Para combater excesso de telas, deputado propõe programa que estimula criatividade e reconexão com a natureza

O deputado estadual Emerson Penalva (PDT) apresentou à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) uma uma indicação, sugerindo ao Governo da Bahia, a  criação do Programa Estadual de Estímulo à Criatividade e à Reconexão com a Natureza nas escolas públicas estaduais. A proposta tem como objetivo reduzir o tempo de exposição dos estudantes às telas e incentivar práticas pedagógicas ao ar livre, voltadas ao desenvolvimento criativo, emocional e social das crianças e adolescentes.

Segundo o parlamentar, o uso excessivo de mídias digitais tem comprometido a atenção, a criatividade e a convivência social dos alunos. “O excesso de telas tem empobrecido as experiências escolares. Precisamos devolver à escola o prazer do aprender pelo fazer, pelo sentir e pela convivência. O contato com a natureza é um poderoso estímulo à curiosidade, à imaginação e à saúde emocional dos estudantes”, afirmou.

A proposta prevê que o programa seja implementado pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), contemplando alunos do ensino fundamental e médio. A iniciativa busca tornar o ambiente escolar mais humano e sustentável, por meio de experiências educativas que integrem educação ambiental, hortas escolares, jardinagem, arte, música e jogos cooperativos, estimulando o aprendizado sensorial e o convívio coletivo.

O deputado destacou que estados como Ceará, São Paulo e Paraná já desenvolvem projetos semelhantes, inspirados em metodologias escandinavas e na pedagogia da natureza. “Essas experiências têm mostrado resultados positivos, unindo aprendizado e bem-estar. A Bahia também pode avançar nessa direção, adaptando essas práticas à nossa realidade”, pontuou.

A proposta também sugere parcerias com universidades, secretarias estaduais e municipais e organizações da sociedade civil, além da criação de escolas-piloto e núcleos de referência em educação ao ar livre, destinados à formação de professores e à disseminação de boas práticas.

Para Penalva, a proposta representa um avanço no compromisso com uma educação integral e transformadora. “Trata-se de uma medida de grande alcance educacional e social, que busca reconectar nossos jovens com o mundo real, com o meio ambiente e com eles mesmos”, concluiu.