;o da tecnologia e aumentar a transpar&ecirc;ncia nas opera&ccedil;&otilde;es policiais.</p>
<p>Os dados foram obtidos pela reportagem via LAI (Lei de Acesso &agrave; Informa&ccedil;&atilde;o).</p>
<p>Os estados hoje n&atilde;o s&atilde;o obrigados a aderir a programas federais de seguran&ccedil;a. A expectativa do governo Lula &eacute; que a&nbsp;PEC (Proposta de Emenda &agrave; Constitui&ccedil;&atilde;o) da Seguran&ccedil;a, se aprovada, amplie a atua&ccedil;&atilde;o do governo federal na coordena&ccedil;&atilde;o do tema. O texto tramita na C&acirc;mara.</p>
<p>Renato S&eacute;rgio de Lima, diretor-presidente do F&oacute;rum Brasileiro de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica, afirma que S&atilde;o Paulo mant&eacute;m uma tradi&ccedil;&atilde;o de n&atilde;o aderir a sistemas do governo federal. Essa postura, segundo ele, se intensificou na gest&atilde;o Tarc&iacute;sio de Freitas.</p>
<p>Segundo o secret&aacute;rio-executivo do Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a, Manoel Carlos de Almeida Neto, programas como Celular Seguro e o Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas operam de forma integrada por meio de uma plataforma (Sinesp PPe) que unifica boletins de ocorr&ecirc;ncia em n&iacute;vel nacional.</p>
<p>Na pr&aacute;tica, com essa integra&ccedil;&atilde;o, os estados conseguem acessar registros de outras unidades da federa&ccedil;&atilde;o de forma autom&aacute;tica, facilitando investiga&ccedil;&otilde;es e cruzamentos de dados, o que n&atilde;o ocorre em rela&ccedil;&atilde;o a S&atilde;o Paulo, que n&atilde;o participa do sistema.</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia"></div>
</div>
<p>"S&atilde;o Paulo e Rio de Janeiro deveriam aderir ao [Sinsep] PPe porque s&atilde;o o ber&ccedil;o das duas maiores fac&ccedil;&otilde;es do pa&iacute;s, e os demais estados precisam ter informa&ccedil;&otilde;es dos boletins de ocorr&ecirc;ncia e de alvos de inqu&eacute;ritos. Vivemos em um federalismo cooperativo, n&atilde;o d&aacute; mais para os estados funcionarem como ilhas de informa&ccedil;&atilde;o", afirmou o secret&aacute;rio-executivo.</p>
<p>Em nota, a Secretaria da Seguran&ccedil;a P&uacute;blica de S&atilde;o Paulo afirmou que o estado j&aacute; conta com a&ccedil;&otilde;es consolidadas, estruturadas e integradas que atendem aos objetivos dos projetos do governo federal. Disse ainda que compartilha dados criminais pelo Sinesp Integra&ccedil;&atilde;o e pelo Validador de Dados Estat&iacute;sticos.</p>
<p>"O estado est&aacute; implementando o Registro Integrado de Evento de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica, sistema que unificar&aacute; o registro de ocorr&ecirc;ncias pelas for&ccedil;as de seguran&ccedil;a paulistas e ampliar&aacute; a contribui&ccedil;&atilde;o de S&atilde;o Paulo com o banco de dados nacional, assim como proposto pelo pr&oacute;prio MJSP", disse.</p>
<p>Na avalia&ccedil;&atilde;o de Lima, do F&oacute;rum Brasileiro de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica, SP opera um sistema pr&oacute;prio de boletins de ocorr&ecirc;ncia, considerado robusto e com m&uacute;ltiplas funcionalidades, do qual n&atilde;o pretende abrir m&atilde;o. O problema, diz Lima, &eacute; que a interoperabilidade com os sistemas nacionais n&atilde;o funciona, o que prejudica a troca de informa&ccedil;&otilde;es com o restante do pa&iacute;s.</p>
<p>"Os estados n&atilde;o est&atilde;o totalmente errados em criar seus pr&oacute;prios sistemas quando n&atilde;o h&aacute; repasse de recursos e n&atilde;o existe obriga&ccedil;&atilde;o legal. Se o governo federal quer induzir a integra&ccedil;&atilde;o, precisa oferecer contrapartidas", afirma.</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia-2"></div>
</div>
<p>Ele ressalta que, no plano operacional, a coopera&ccedil;&atilde;o funciona, como nas a&ccedil;&otilde;es conjuntas das Ficcos (For&ccedil;a Integrada de Combate ao Crime Organizado) com a Receita Federal. Mas, no plano gerencial e pol&iacute;tico, a resist&ecirc;ncia permanece.</p>
<p>Para o especialista em seguran&ccedil;a p&uacute;blica Luis Fl&aacute;vio Sapori, a PEC da Seguran&ccedil;a pode oferecer uma sa&iacute;da se estabelecer um modelo de gest&atilde;o tripartite, inspirado na sa&uacute;de, em que Uni&atilde;o, estados e munic&iacute;pios pactuam diretrizes comuns.</p>
<p>"&Eacute; poss&iacute;vel criar, no &acirc;mbito do Susp, um comit&ecirc; de governan&ccedil;a tripartite, cujas decis&otilde;es sejam consensuais e garantam maior articula&ccedil;&atilde;o na pol&iacute;tica nacional de seguran&ccedil;a", diz Sapori.</p>
<p>Para Lima, enquanto a pol&iacute;tica de seguran&ccedil;a p&uacute;blica do Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a for apenas uma "prateleira de servi&ccedil;os", sem mecanismos de pactua&ccedil;&atilde;o e indu&ccedil;&atilde;o, a capacidade de integra&ccedil;&atilde;o continuar&aacute; muito baixa porque nunca haver&aacute; dinheiro suficiente para incentivo, dadas as restri&ccedil;&otilde;es fiscais do pa&iacute;s.</p>
<p>No&nbsp;lan&ccedil;amento das diretrizes de c&acirc;meras corporais, em maio do ano passado,&nbsp;a pasta definiu 16 situa&ccedil;&otilde;es em que o uso dos dispositivos &eacute; obrigat&oacute;rio, tanto para policiais quanto para agentes penais, dentro e fora do sistema prisional, iniciativa &agrave; qual S&atilde;o Paulo tamb&eacute;m n&atilde;o aderiu.</p>
<p>S&atilde;o Paulo afirmou, por meio de nota, que tem realizado investimentos em redu&ccedil;&atilde;o da letalidade, com protocolos de uso progressivo da for&ccedil;a, compra de 3.500 armas de incapacita&ccedil;&atilde;o neuromuscular e amplia&ccedil;&atilde;o do programa de c&acirc;meras corporais, que ter&aacute; 15 mil novos equipamentos.</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia-3"></div>
</div>
<p>O tema das c&acirc;meras corporais foi um dos pontos pol&ecirc;micos na gest&atilde;o Tarc&iacute;sio. A princ&iacute;pio, o governador disse ser contra. Depois,&nbsp;mudou de ideia e adotou discurso de ampliar o uso&nbsp;do equipamento. Delegados de S&atilde;o Paulo criticam, por&eacute;m, a&nbsp;demora para que as imagens cheguem aos investigadores&nbsp;em casos de mortes causadas por policiais militares.</p>
