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Em meio a crise entre Poderes, Alcolumbre sinaliza trégua e afirma que 'Lula apoia o Amapá'

Em meio a crise entre Poderes, Alcolumbre sinaliza trégua e afirma que 'Lula apoia o Amapá'

Declaração ocorre após período de tensão entre os dois por indicação ao STF e críticas às emendas parlamentares

Por Mônica Bergamo/Karina Matias/Folhapress

05/12/2025 às 16:45

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo

Imagem de Em meio a crise entre Poderes, Alcolumbre sinaliza trégua e afirma que 'Lula apoia o Amapá'

O presidente Lula com o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre

Em evento nesta sexta (5) no Amapá, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), mandou por meio do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, um recado de agradecimento ao presidente Lula (PT).

"Padilha, muito obrigado. Leve meus agradecimentos, pessoal e institucional, ao presidente da República, que tem nos apoiado e apoiado o Amapá a todo instante", afirmou ele.

A manifestação é um sinal de trégua na relação entre os dois que ficou tensa desde que Lula escolheu o ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, para a vaga do STF (Supremo Tribunal Federal). O presidente do Senado defendia que o indicado fosse o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), um de seus principais aliados.

O nome de Messias tem que ser aprovado pelos senadores, mas ele enfrenta forte resistência de Alcolumbre.

Na quinta (4), houve uma nova tensão. O presidente do Senado se irritou com uma fala do presidente de que o Congresso teria sequestrado o Orçamento por meio das emendas parlamentares, e reclamou com integrantes do Palácio do Planalto.

Nesta sexta, em evento no seu estado natal, onde foi inaugurado o primeiro Centro de Radioterapia do Amapá, que teve investimento de R$ 17 milhões do Ministério da Saúde, Alcolumbre fez uma declaração positiva de Lula.

"Padilha, a sua presença aqui é a presença do governo federal, do estado brasileiro, que nunca faltou ao povo do Amapá. A sua presença aqui é a presença do presidente da República ajudando o nosso Amapá. Então, os meus agradecimentos ao presidente Lula pela sensibilidade, pelo compromisso e pelo espírito público, muito especialmente com todos os brasileiros, mas de maneira muito carinhosa com o Norte e com o Nordeste do Brasil que vive um abismo gigantesco do ponto de vista social e humano. E esse olhar é fundamental", afirmou.

Na quinta (4), Lula havia criticado o volume de emendas parlamentares durante a 6ª reunião do Conselhão com empresários e representantes da sociedade civil. "Não concordo com as emendas impositivas. Eu acho que o fato de o Congresso Nacional sequestrar 50% do Orçamento da União é um grave erro histórico. Mas você só vai acabar com isso quando mudar as pessoas que governam e que aprovam isso", declarou o petista.

A fala incomodou deputados e senadores da base aliada que estavam no plenário da Câmara dos Deputados para uma sessão do Congresso. Um deputado ligou para o secretário especial de Assuntos Parlamentares da SRI (Secretaria de Relações Institucionais), André Ceciliano, e repassou o telefone para o presidente do Senado.

De acordo com parlamentares, Alcolumbre questionou, em frente aos demais, "que sequestro" seria este, já que estava trabalhando para aprovar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) como queria o governo e ainda atuado para ajudar os Correios, com uma mudança na meta fiscal das estatais que permite que o Executivo não tenha que cortar despesas para compensar o prejuízo maior que a empresa deve registrar em 2026.

As emendas parlamentares são motivo de atritos entre os Poderes ao longo do atual mandato de Lula. O ministro do STF Flávio Dino chegou a bloquear a execução desses recursos, exigindo mais transparência, o que os congressistas viram como uma atuação do próprio Planalto para enfraquecê-los.

A sessão de quinta-feira foi a primeira de maior reconciliação entre o governo e o presidente do Senado, com a LDO aprovada por consenso e negociada com o Palácio do Planalto.

O presidente da República tem dito a aliados que pretende encontrar com Alcolumbre para conversar e acertar a relação. Até a indicação de Messias, o presidente do Senado era o principal aliado do petista dentro do Congresso e fazia um contraponto com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), com quem o Planalto vive uma relação de desconfiança.

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