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Marta Rodrigues se solidariza com diretor do Ipac após episódio de racismo

Marta Rodrigues se solidariza com diretor do Ipac após episódio de racismo

Por Redação

12/12/2025 às 20:30

Foto: Divulgação

Imagem de Marta Rodrigues se solidariza com diretor do Ipac após episódio de racismo

O diretor-geral do Ipac, Marcelo Ferreira Lemos Filho, e a vereadora Marta Rodrigues

A presidenta da Comissão de Reparação da Câmara de Salvador, vereadora Marta Rodrigues (PT) se solidarizou, nesta sexta-feira (12), com o diretor-geral do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), Marcelo Ferreira Lemos Filho, após o episódio de racismo sofrido por ele e divulgado nas redes sociais. O caso foi registrado na Delegacia Especializada de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa (Decrin).

Para a vereadora, o episódio evidencia a persistência do racismo estrutural em Salvador e reforça a urgência de fortalecer a luta por respeito, igualdade e proteção à dignidade da população negra. O  ataque ocorreu nas redes sociais, quando um internauta questionou a capacidade de Marcelo de conduzir o Ipac, associando sua suposta incapacidade ao cabelo black do gestor. O agressor escreveu direcionado ao diretor: "O cara não cuida do próprio cabelo, que dirá de algo tão complexo que é esse instituto e suas demandas".  

Segundo a vereadora, o episódio é um retrato de como o racismo não se limita a agressões diretas, mas também tenta deslegitimar e intimidar profissionais negros com trajetória sólida e reconhecida. "Atitudes como essa não podem ser naturalizadas e reforçam a necessidade de enfrentar a discriminação com firmeza, responsabilidade e políticas públicas permanentes", disse a petista. 

"Quando um gestor negro é atacado por seu lugar de fala e por sua presença institucional, o que se fere não é apenas sua trajetória individual, mas a construção coletiva de um estado que valoriza a diversidade", acrescentou. 

"Marcelo dirige o Ipac desde 2024 e possui histórico destacado na gestão cultural da Bahia, incluindo funções estratégicas na Secretaria da Cultura. Sua trajetória é marcada pela defesa do patrimônio, articulação com territórios e comunidades tradicionais e iniciativas que ampliam o acesso à cultura como direito", disse a vereadora. 

Para Marta, o episódio demonstra como o racismo busca atingir justamente quem contribui para ampliar a representatividade e promover mudanças estruturais. Ela reforçou, ainda, que o combate ao racismo exige vigilância constante, mobilização social e comprometimento das instituições democráticas. "Não enfrentamos um gesto isolado, mas um sistema que tenta, todos os dias, limitar a presença e a voz da população negra. Seguiremos juntas e juntos para romper esse ciclo", afirmou.

Marta Rodrigues ressaltou que situações como a vivida por Marcelo devem gerar reação, acolhimento e posicionamento firme do poder público. "Continuaremos lutando para que Salvador avance na construção de uma cidade antirracista, onde nenhum profissional negro seja alvo de desrespeito por exercer suas funções com competência, legitimidade e compromisso social", destacou.

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