Home
/
Noticias
/
Exclusivas
/
Com quórum incompleto, eleição para comando do TCE deve confirmar Gildásio Penedo na presidência
Com quórum incompleto, eleição para comando do TCE deve confirmar Gildásio Penedo na presidência
Por Política Livre
14/12/2025 às 15:11
Atualizado em 14/12/2025 às 18:19
Foto: Divulgação/Arquivo
O conselheiro Gildásio Penedo
O Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE) realiza nesta terça-feira (16), às 14h30, a eleição para a nova Mesa Diretora da Corte, em um cenário já praticamente definido. O conselheiro Gildásio Penedo, que quando deputado estadual era próximo do senador Otto Alencar (PSD), desponta como favorito para assumir a presidência, sucedendo o atual titular Marcus Presídio, que, por sua vez, é favorito para ocupar a vice, invertendo a composição atual.
A eleição ocorrerá sem o quórum completo do colegiado, já que o TCE conta atualmente com apenas cinco conselheiros em exercício, em razão de duas vagas ainda não preenchidas. Além de Gildásio Penedo e Marcus Presídio, integram o colegiado Inaldo Araújo, Carolina Matos e João Bonfim.
Penedo tem o apoio de Marcus Presídio, que articula uma transição consensual no comando da Corte. Outro conselheiro que chegou a ser citado como possível candidato à presidência foi Inaldo Araújo, mas ele deve abrir mão da disputa após ter sido eleito, recentemente, presidente do Instituto Rui Barbosa (IRB) para o biênio 2025-2026, tornando-se o primeiro baiano a comandar a entidade que reúne os tribunais de contas do país.
Penedo já presidiu o TCE durante o período crítico da pandemia da Covid-19. À época, sua gestão foi marcada por restrições institucionais e operacionais. Aliados avaliam que o retorno ao comando da Corte agora lhe daria a oportunidade de exercer um mandato mais pleno, com agenda administrativa e institucional ampla, o que tem pesado na construção do consenso em torno de seu nome. Na disputa pela vice-presidência, Marcus Presídio tem uma oponente: a conselheira Carolina Matos.
Nos bastidores, havia a expectativa de que a eleição pudesse ocorrer com ao menos seis conselheiros, caso a nomeação do deputado federal Otto Alencar Filho (PSD), já aprovada por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa na semana passada, fosse votada ainda nesta segunda-feira (15) em plenário. Nesse cenário, a nomeação poderia sair no Diário Oficial já na terça-feira, abrindo a possibilidade de participação de Otto no pleito interno do TCE.
Entretanto, por estratégia da base do governo, a votação da indicação de Otto só deve ocorrer na terça-feira, quando também será analisada a indicação do deputado federal Josias Gomes (PT) ao tribunal. A decisão de “empacotar” as duas nomeações atende a uma lógica política clara: o Palácio de Ondina sabe da resistência ao nome de Josias na Assembleia e avalia que a votação conjunta reduz riscos e amplia as chances de aprovação.
Josias será sabatinado nesta terça-feira pela CCJ, onde a expectativa é de aprovação, pois o governo tem maioria, para que seu nome seja levado ao plenário no mesmo dia, junto com o de Otto Alencar Filho. Ambas as indicações foram feitas pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT).
A vaga destinada a Josias é a do conselheiro Pedro Lino, falecido em setembro de 2024. A cadeira permaneceu vaga por mais de um ano devido a uma disputa judicial envolvendo os auditores do TCE, que reivindicavam o posto mas perderam a disputa com o governo baiano no Supremo Tribunal Federal (STF).
Já a vaga de Antônio Honorato, aberta desde o final de julho deste ano com sua aposentadoria, foi destinada a Otto Alencar Filho, como foi noticiado pelo Política Livre ainda em janeiro deste ano.