<p>Ainda em nota, o governo de SP disse que compartilha informa&ccedil;&otilde;es sobre pessoas desaparecidas com o governo federal desde 2019 e mant&eacute;m negocia&ccedil;&otilde;es para aderir ao Amber Alert Brasil. O estado diz possuir um dos bancos de dados mais completos do pa&iacute;s, com emiss&atilde;o imediata de alertas &agrave;s delegacias.</p>
<p>PROPOSTAS COM ADES&Atilde;O VOLUNT&Aacute;RIA DOS ESTADOS</p>
<p>Amber Alert</p>
<p>Quando uma&nbsp;crian&ccedil;a desaparece ou &eacute; sequestrada, o Amber Alert&nbsp;&eacute; acionado e um comunicado especial &eacute; enviado &agrave;s plataformas da Meta, que publicam o alerta no Facebook e no Instagram em um raio de at&eacute; 160 km do local do ocorrido. A ativa&ccedil;&atilde;o &eacute; feita pelo Ciberlab da Secretaria Nacional de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica.</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia-4"></div>
</div>
<p>Rede Ciber</p>
<p>Criada em junho de 2025, a Rede Nacional de Enfrentamento aos Crimes Cibern&eacute;ticos tem como objetivo formalizar a coopera&ccedil;&atilde;o entre o Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a e os estados, ampliando e fortalecendo as a&ccedil;&otilde;es de preven&ccedil;&atilde;o, investiga&ccedil;&atilde;o e repress&atilde;o de crimes praticados no ambiente digital. O acordo de ades&atilde;o ainda est&aacute; em tramita&ccedil;&atilde;o e, at&eacute; o momento, apenas Roraima instituiu formalmente sua participa&ccedil;&atilde;o.</p>
<p>Bolsa Forma&ccedil;&atilde;o</p>
<p>Tem como objetivo conceder bolsas a agentes de seguran&ccedil;a que concluam cursos de aperfei&ccedil;oamento e atualiza&ccedil;&atilde;o oferecidos pelo Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a. S&atilde;o Paulo &eacute; o &uacute;nico ente federativo que n&atilde;o demonstrou interesse em participar.</p>
<p>Projeto Nacional de C&acirc;meras Corporais</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia-5"></div>
</div>
<p>O Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a e Seguran&ccedil;a P&uacute;blica lan&ccedil;ou o&nbsp;Projeto Nacional de C&acirc;meras Corporais para incentivar o uso efetivo&nbsp;desse equipamento pelas for&ccedil;as de seguran&ccedil;a.</p>
<p>Projeto de Qualifica&ccedil;&atilde;o do Uso da For&ccedil;a</p>
<p>Busca qualificar e profissionalizar as institui&ccedil;&otilde;es de seguran&ccedil;a p&uacute;blica no uso da for&ccedil;a,&nbsp;estabelecendo padr&otilde;es t&eacute;cnicos e operacionais.</p>
<p>Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas</p>
<p>A ades&atilde;o ao Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas n&atilde;o depende de um ato formal dos estados, mas da integra&ccedil;&atilde;o dos boletins de ocorr&ecirc;ncia ao Sistema Nacional de Informa&ccedil;&otilde;es de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica. Hoje, 12 estados utilizam o PPE (Procedimento Policial Eletr&ocirc;nico), administrado pelo Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a, o que permite a integra&ccedil;&atilde;o autom&aacute;tica dos boletins e, consequentemente, a inclus&atilde;o dos dados no cadastro nacional.</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia-6"></div>
</div>
<p>Amplia&ccedil;&atilde;o da integra&ccedil;&atilde;o do Sinesp</p>
<p>O acordo de coopera&ccedil;&atilde;o t&eacute;cnica firmado em 2024, ao qual 26 unidades federativas aderiram, com exce&ccedil;&atilde;o de S&atilde;o Paulo, estabelece, entre outras obriga&ccedil;&otilde;es, o compromisso de os estados repassarem informa&ccedil;&otilde;es sobre ocorr&ecirc;ncias de desaparecimento e localiza&ccedil;&atilde;o de pessoas. A medida fortalece a base nacional de dados e aprimora a atua&ccedil;&atilde;o do Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas.</p>
<p>Celular Seguro</p>
<p>O programa tem como objetivo a recupera&ccedil;&atilde;o de dispositivos m&oacute;veis roubados ou extraviados. Nos estados que utilizam o PPe, a integra&ccedil;&atilde;o das bases &eacute; autom&aacute;tica, o que permite o compartilhamento imediato de informa&ccedil;&otilde;es em casos de roubo.</p>
<p>Projeto I.M.P.U.L.S.E</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia-7"></div>
</div>
<p>O programa oferece apoio log&iacute;stico &agrave;s Pol&iacute;cias Civis em opera&ccedil;&otilde;es decorrentes de investiga&ccedil;&otilde;es contra organiza&ccedil;&otilde;es criminosas. O suporte cobre todas as etapas, da apura&ccedil;&atilde;o inicial e cumprimento de mandados at&eacute; a an&aacute;lise dos materiais apreendidos. As 27 unidades da federa&ccedil;&atilde;o participam do programa.</p>
<p>Rede Nacional de Recupera&ccedil;&atilde;o de Ativos</p>
<p>O programa tem como objetivo fortalecer o processo de recupera&ccedil;&atilde;o de ativos no pa&iacute;s, aprimorando a identifica&ccedil;&atilde;o, apreens&atilde;o, administra&ccedil;&atilde;o e destina&ccedil;&atilde;o de bens vinculados &agrave; pr&aacute;tica ou ao financiamento de crimes. As 27 unidades da federa&ccedil;&atilde;o participam da iniciativa.</p>
<p>Projeto Integra</p>
<p>O projeto busca fortalecer a capacidade investigativa das Pol&iacute;cias Civis, fornecendo ferramentas para desbloqueio e extra&ccedil;&atilde;o avan&ccedil;ada de dados de celulares, al&eacute;m de equipamentos e treinamento t&eacute;cnico para aprimorar a an&aacute;lise, o compartilhamento de relat&oacute;rios e o armazenamento das informa&ccedil;&otilde;es. As 27 unidades da federa&ccedil;&atilde;o j&aacute; aderiram ao Projeto Integra.</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia-8"></div>
</div>
<p><em>Fonte: informa&ccedil;&otilde;es obtidas por meio da LAI do Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a ap&oacute;s questionamento de quais projetos dependem de ades&atilde;o volunt&aacute;ria das unidades da federa&ccedil;&atilde;o.</em></p>

