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Primeira Turma do STF rejeita por unanimidade recurso de Bolsonaro na trama golpista
Primeira Turma do STF rejeita por unanimidade recurso de Bolsonaro na trama golpista
Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia votaram
Por Ana Pompeu/Cézar Feitoza/Folhapress
07/11/2025 às 19:00
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil/Arquivo
O ex-presidente Jair Bolsonaro
A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitou nesta sexta-feira (7), por unanimidade, o recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a sua condenação no julgamento da trama golpista.
O relator, Alexandre de Moraes, foi o primeiro a votar e teve sua posição acompanhada pouco depois por Flávio Dino. À tarde, votaram no mesmo sentido Cristiano Zanin e Cármen Lúcia.
O ministro Luiz Fux deixou a Primeira Turma do Supremo e não vai analisar os recursos do ex-presidente e dos demais réus da trama golpista.
Segundo Moraes, os temas abordados pelos advogados de Bolsonaro no recurso já foram superados ao longo do processo, desde o recebimento da denúncia até o julgamento.
O julgamento ocorre no plenário virtual —ambiente remoto por meio do qual os ministros registram suas posições e no qual não há espaço para debate. A sessão está prevista para seguir até a próxima sexta (14). Há a possibilidade de pedido de vista (mais tempo para análise) ou destaque (que leva o julgamento ao plenário físico), mas isso não deve ocorrer neste caso.
Diferentemente da discussão presencial, não há ordem de manifestação, e os ministros podem votar em qualquer momento dentro do período previsto.
O julgamento dos embargos marca o início de uma nova fase no processo contra o ex-presidente. A previsão é que a ação seja encerrada em dezembro —com o início do cumprimento das prisões ainda em 2025.
Bolsonaro está atualmente em prisão domiciliar e, depois do esgotamento dos recursos, Moraes definirá seu futuro. Já foi cogitada a possibilidade de ele permanecer em casa, ir para ala especial na penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, a uma cela na superintendência da Polícia Federal em Brasília ou a alguma unidade militar.
O tribunal também formou maioria para rejeitar os recursos de todos demais réus do núcleo central da trama golpista. O único que não apresentou embargos foi o tenente-coronel Mauro Cid. Moraes negou qualquer obscuridade ou contradição nas decisões do STF e afirmou que as defesas dos réus reciclaram questões já debatidas no julgamento.
