Rosemberg comenta chapa ao Senado e afirma que “não se pode desprezar a capacidade do ex-governador Rui Costa”

O líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, Rosemberg Pinto (PT), afirmou que a antecipação do debate sobre a montagem da chapa de 2026 resultou em uma mudança significativa do cenário político no Estado. 

Além de definir os nomes que irão concorrer às duas vagas para o Senado Federal, o desafio do governador Jerônimo Rodrigues (PT) para o início do próximo ano é acomodar os partidos da base aliada, que pleiteiam a manutenção dos seus espaços. 

No caso específico do senador Angelo Coronel (PSD), que corre sério risco de ser alijado da chapa ao Senado para dar lugar ao ministro da Casa Civil Rui Costa (PT), Rosemberg afirmou “não ser a favor da exclusão de ninguém”. 

Ele citou, em almoço de balanço com a imprensa, esta semana, ter conversado com o pessedista há cerca de três meses sobre o assunto, oportunidade em que pontuou ao aliado sua legitimidade em tentar disputar à reeleição. Rosemberg, no entanto, também afirmou que é legítima a tentativa do grupo de montar uma chapa forte e capaz de derrotar a oposição no pleito que se avizinha. 

“É legítimo o desejo de Coronel continuar. Como é legítimo também o desejo do grupo político de formar uma chapa forte, capaz de enfrentar o grupo liderado por ACM Neto, de maneira a não abrir brechas porque eu não acho que a gente tem que escalar o time desprezando o adversário. Nós temos que escalar o melhor que nós temos. Então, quem vai dizer isso vai ser o grupo político todo reunido, que vai sentar, que vai encontrar e vai dizer que é ‘melhor essa chapa aqui’”, asseverou. 

Perguntado por este Política Livre se houve uma precipitação do senador Jaques Wagner (PT), que também pleiteia sua permanência na chapa, ao defender em entrevistas no início deste ano uma composição puro-sangue, Rosemberg ponderou que “não se pode desprezar a capacidade do ex-governador Rui Costa”. 

“Quando você faz as pesquisas, você verifica quem são os maiores, quem têm a maior capacidade de representação ao olhar da sociedade. Eu tenho que entender isso, e o grupo tem que entender isso. Nós queremos ganhar a eleição, eu não posso montar uma chapa para ajudar a minha eleição. A prioridade da nossa chapa é Jerônimo. A prioridade da chapa nacional é Lula. Então, é isso que as pessoas têm que entender’, frisou. 

Assim como Angelo Coronel, Rosemberg também lembrou que o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) também está trabalhando para se manter na mesma posição e que ambos “estão corretos”. Ele citou, contudo, que na política as coisas acontecem de forma dinâmica e que “ninguém tem cadeira cativa”.