Captura De Tela 2025 11 16 092254

<p>Meses antes da&nbsp;COP30, a expectativa de alguns donos de mot&eacute;is de Bel&eacute;m (PA) era reformar os locais e transform&aacute;-los em pequenos hot&eacute;is ou pousadas para receber os visitantes que chegariam na cidade para o evento. A realidade &eacute; que v&aacute;rios estabelecimentos n&atilde;o conseguiram muitos h&oacute;spedes, e alguns amargaram procura zero.</p>
<p>A ideia parecia simples: usar a estrutura para receber delega&ccedil;&otilde;es dos pa&iacute;ses que participam da c&uacute;pula clim&aacute;tica da&nbsp;ONU&nbsp;(entre 10 e 21 de novembro) ou hospedar outros visitantes que chegassem &agrave; capital paraense durante o evento. Para isso, os propriet&aacute;rios alteraram a decora&ccedil;&atilde;o, trocaram as camas redondas por quadradas e investiram em pintura e outras reformas.</p>
<p>A mudan&ccedil;a visou retirar os aspectos er&oacute;ticos dos locais, voltados principalmente para casais, e evitar constrangimentos. Pelo plano, o valor das reformas seria recuperado durante a c&uacute;pula, e a estrutura ficaria como legado. Alguns mot&eacute;is chegaram a investir R$ 100 mil.</p>
<p>Segundo a Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Mot&eacute;is (ABMotel), n&atilde;o existe um balan&ccedil;o oficial sobre o n&uacute;mero de vagas disponibilizadas e preenchidas para a COP30, mas ao menos cinco empres&aacute;rios confirmaram para a reportagem da&nbsp;Folha&nbsp;que realizaram reformas para a c&uacute;pula e n&atilde;o conseguiram h&oacute;spedes.</p>
<div>
<div id="banner-300x250-area-materia"></div>
</div>
<p>&Eacute; o caso do FIT Motel. O espa&ccedil;o n&atilde;o teve reservas. As obras come&ccedil;aram em fevereiro, segundo o dono Ricardo Teixeira, que tamb&eacute;m &eacute; diretor da ABmotel no estado do Par&aacute;.</p>
<p>"O valor da reforma ser&aacute; dilu&iacute;do com um tempo maior que o planejamento realizado", diz.</p>
<p>"A atividade di&aacute;ria n&atilde;o est&aacute; prejudicada. Movimento segue normal. N&atilde;o h&aacute; preju&iacute;zo. Apenas n&atilde;o vai ter a proje&ccedil;&atilde;o do faturamento pensado, pois n&atilde;o temos a lota&ccedil;&atilde;o di&aacute;ria, como havia sido planejado."</p>
<p>No caso do motel S&oacute; Prazer, em Marituba, cidade da regi&atilde;o metropolitana de Bel&eacute;m, das 33 vagas que foram disponibilizadas, 11 foram preenchidas. Segundo Cristiano Ribeiro, propriet&aacute;rio do local, os h&oacute;spedes s&atilde;o todos estrangeiros e est&atilde;o no Brasil para participar da COP30.</p>
<p>"H&aacute; dois anos come&ccedil;amos a reformar os apartamentos, com recursos pr&oacute;prios. N&atilde;o conseguimos todos, apenas dez ficaram sem a reforma."</p>
<p>Ele acredita que o investimento poder&aacute; ser recuperado no longo prazo, j&aacute; que os clientes ter&atilde;o agora uma estrutura melhor. Tamb&eacute;m aponta como diferencial a experi&ecirc;ncia que o estabelecimento est&aacute; conseguindo ter com os estrangeiros.</p>
<p>"Os&nbsp;valores inicialmente cobrados pela hotelaria mancharam a imagem geral das hospedagens", comenta.</p>
<p>Alberto Braga afirma que investiu mais de R$ 100 mil para transformar o motel Acr&oacute;pole na pousada Acr&oacute;pole. Ele trocou aparelhos de TV e ar-condicionado, realizou pintura, colocou camas quadradas em 80% dos quartos e fez outros acabamentos no local.</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia"></div>
</div>
<p>"Infelizmente, a gente n&atilde;o conseguiu preencher o que que esperava. De 30 apartamentos, conseguimos apenas 5. A gente investiu numa coisa e deu um tiro no p&eacute;, mas &eacute; vida que segue", lamenta.</p>
<p>Segundo ele, mesmo depois da COP30 o estabelecimento seguir&aacute; como pousada. A ideia de transforma&ccedil;&atilde;o ocorreu porque, em sua avalia&ccedil;&atilde;o, o setor de mot&eacute;is "quebrou".</p>
<p>"N&atilde;o existe mais aquela demanda de uso dos jovens entre 18 a 30 anos. Eles n&atilde;o frequentam mais o motel. Os pais hoje em dia est&atilde;o muito maduros, deixam os filhos namorarem em casa. S&oacute; frequenta motel quem vai com amante. Mudou a pegada. Por isso que n&oacute;s viramos a chave", diz.</p>
<p>"Para ser muito sincero, essa demanda da COP era muito necess&aacute;ria para recuperar o que a gente investiu, mas infelizmente vai ficar para longo prazo. Eu pensei que era, entre aspas, imediata [a recupera&ccedil;&atilde;o do investimento]."</p>
<p>O Acr&oacute;pole, que fica na Cidade Velha, em Bel&eacute;m, tem cobrado di&aacute;rias de R$ 350 no per&iacute;odo da COP30. Braga tamb&eacute;m diz que os pre&ccedil;os altos espantaram os clientes dos estabelecimentos e, inclusive, desanimaram muitas pessoas que pretendiam visitar a capital paraense.</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia-2"></div>
</div>
<p>Ele espera conseguir recuperar o investimento em at&eacute; um ano. O empres&aacute;rio diz que o evento clim&aacute;tico deu visibilidade e pode ajudar a aumentar a demanda tur&iacute;stica.</p>
<p>No in&iacute;cio do ano, com o&nbsp;n&uacute;mero insuficiente de leitos na rede hoteleira&nbsp;diante da expectativa de visitantes que se calculava para a&nbsp;COP30&nbsp;, mot&eacute;is de&nbsp;Bel&eacute;m&nbsp;se prepararam para oferecer hospedagem para os participantes.</p>
<p>A capital do Par&aacute; tinha, meses antes do evento, cerca de 18 mil vagas, enquanto o p&uacute;blico esperado era entre 40 mil e 50 mil pessoas. Na regi&atilde;o metropolitana, h&aacute; 2.500 quartos de motel, que podem hospedar 5.000 pessoas, segundo a Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Mot&eacute;is.</p>
<p>A sede da confer&ecirc;ncia clim&aacute;tica da ONU viveu uma crise de hospedagem desde janeiro em raz&atilde;o de pre&ccedil;os exorbitantes cobrados por hot&eacute;is e propriet&aacute;rios de im&oacute;veis dispon&iacute;veis para loca&ccedil;&atilde;o durante a COP30. Alguns pa&iacute;ses chegaram a pedir que o Brasil trocasse a sede do evento.</p>
<p>Os pre&ccedil;os da&nbsp;hospedagem na Grande Bel&eacute;m&nbsp;acumularam&nbsp;infla&ccedil;&atilde;o&nbsp;de 19,17% nos 12 meses encerrados em outubro, segundo&nbsp;dados divulgados&nbsp;pelo&nbsp;IBGE&nbsp;(Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica).Essa foi a maior alta do servi&ccedil;o nas 16 capitais e regi&otilde;es metropolitanas pesquisadas no&nbsp;IPCA&nbsp;(&Iacute;ndice Nacional de Pre&ccedil;os ao Consumidor Amplo).</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia-3"></div>
</div>
<p>Somente em outubro os&nbsp;pre&ccedil;os de hot&eacute;is e im&oacute;veis em Bel&eacute;m diminu&iacute;ram, j&aacute; na reta final para a COP30, com uma redu&ccedil;&atilde;o que chegou a mais de 60%, de acordo com a Abih-PA (Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira da Ind&uacute;stria de Hot&eacute;is do Par&aacute;) e o Creci-PA (Conselho dos Corretores de Im&oacute;veis do Par&aacute;).</p>

