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Derrite recua, desiste de mudar Lei Antiterrorismo e diz que competência da PF será preservada

Derrite recua, desiste de mudar Lei Antiterrorismo e diz que competência da PF será preservada

Por Carolina Linhares, Victoria Azevedo e Raquel Lopes, Folhapress

11/11/2025 às 19:35

Foto: Danilo Verpa/Folhapress/Arquivo

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Relator do PL Antifacção afirma são falsas narrativas de que projeto diminuiria papel da PF

O relator do PL Antifacção, Guilherme Derrite (PP-SP), anunciou recuos em seu texto de combate ao crime organizado, após uma série de críticas de que o papel da Polícia Federal seria diminuído. A nova versão, que ainda não foi tornada pública, atende pontos que o governo Lula (PT) elencou como prioridade.

Derrite desistiu de alterar a Lei Antiterrorismo e deve criar uma nova lei para incluir novos tipos endurecer penas contra uma série de crimes praticados por facções. Com isso, o relator diz que competências da PF e das polícias estaduais seriam preservadas como estão hoje.

A expectativa é a de que o projeto seja levado para votação no plenário da Câmara nesta quarta-feira (12).

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou à Folha que o novo texto de Derrite caminha para ter apoio do Palácio do Planalto.

"Nas duas questões centrais para o governo, que é recompor o papel da Polícia Federal e não incluir os crimes na Lei Antiterrorismo, houve dois extraordinários avanços que nós temos que comemorar", disse.

"Vamos aguardar o texto, se for no que foi falado, acho de bom tamanho. É uma vitória para o país, para o governo e para todo mundo", completou.

Em entrevista à imprensa nesta terça (11), tanto Derrite quanto o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmaram serem falsas as "narrativas" de que o projeto pretendia tolher a ação da PF.

As declarações vêm em resposta a uma ofensiva da esquerda para associar o projeto à PEC da Blindagem, argumentando que o texto anterior de Derrite enfraquecia a atuação da PF e trazia brechas para a proteção de parlamentares —discurso que se amplificou nas redes sociais.

Derrite afirmou que não foi procurado pelo governo e que as alterações visam atender ao interesse da sociedade. Segundo ele, não se trata de recuo, mas de "estratégia".

Mais cedo, Motta se reuniu com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, para discutir o texto. Em seguida, o presidente da Câmara se encontrou com Derrite. Motta também intermediou uma conversa entre o relator e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.

Como mostrou a Folha, após uma série de embates em torno do texto, o PL Antifacção deve ser votado nesta quarta, caso se confirme um acordo sobre o conteúdo. As conversas nesta terça para alcançar um consenso envolveram, além de Motta, Derrite e Lewandoski, representantes do governo e líderes partidários.

O projeto cria novos tipos penais, entre eles utilizar violência ou grave ameaça para intimidar, coagir ou constranger população ou agentes públicos para impor controle de áreas geográficas; restringir, limitar ou dificultar a livre circulação de pessoas, bens e serviços; usar explosivos, armas de fogo ou equipamentos para prática de crimes contra instituições financeiras; e promover ataques, com violência ou grave ameaça contra instituições prisionais.

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