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Rodrigo Pacheco sai em defesa de Dias Toffoli e diz ver excesso em críticas por carona em jato
Rodrigo Pacheco sai em defesa de Dias Toffoli e diz ver excesso em críticas por carona em jato
Ex-presidente do Senado diz que voo de ministro com advogado do caso Master não gera motivo para suspeição
Por Artur Búrigo/Folhapress
08/12/2025 às 20:00
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado/Arquivo
O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou que há excesso nas críticas direcionadas ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli por ele ter viajado em um jato particular ao lado de um dos advogados envolvidos no caso Master.
O ex-presidente da Casa diz ver improcedência nas críticas direcionadas ao ministro.
"A circunstância de o ministro ter compartilhado um voo privado na companhia de um advogado não faz dele suspeito ou impedido para julgar processos que tenham esse advogado como patrono constituído, definitivamente", disse Pacheco, ao ser questionado pela coluna sobre o tema.
"Fosse assim, seria muito fácil, por conveniência ou ardil, gerar suspeição ou impedimento de um juiz para evitar que ele julgue uma causa", completou o senador, que não quis comentar sobre o mérito do caso por não ter acesso aos autos.
O senador acrescentou que "impedimento e suspeição têm disciplina própria e taxativa nos códigos". "Não é esse o caso", declarou.
Ele disse também concordar com o fato de o caso Master estar no STF e sob sigilo. "Se há menção a autoridade com foro e se o fato investigado se relaciona ao sistema financeiro nacional, tanto a preliminar competência do STF quanto o sigilo estão corretos".
Pacheco era um dos principais nomes cotados para ser indicado pelo presidente Lula (PT) à vaga no STF que foi aberta com a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso.
O senador, porém, foi preterido pelo presidente, que indicou Jorge Messias, advogado-geral da União. O episódio desencadeou uma crise entre o petista e o presidente do Senado e aliado de Pacheco, Davi Alcolumbre.
Toffoli viajou para assistir à final da Libertadores na sexta-feira (28) pela manhã, com retorno no domingo (30) em jatinho que pertence ao empresário Luiz Osvaldo Pastore.
Além de Toffoli, entre os mais de dez passageiros do voo estava o ex-secretário Nacional de Justiça Augusto Arruda Botelho, que atualmente advoga para um dos diretores do Master e é amigo do proprietário do jatinho.
O caso do Master no STF foi distribuído a Dias Toffoli na tarde de sexta (28), após o embarque do ministro para Lima. Já em 2 de dezembro, o ministro impôs sigilo elevado a um pedido apresentado pela defesa de Daniel Vorcaro, dono da instituição financeira.