17632878426919a3221ca00 1763287842 3x2 Xl

<p>Os ministros&nbsp;Guilherme&nbsp;Boulos&nbsp;(Secretaria-Geral),&nbsp;Marina Silva&nbsp;(Meio Ambiente) e&nbsp;Sonia&nbsp;Guajajara&nbsp;(Povos Ind&iacute;genas) se reuniram neste s&aacute;bado (15) com o&nbsp;cacique Raoni Mẽtyktire&nbsp;na zona azul da&nbsp;COP30, o&nbsp;espa&ccedil;o principal&nbsp;da confer&ecirc;ncia sobre mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas das&nbsp;Na&ccedil;&otilde;es Unidas, realizada em Bel&eacute;m (PA).</p>
<p>Os ministros ouviram as reivindica&ccedil;&otilde;es do cacique e v&atilde;o encaminhar as demandas dentro do governo.</p>
<p>O encontro ocorreu um dia depois de&nbsp;ind&iacute;genas&nbsp;do povo munduruku&nbsp;protestarem&nbsp;em frente ao acesso principal da confer&ecirc;ncia&nbsp;pedindo a revoga&ccedil;&atilde;o do decreto que estabelece o Plano Nacional de Hidrovias, assinado neste ano pelo governo Lula (PT).</p>
<div>
<div id="banner-300x250-area-materia"></div>
</div>
<p>Eles tamb&eacute;m reivindicavam prote&ccedil;&atilde;o contra grandes empreendimentos dentro do territ&oacute;rio e o&nbsp;cancelamento da Ferrogr&atilde;o &mdash;projeto de ferrovia que vai de Mato Grosso ao Par&aacute;.</p>

