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‘O tema do aborto não pode ser tratado de forma superficial ou política’, diz Alden
‘O tema do aborto não pode ser tratado de forma superficial ou política’, diz Alden
Por Reinaldo Oliveira, Política Livre
07/11/2025 às 16:11
Atualizado em 07/11/2025 às 19:09
Foto: Denis França/Política Livre/Arquivo
O deputado Capitão Alden (PL-BA)
Vice-líder da oposição na Câmara Federal, o deputado Capitão Alden (PL-BA) é um dos dezenove parlamentares da bancada baiana que votaram a favor do projeto que derruba a resolução sobre aborto legal em crianças e adolescentes. Em entrevista exclusiva ao Política Livre, o parlamentar bolsonarista afirmou que “o tema do aborto não pode ser tratado de forma superficial ou política”.
“Votei favoravelmente à derrubada do PDL 3/2025 porque acredito que o tema do aborto não pode ser tratado de forma superficial ou política, muito menos por meio de instrumentos que eliminam o debate e a responsabilidade do Estado em proteger a vida e a dignidade humana”, declarou.
De acordo com o parlamentar, o PDL buscava sustar uma resolução do Conanda — conselho com função consultiva, sem poder de legislar —, mas o texto da resolução, ao contrário do que se tem dito, não legaliza o aborto nem amplia permissões existentes, apenas reforça garantias já previstas na legislação brasileira e reconhecidas pelo Supremo Tribunal Federal em casos extremos.
“O que se discutiu, portanto, não foi a ‘legalização do aborto’, e sim o respeito à autonomia das mulheres, à proteção de crianças e adolescentes em situação de violência sexual e ao cumprimento da lei vigente. Derrubar o PDL significa garantir segurança jurídica e impedir retrocessos em direitos humanos já consolidados”, continuou.
Ainda segundo Alden, a defesa da vida deve ser feita com políticas públicas efetivas e com seriedade.
“A defesa da vida não se faz com desinformação ou manipulação política. Faz-se com políticas sérias de prevenção, apoio às famílias, acolhimento às vítimas e fortalecimento das redes de proteção social. Por isso, meu voto foi pela responsabilidade, pela verdade e pelo compromisso com a dignidade humana — sem populismo, sem distorções e sem medo do debate”, concluiu.