17631479026917807e8b871 1763147902 3x2 Xl

<p>Em sua passagem pela COP30 em Bel&eacute;m (PA), na &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira (11), o ministro da Integra&ccedil;&atilde;o e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Waldez G&oacute;es (PDT-AP), disse que &eacute; preciso "industrializar a&nbsp;Amaz&ocirc;nia" ao ser indagado sobre apura&ccedil;&atilde;o da&nbsp;Folha&nbsp;que mostrou que&nbsp;mais de 1.600 m&aacute;quinas pesadas&nbsp;foram entregues na regi&atilde;o por meio de&nbsp;emendas parlamentares&nbsp;desde 2015.</p>
<p>G&oacute;es tamb&eacute;m defendeu a transfer&ecirc;ncia do programa Calha Norte, tradicional projeto militar existente h&aacute; 40 anos nos estados da Amaz&ocirc;nia Legal, do minist&eacute;rio da Defesa para a pasta que ele comanda, mudan&ccedil;a realizada em 2025.</p>
<p>Os principais distribuidores de maquin&aacute;rio pesado na regi&atilde;o amaz&ocirc;nica s&atilde;o exatamente o Calha Norte e a estatal&nbsp;Codevasf&nbsp;(Companhia de Desenvolvimento dos Vales do S&atilde;o Francisco e do Parna&iacute;ba), vinculada ao MIDR, que tiveram suas finalidades hist&oacute;ricas desvirtuadas nos &uacute;ltimos anos para se tornarem os emendodutos preferenciais dos congressistas brasileiros. O MIDR &eacute; o terceiro colocado no ranking das entregas de m&aacute;quinas desde 2015.</p>
<div>
<div id="banner-300x250-area-materia"></div>
</div>
<p>Para o G&oacute;es, o principal problema ambiental da Amaz&ocirc;nia &eacute; a falta de saneamento b&aacute;sico.</p>
<p>Leia os principais trechos da entrevista &agrave;&nbsp;Folha:</p>
<p><strong>O Minist&eacute;rio da Integra&ccedil;&atilde;o e do Desenvolvimento Regional passou a ser respons&aacute;vel neste ano pelo programa Calha Norte, que era um projeto tradicional da &aacute;rea militar na Amaz&ocirc;nia. O minist&eacute;rio est&aacute; preparado para abarcar o programa nessa regi&atilde;o t&atilde;o sens&iacute;vel para o pa&iacute;s?</strong></p>
<p>Como o Minist&eacute;rio da Integra&ccedil;&atilde;o e do Desenvolvimento Regional tem a responsabilidade com a pol&iacute;tica de ordenamento territorial, desenvolvimento de fronteiras, ent&atilde;o tem uma rela&ccedil;&atilde;o direta com o que eram majoritariamente as a&ccedil;&otilde;es do Calha Norte.</p>
<p>Ent&atilde;o, mesmo que o Calha Norte estivesse vinculado ao Minist&eacute;rio da Defesa, 90% do que realizava nos estados tinha rela&ccedil;&atilde;o com infraestrutura de desenvolvimento regional.</p>
<p>Foi uma decis&atilde;o de governo, do presidente Lula, do ministro Mucio [Jos&eacute; Mucio Monteiro, ministro da Defesa], da minha equipe, da Gest&atilde;o, a ministra Esther [Esther Dweck, ministra da Gest&atilde;o e da Inova&ccedil;&atilde;o em Servi&ccedil;os P&uacute;blicos] participou. Ent&atilde;o, foi um colegiado de ministros que entendeu que a identidade do programa estava relacionada majoritariamente com o Desenvolvimento Regional.</p>
<p>Todo o passivo contratual, at&eacute; porque eu n&atilde;o recebi servidor, ele continua sendo executado pelo Minist&eacute;rio da Defesa para encerrar todos os contratos l&aacute;. Os contratos novos, [ser&atilde;o] todos com a gente, inclusive tem recursos j&aacute; destinados pelos parlamentares.</p>
<p><strong>A Folha apurou que desde 2015 menos de 1% dos valores das emendas parlamentares foram destinadas a a&ccedil;&otilde;es de&nbsp;meio ambiente, e no mesmo per&iacute;odo as emendas subsidiaram a distribui&ccedil;&atilde;o de mais de 1.600 m&aacute;quinas pesadas na regi&atilde;o da Amaz&ocirc;nia Legal, principalmente por meio do programa Calha Norte e da Codevasf. O que o minist&eacute;rio est&aacute; fazendo para que essas m&aacute;quinas n&atilde;o sejam utilizadas com desvio de finalidade e at&eacute; contribuam para o&nbsp;desmatamento?</strong></p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia"></div>
</div>
<p>Eu sempre digo que, no geral, as pessoas conhecem pouco as iniciativas governamentais, privadas e sociais da Amaz&ocirc;nia, que tem muitas, e acabam enxergando com muita recorr&ecirc;ncia o garimpo ilegal, a pesca ilegal, o desmatamento ilegal, que tamb&eacute;m ocorrem, mas n&atilde;o &eacute; majoritariamente.</p>
<p>A Amaz&ocirc;nia est&aacute; cheia de boas pr&aacute;ticas, isso tamb&eacute;m em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; inova&ccedil;&atilde;o em tecnologia, equipamentos. Voc&ecirc; imagina a Amaz&ocirc;nia sem pesquisa, sem tecnologia, sem inova&ccedil;&atilde;o? N&oacute;s vamos passar mais um s&eacute;culo sendo fornecedor de mat&eacute;ria-prima para a ind&uacute;stria paulista ou para a ind&uacute;stria internacional?</p>
<p>Ent&atilde;o, a gente tem que romper essas lacunas. Como &eacute; que se rompe? N&oacute;s precisamos industrializar a Amaz&ocirc;nia. A gente precisa inovar a Amaz&ocirc;nia. A gente precisa de tecnologia. Ent&atilde;o, essa &eacute; a l&oacute;gica.</p>
<p><strong>O senhor avalia que o maquin&aacute;rio distribu&iacute;do por meio das emendas hoje &eacute; necess&aacute;rio para essa industrializa&ccedil;&atilde;o?</strong></p>
<p>Ele &eacute; essencial. L&aacute; no passado, sob uma l&oacute;gica de ocupa&ccedil;&atilde;o da Amaz&ocirc;nia ou de reforma agr&aacute;ria, fizeram loteamentos, s&atilde;o centenas de quil&ocirc;metros.</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia-2"></div>
</div>
<p>As pessoas que se virem para chegar com aluno na escola, que se virem para chegar uma energia l&aacute;, uma internet? E a&iacute; a ponte quebra, o prefeito n&atilde;o tem condi&ccedil;&otilde;es de fazer o ramal. Ent&atilde;o eu estou olhando a pol&iacute;tica p&uacute;blica. Voc&ecirc; aparelhar os munic&iacute;pios, aparelhar a sociedade para melhorar a condi&ccedil;&atilde;o de vida na Amaz&ocirc;nia.</p>
<p>Teve um prefeito que cometeu um erro, puna esse prefeito. Teve uma entidade que cometeu um erro, puna essa entidade. Agora, eu n&atilde;o posso partir da l&oacute;gica que um prefeito usou uma m&aacute;quina de forma indevida para acabar com a pol&iacute;tica p&uacute;blica que nunca aconteceu.</p>
<p>Eu sou de um estado [Amap&aacute;] que tem 96% da cobertura vegetal preservada. Fui governador quatro vezes. Ent&atilde;o, eu fui respons&aacute;vel ambientalmente. Mas s&oacute; eu fui? N&atilde;o, os outros tamb&eacute;m foram. A iniciativa privada tamb&eacute;m &eacute;. E a popula&ccedil;&atilde;o tradicional tamb&eacute;m &eacute;. &Eacute; a nossa cultura. Ent&atilde;o, n&oacute;s temos o direito de ter tecnologia para esse povo produzir e para as prefeituras trabalharem.</p>
<p><strong>O jornal tamb&eacute;m mostrou uma situa&ccedil;&atilde;o de&nbsp;emendas usadas para comprar m&aacute;quinas pesadas&nbsp;que foram utilizadas pelo ent&atilde;o prefeito do munic&iacute;pio acreano de Porto Walter para abrir uma estrada cujas obras tiveram desmatamento ilegal e invas&atilde;o de territ&oacute;rio ind&iacute;gena. Como o senhor v&ecirc; esse risco?</strong></p>
<p>Desencontros com um prefeito que faz uma pr&aacute;tica indevida vem daqui e de qualquer estado do Brasil. Ent&atilde;o, para isso existem os &oacute;rg&atilde;os de controle. Tem o minist&eacute;rio que deve controlar, tem o Minist&eacute;rio P&uacute;blico, o Tribunal de Contas, o Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal, tem os &oacute;rg&atilde;os at&eacute; de pol&iacute;cia.</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia-3"></div>
</div>
<p>N&oacute;s n&atilde;o podemos partir da l&oacute;gica do erro para continuar n&atilde;o fazendo a pol&iacute;tica p&uacute;blica de inova&ccedil;&atilde;o na Amaz&ocirc;nia, de introduzir tecnologias na Amaz&ocirc;nia.</p>
<p>N&atilde;o d&aacute; para cobrar do amaz&ocirc;nida, que continua no rodo, que continua no machado, que continua no ter&ccedil;ado, que continua na foice, que os n&uacute;meros da desigualdade amaz&ocirc;nida mudem. E at&eacute; que ele cuide melhor da floresta, porque ele tem cuidado, quando ningu&eacute;m se responsabiliza.</p>
<div>
<div data-video="" data-href="https://www.youtube.com/watch?v=ixV2tfaiTwg">
<p><strong>As emendas parlamentares tamb&eacute;m est&atilde;o levando muitos recursos para pavimenta&ccedil;&atilde;o de vias na Amaz&ocirc;nia e entidades ambientalistas alertam para o risco de as estradas se tornarem vetores de devasta&ccedil;&atilde;o na regi&atilde;o. Como o sr. v&ecirc; essa situa&ccedil;&atilde;o?</strong></p>
<p>At&eacute; onde eu sei, nenhuma obra pode ser feita sem o devido licenciamento. O licenciamento &eacute; feito com base nos instrumentos legais que existem, na legisla&ccedil;&atilde;o ambiental que existe.</p>
<p>Ent&atilde;o se uma estrada, uma vicinal, uma estrada interestadual ou intermunicipal for pavimentada, foi a partir de um projeto que foi apresentado, de uma legisla&ccedil;&atilde;o que foi cumprida.</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia-4"></div>
</div>
<p>E a&iacute;, se se fez isso, n&atilde;o vejo porque a gente n&atilde;o tem o mesmo direito que outras regi&otilde;es do pa&iacute;s t&ecirc;m. S&oacute; porque a gente &eacute; Amaz&ocirc;nia? As dist&acirc;ncias s&atilde;o gigantes. &Eacute; muito dif&iacute;cil. Na verdade, nem tem dinheiro para pavimentar todas as estradas que existem na Amaz&ocirc;nia.</p>
<p><strong>A seu ver, qual &eacute; o maior problema ambiental da regi&atilde;o amaz&ocirc;nica?</strong></p>
<p>O maior problema ambiental da Amaz&ocirc;nia &eacute; saneamento b&aacute;sico. Os nossos indicadores de saneamento b&aacute;sico s&atilde;o desafiadores. E o custo tamb&eacute;m para assim o fazer, seja a &aacute;gua, seja o tratamento do esgoto sanit&aacute;rio, seja o res&iacute;duo s&oacute;lido, &eacute; muito alto.</p>
<p>Ent&atilde;o &eacute; preciso que a comunidade nacional e internacional olhe para a Amaz&ocirc;nia, quando discute a quest&atilde;o ambiental, n&atilde;o s&oacute; em rela&ccedil;&atilde;o ao rio e &agrave; floresta, mas o que o saneamento b&aacute;sico, ou a falta dele, &eacute; capaz de provocar, tanto no rio quanto na floresta.</p>
<hr>
<h3 id="raio-x-waldez-goes-64">Raio-X | Waldez G&oacute;es, 64</h3>
<p>Ministro da Integra&ccedil;&atilde;o e do Desenvolvimento Regional, Antonio Waldez G&oacute;es da Silva &eacute; natural de Gurup&aacute; (PA). Foi governador do estado do Amap&aacute; por quatro mandatos, de 2003 a 2010 e de 2015 a 2022. Come&ccedil;ou na vida pol&iacute;tica em 1989, quando se filiou ao PDT. &Eacute; t&eacute;cnico agr&iacute;cola formado na Escola Agrot&eacute;cnica Federal de Castanhal (PA) e funcion&aacute;rio p&uacute;blico de carreira como extensionista rural</p>
</div>
</div>

guilherme derrite divulgacao

<p>A tramita&ccedil;&atilde;o do PL Antifac&ccedil;&atilde;o na&nbsp;C&acirc;mara dos Deputados&nbsp;exp&ocirc;s mais uma vez a estrat&eacute;gia da esquerda, do PT e do governo&nbsp;Lula&nbsp;(PT) de incentivar uma campanha em discursos e redes sociais para enfrentar o Congresso e repetir a mobiliza&ccedil;&atilde;o que barrou a&nbsp;PEC (proposta de emenda &agrave; Constitui&ccedil;&atilde;o) da Blindagem.</p>
<p>Com minoria no plen&aacute;rio em rela&ccedil;&atilde;o ao centr&atilde;o e &agrave; oposi&ccedil;&atilde;o bolsonarista, a esquerda passou a apostar na press&atilde;o social para tentar influenciar o debate p&uacute;blico e as vota&ccedil;&otilde;es no Legislativo.</p>
<p>Na opini&atilde;o de opositores, os embates t&ecirc;m a elei&ccedil;&atilde;o de 2026 como pano de fundo. Eles alertam que fomentar o discurso contra o Congresso pode ter ganhos para o governo a curto prazo, mas traz o risco de, ao mesmo tempo,&nbsp;inviabilizar a rela&ccedil;&atilde;o entre Executivo e Legislativo.</p>
<div>
<div id="banner-300x250-area-materia"></div>
</div>
<p>Com ou sem sucesso, a t&aacute;tica foi adotada neste ano na&nbsp;PEC da Blindagem, no&nbsp;tarifa&ccedil;o de Donald Trump, na&nbsp;anistia aos condenados do 8 de Janeiro, na&nbsp;isen&ccedil;&atilde;o do Imposto de Renda, na&nbsp;MP (medida provis&oacute;ria) do aumento de impostos&nbsp;e agora&nbsp;no PL Antifac&ccedil;&atilde;o, em uma virada do governo ap&oacute;s&nbsp;derrotas no decreto do IOF (Imposto sobre Opera&ccedil;&otilde;es Financeiras)&nbsp;e no&nbsp;licenciamento ambiental.</p>
<p>Em todos os casos, o Congresso, por vezes chamado de "inimigo do povo", foi alvo das cr&iacute;ticas. As campanhas se baseiam em um alinhamento dos discursos das autoridades do governo e de aliados e uma a&ccedil;&atilde;o coordenada nas redes, com foco em v&iacute;deos.</p>
<p>Deputados de diferentes campos viram efeito no argumento do PT e do governo de que o relator&nbsp;Guilherme Derrite (PP-SP) pretendia limitar a a&ccedil;&atilde;o da Pol&iacute;cia Federal e, assim, proteger parlamentares investigados. O PL Antifac&ccedil;&atilde;o passou a ser chamado de nova PEC da Blindagem.</p>
<p>Como resultado, o secret&aacute;rio de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica do governo&nbsp;Tarc&iacute;sio de Freitas&nbsp;(Republicanos) acabou&nbsp;recuando sobre a PF e desistindo de medidas caras para a direita, como equiparar fac&ccedil;&otilde;es a terroristas. Al&eacute;m disso, a vota&ccedil;&atilde;o foi adiada, e o presidente da C&acirc;mara,&nbsp;Hugo Motta&nbsp;(Republicanos-PB), teve que&nbsp;sair em defesa da PF pessoalmente.</p>
<p>Como a&nbsp;Folha&nbsp;mostrou, grupos ligados ao PT em aplicativos de mensagens intensificaram a ofensiva contra o relat&oacute;rio afirmando que ele fortalece o crime organizado e mirando o centr&atilde;o.</p>
<p>Na sexta-feira (14), Motta minimizou os efeitos da repercuss&atilde;o. "O debate sobre o Marco Legal de Combate ao Crime Organizado tomou conta do Brasil. Est&aacute; nas rodas de conversa, nas redes e na imprensa e isso &eacute; &oacute;timo. &Eacute; o sinal de uma democracia viva! Os partidos podem brigar por narrativas, a direita ou a esquerda podem dizer que venceram a disputa das redes. Essa disputa n&atilde;o me move", escreveu no X.</p>
<p>Parte dos deputados, por outro lado, diz que a campanha atual n&atilde;o furou a bolha da esquerda e n&atilde;o se compara &agrave; PEC da Blindagem, que ensejou at&eacute; protestos de rua. No tema da seguran&ccedil;a, dizem,&nbsp;a opini&atilde;o p&uacute;blica respalda a linha-dura da direita.</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia"></div>
</div>
<p>Um deputado do PT afirma que o governo acertou a f&oacute;rmula ao encampar a ret&oacute;rica da luta entre ricos contra pobres e da "taxa&ccedil;&atilde;o BBB" (bilion&aacute;rios, bets e bancos), que tem respaldo na sociedade. A tend&ecirc;ncia &eacute; us&aacute;-la em qualquer mat&eacute;ria impopular apoiada pela direita e pelo centr&atilde;o.</p>
<p>Segundo deputados da base, assim como os motes de soberania e justi&ccedil;a tribut&aacute;ria serviram para que governo sa&iacute;sse das cordas, o embate com Derrite ajudou a&nbsp;recompor a gest&atilde;o petista em um terreno de fragilidade, a seguran&ccedil;a p&uacute;blica.</p>
<p>At&eacute; ent&atilde;o, o Planalto acumulava uma s&eacute;rie de reveses no contexto da opera&ccedil;&atilde;o policial que&nbsp;deixou 121 mortos no Rio, com&nbsp;declara&ccedil;&otilde;es pol&ecirc;micas de Lula, a&nbsp;uni&atilde;o de governadores da direita&nbsp;e, finalmente, a&nbsp;escolha por Motta de Derrite como relator&nbsp;do projeto do Executivo.</p>
<p>Oposicionistas reconhecem que o vaiv&eacute;m de Derrite no texto e a quest&atilde;o da PF&nbsp;ajudaram a frear cr&iacute;ticas antes direcionadas ao governo.</p>
<p>A Secretaria de Comunica&ccedil;&atilde;o Social da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica, por exemplo, divulgou v&iacute;deos explicando o texto de Derrite ponto a ponto. O Pal&aacute;cio do Planalto tamb&eacute;m escalou ministros para falarem com a imprensa, refor&ccedil;ando o discurso de que Derrite prop&ocirc;s fragilizar a PF.</p>
<p>Integrantes do governo apontam que o alinhamento pol&iacute;tico pr&eacute;vio de v&aacute;rios minist&eacute;rios na constru&ccedil;&atilde;o do PL Antifac&ccedil;&atilde;o permitiu que a mensagem tamb&eacute;m fosse unificada.</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia-2"></div>
</div>
<p>A brecha para a ofensiva da esquerda, afirmam aliados e detratores de Derrite,&nbsp;foi aberta pelo erro pol&iacute;tico do relator,&nbsp;descrito como a&ccedil;odado e inexperiente.</p>
<p>Um deputado do centr&atilde;o diz que Derrite, ao contr&aacute;rio do governo, n&atilde;o se preparou do ponto de vista da comunica&ccedil;&atilde;o, e prevaleceu a percep&ccedil;&atilde;o de que ele queria tutelar a PF, institui&ccedil;&atilde;o com credibilidade na popula&ccedil;&atilde;o. Outro parlamentar do mesmo campo afirma que o adiamento da vota&ccedil;&atilde;o passa a imagem de um Congresso atrapalhado ou covarde.</p>
<p>Um cardeal do grupo aponta ainda que a imagem de Motta tamb&eacute;m saiu desgastada &mdash;junto &agrave; opini&atilde;o p&uacute;blica e tamb&eacute;m internamente, ao demonstrar fragilidade.</p>
<p>Do outro lado, houve rea&ccedil;&atilde;o por parte do presidente da C&acirc;mara, que escalou l&iacute;deres aliados para defenderem a escolha de Derrite e sua compet&ecirc;ncia. Motta e representantes de sete partidos chegaram a participar ao lado do relator de uma entrevista &agrave; imprensa.</p>
<p>A&nbsp;defesa da PF por parte de Motta&nbsp;e o recuo de Derrite, segundo aliados do presidente da Casa, serviu para frear o efeito pretendido pelo PT na opini&atilde;o p&uacute;blica.</p>
<div>
<div id="banner-bottom-materia-3"></div>
</div>
<p>Um interlocutor de Motta afirma que o movimento de ataque ao Congresso vai cobrar um pre&ccedil;o. Ele diz enxergar uma postura do Executivo de que a elei&ccedil;&atilde;o de 2026 j&aacute; est&aacute; ganha e, por isso, houve descuido na rela&ccedil;&atilde;o com o Parlamento. O deputado diz que, no fim do dia, o governo precisar&aacute; mais da C&acirc;mara do que a C&acirc;mara do governo.</p>

Radar Do Poder 2

<p><strong>Cautela em rela&ccedil;&atilde;o&hellip;</strong></p>
<p>Ante a proximidade da elei&ccedil;&atilde;o ao comando do Judici&aacute;rio baiano e a intensifica&ccedil;&atilde;o do calend&aacute;rio de eventos ligados aos candidatos Jos&eacute; Rotondano e Jatahy J&uacute;nior, a c&uacute;pula do governo do Estado resolveu se dividir para atender aos dois nos &uacute;ltimos dias. Enquanto o ministro Rui Costa (Casa Civil) e o senador Jaques Wagner (PT), puxados pelas respectivas, Aline Peixoto e F&aacute;tima Mendon&ccedil;a, foram ao estrelado anivers&aacute;rio de 'Roto', o governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT) preferiu prestigiar 'Jata'.</p>
<p><img src="https://gestor.politicalivre.com.br/assets/3ba46acb-caa6-44de-aba9-469d79d5c340.jpeg?width=351&amp;height=307" alt=""></p>
<p><strong>... ao Judici&aacute;rio</strong></p>
<p>O governador empreendeu viagem &agrave; distante Paulo Afonso para a inaugura&ccedil;&atilde;o da nova sede da Subse&ccedil;&atilde;o Judici&aacute;ria da Justi&ccedil;a Federal, que passou a se chamar F&oacute;rum Desembargador Edmilson Jatahy Fonseca, ex-presidente do TJ no per&iacute;odo de 98/00, evento em que a fam&iacute;lia do candidato a presidente do TJ se reuniu e ao qual acorreram ministros, desembargadores federais e outras autoridades, entre a quais Jer&ocirc;nimo fez quest&atilde;o de circular distribuindo simpatia.</p>
<p><img src="https://gestor.politicalivre.com.br/assets/95cd6f54-9f97-4559-97d8-06f6a037fd96.jpeg?width=480&amp;height=320" alt=""></p>
<p><strong>Apagadinha</strong></p>
<p>Entre os l&iacute;deres governistas baianos, a concep&ccedil;&atilde;o predominante &eacute; a de que o Judici&aacute;rio tem que ser tratado com altivez, por&eacute;m proximidade, principalmente se &eacute; dirigido por quem tem perfil de lideran&ccedil;a entre os colegas e sabe dialogar de igual para igual com os demais Poderes. For&ccedil;a n&atilde;o faz parte do perfil da atual gest&atilde;o do TJ, que finda logo no in&iacute;cio do ano que vem e &eacute; considerada a mais apagadinha da hist&oacute;ria recente da Corte.</p>
<p><strong>Jantar de Joaci</strong></p>
<p>A festa de Rotondano foi antecedida, na semana anterior, por um jantar igualmente bombado oferecido pelo empres&aacute;rio e intelectual Joaci G&oacute;es, ex-dono do jornal Tribuna da Bahia e muito influente no Estado, ao qual compareceram o ministro K&aacute;ssio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, amigo pessoal de Jatahy Jr. e de seu irm&atilde;o, o desembargador federal C&eacute;sar Jatahy. Tanto Joaci quanto K&aacute;ssio foram homenageados no TJ por iniciativa de Jatahy Jr. Rotondano passou por l&aacute;.</p>
<p><img src="https://gestor.politicalivre.com.br/assets/e1b31a7d-e6d2-429f-8b32-ff13b030c679.jpg?width=424&amp;height=383" alt=""></p>
<p><strong>De costas</strong></p>
<p>Wagner e Rui abusaram da reserva na festa de Rotondano. O primeiro ficou com F&aacute;tima, amigos e o enteado, Dudu Sodr&eacute;, secret&aacute;rio de Meio Ambiente apontado como uma das revela&ccedil;&otilde;es do governo Jer&ocirc;nimo, o tempo todo sentado numa mesa de canto, logo abaixo de onde foi montado o palco, enquanto Rui apenas levantou-se algumas vezes para cumprimentar aqueles que 'ousaram' se aproximar. Confirmando a 'fofoca' de que as mulheres n&atilde;o se suportam mais, ele e Aline ficaram de costas para Wagner e a mulher.</p>
<p><strong>Relaxado</strong></p>
<p>Fidel&iacute;ssimo a Rui, o comandante do Avante na Bahia, Ronaldo Carletto, deixou o estilo bonach&atilde;o de lado para copiar o do chefe, evitando se expor e circular entre os convivas. J&aacute; o prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB), que estava sozinho, confirmou a qualidade de superstar, relaxou e se divertiu, rindo e conversando com quem aparecia, discutindo sobre a cidade, contando casos e reafirmando que o antecessor ACM Neto (UB) &eacute; candidat&iacute;ssimo ao governo em 2026.</p>
<p><img src="https://gestor.politicalivre.com.br/assets/3ee9f740-d40b-4c81-894d-fb63842b159e.jpeg?width=361&amp;height=434" alt=""></p>
<p><strong>De cabe&ccedil;a</strong></p>
<p>Quem mais aproveitou politicamente a festa de Rotondano foi o desembargador M&aacute;rio Albiani Jr., candidato a segundo vice em sua chapa. Esbanjando simpatia, n&atilde;o apenas circulou entre os colegas, como conversou com os pol&iacute;ticos e posou at&eacute; para selfies. Sua colega Lourdes Medauar, candidata a Corregedora na mesma chapa, preferiu ficar escondidinha na mesa de Wagner, onde, com aquele porte de Rainha, era toda aten&ccedil;&atilde;o com o atual marido, Guiga Sodr&eacute;, ex de F&aacute;tima e um dos melhores amigos do senador.</p>
<p><strong>Aquele abra&ccedil;o</strong></p>
<p><strong><img src="https://gestor.politicalivre.com.br/assets/c213234b-5597-4fe8-ac00-4f9f3784f0b0.jpeg?width=332&amp;height=309" alt=""></strong></p>
<p>Discret&iacute;ssimo, o desembargador Nilson Castelo Branco, ex-presidente do Tribunal, foi surpreendido com a aproxima&ccedil;&atilde;o do ministro do STF Dias Toffoli, que, junto com a nova consorte, Renata Gil, ex-presidente da Associa&ccedil;&atilde;o dos Magistrados do Brasil (AMB), o catou na mesa em que se encontrava, uma das &uacute;ltimas do grande Sal&atilde;o do Amado, para lhe dar aquele abra&ccedil;o. A rever&ecirc;ncia do ministro ao amigo foi flagrada pela Radar do Poder!&nbsp;</p>
<p><img src="https://gestor.politicalivre.com.br/assets/416c2c5c-f972-4ca4-a5d3-0692c603d40b.jpeg?width=332&amp;height=352" alt=""></p>
<p><strong>Portas fechadas</strong></p>
<p>O PSD fechou as portas para o ingresso do deputado federal M&aacute;rio Negromonte J&uacute;nior, atual presidente do PP na Bahia e que almeja deixar a sigla por n&atilde;o concordar com a federa&ccedil;&atilde;o formada com o Uni&atilde;o Brasil e o consequente apoio a ACM Neto (Uni&atilde;o) na disputa pelo Pal&aacute;cio de Ondina. Quem tamb&eacute;m n&atilde;o quer aceitar a filia&ccedil;&atilde;o do pepista &eacute; o PSB, comandado pela deputada federal L&iacute;dice da Mata. Os emiss&aacute;rios do governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT) tentam amolecer o cora&ccedil;&atilde;o da parlamentar.</p>
<p><strong>Pitacos</strong></p>
<p><strong>* Mesmo afastado politicamente de Bruno Reis ap&oacute;s aderir &agrave; base do governo, o deputado federal F&eacute;lix Mendon&ccedil;a J&uacute;nior (PDT) fez quest&atilde;o de parabenizar nas redes sociais a vice-prefeita Ana Paula Matos, ainda pedetista, pelo anivers&aacute;rio, ontem (11).&nbsp;</strong></p>
<p>* Por falar em PDT, o deputado estadual Emerson Penalva, outro filiado, ainda tem esperan&ccedil;as de que o partido pode apoiar ACM Neto em 2026. Apesar do movimento de F&eacute;lix, o parlamentar segue na oposi&ccedil;&atilde;o, a exemplo dos vereadores da sigla na capital.&nbsp;</p>
<p><strong>* O vereador de Salvador Ricardo Almeida (DC) informou a aliados que n&atilde;o ser&aacute; mais candidato a deputado estadual no ano que vem. Ele iria &ldquo;dobrar&rdquo; com Carlos Muniz Filho, herdeiro do presidente da C&acirc;mara e que vai concorrer a deputado federal.</strong></p>
<p>* O vereador Jurandy Carvalho (PSDB), de Feira, vai se licenciar do mandato a partir de 1&ordm; de dezembro, para se dedicar &agrave; pr&eacute;-campanha a deputado estadual. Ele deve &ldquo;dobrar&rdquo; com o vice-prefeito Pablo Roberto (PSDB), postulante a deputado federal.</p>
<p><strong>* Jurandy disse que a decis&atilde;o foi tomada ap&oacute;s reuni&atilde;o com o prefeito Jos&eacute; Ronaldo (Uni&atilde;o), o pr&oacute;prio Pablo e o suplente Albino Brand&atilde;o Neto (PSDB), que assumir&aacute; a vaga. O edil refor&ccedil;ou que a candidatura faz parte de um projeto coletivo.</strong>&nbsp;</p>
<p>* E por falar na Princesa do Sert&atilde;o, pesquisas internas feitas pelo grupo de Jos&eacute; Ronaldo e tamb&eacute;m pela oposi&ccedil;&atilde;o local apontam que o deputado estadual Binho Galinha (PRD), mesmo preso, lidera a corrida para a Assembleia em 2026.</p>
<p><img src="https://gestor.politicalivre.com.br/assets/11cc02bb-5a68-4745-8e02-93da1be0a9cb.jpg?width=500&amp;height=300" alt=""></p>
<p><strong>Toffoli foi o terceiro ministro do STF a passar pela Bahia no per&iacute;odo que antecede as elei&ccedil;&otilde;es para o comando do TJ, pr&oacute;ximo dia 19. Antes dele, vieram Edson Fachin e Nunes Marques. O desfile das autoridades mais poderosas da Rep&uacute;blica pelo Estado rendeu um cochico do desembargador Manuel Bahia: a disputa est&aacute; pegando fogo!</strong></p>
<p>Ainda n&atilde;o foi desta vez que o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), l&iacute;der do governo na Assembleia, conseguiu ser escolhido Destaque Parlamentar, apesar da forte campanha tocada, inclusive - o que causou certa estranheza - por jornalistas, os eleitores da premia&ccedil;&atilde;o.</p>

Brasil

MPF aciona diretor-geral da Abin na Justiça por acesso a relatório sobre crise do oxigênio

Alemanha deve anunciar nos próximos dias contribuição para Fundo de Florestas, diz ministro

Marina propõe que COP30 torne oficial compromisso por roteiro do fim dos combustíveis fósseis

Governo Lula gastou R$ 345 mil para buscar de FAB ex-primeira-dama do Peru

Gonet perdeu força entre governistas antes de votação, e mobilização de última hora o garantiu na PGR

Gestão Tarcísio é a que menos aderiu a programas do governo Lula na Segurança Pública

Motéis mudam perfil e fazem reformas para a COP30, mas não conseguem hóspedes almejados

Boulos, Marina e Sonia Guajajara se reúnem com cacique Raoni na COP30

Ministro da pasta campeã de emendas para máquinas defende industrializar a Amazônia

Votação do PL Antifacção expõe estratégia do PT e governo para barrar propostas no Congresso

Radar do Poder

Governo se acautela em relação a sucessão no TJ, Rui e Wagner se dão as costas, o amigo baiano de Toffoli e Rosemberg sem destaque

Entrevistas

Entrevista - Jonas Paulo: “Não será fácil para o PT”

Mais Lidas

O avanço da Overclean sobre a oposição, a vice de Aleluia, a simpatia para Ivana, Coronel no TCU e o novo aceno de Cocá

Ex-prefeito de BH dar palanque para Lula só depende do PT, diz Lupi

Mensagens de empresário e lobista abrem novos flancos em inquérito sobre venda de decisões no STJ

Entrevista – Adolfo Menezes: “Tem muito ex-prefeito aí gastando R$ 15 milhões para se eleger deputado desde já”

Corrida por apoios ao Senado abre “guerra fria” entre Coronel e cúpula do Avante, partido que sonha com a suplência de Rui