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Economia da China desacelera e cresce 4,8% no terceiro trimestre

Economia da China desacelera e cresce 4,8% no terceiro trimestre

Por Folhapress

20/10/2025 às 07:14

Foto: Marcelo Casal Jr / ABr /Arquivo

O ritmo é menor do que os 5,2% registrados no segundo trimestre e os 5,4% do primeiro trimestre, e está abaixo dos 5% da meta de crescimento para o ano

A economia da China desacelerou pelo segunda vez consecutiva e cresceu 4,8% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados oficiais divulgados neste domingo (19, manhã de segunda, 20, em Pequim).

O nível de crescimento entre julho e setembro é o mais fraco em um ano, em linha com as expectativas de economistas consultados pela Reuters. A crise imobiliária do país e as tensões comerciais reduziram a demanda, intensificando a pressão sobre autoridades para adotar novos estímulos econômicos.

O ritmo é menor do que os 5,2% registrados no segundo trimestre e os 5,4% do primeiro trimestre, e está abaixo dos 5% da meta de crescimento para o ano.

Na comparação com o trimestre anterior, o PIB cresceu 1,1% entre julho e setembro, acima da expectativa de 0,8% e de um crescimento revisado de 1,0% nos três meses anteriores, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas.

A renovação das tensões comerciais com Washington destacou as fragilidades da economia chinesa, ainda dependente da manufatura e da demanda externa. Isso elevou as expectativas de que os líderes do país possam adotar mudanças maiores para reorientar o crescimento com base no consumo interno.

Dados sobre a atividade de setembro, divulgados também neste domingo, mostraram que a produção industrial cresceu 6,5% em relação a 2024, acelerando ante agosto e superando a previsão de 5,0%. Já as vendas no varejo avançaram 3,0% em setembro, após alta de 3,4% em agosto, em linha com as expectativas.

Apesar dos números agregados ainda positivos, exportadores já sentem o impacto das tarifas mais altas impostas pelos Estados Unidos no início do ano, o que tem levado à busca de novos mercados.

A divulgação ocorre também sob uma nova ameaça do presidente Donald Trump de impor tarifas de 100% sobre produtos chineses a partir de 1º de novembro. Na mesma data, também serão aplicados controles de exportação para todos os tipos de softwares críticos.

A taxa atual, de 30%, foi acordada em maio após escalada guerra comercial entre os dois países alcançar tarifas de três dígitos.

A nova sobretaxa adicional de 100% contra a China, segundo Trump, é uma resposta à "posição extraordinariamente agressiva" do país de "impor controles de exportação para todos os tipos de produtos".

O governo de Xi Jinping anunciou no início deste mês a adoção de controles de exportação que deve causar rupturas no fornecimento global de terras raras, produtos essenciais para uma série de setores. Pelas novas regras, empresas estrangeiras precisarão obter autorização de Pequim para exportar ímãs críticos e outros produtos que contenham até pequenas quantidades de terras raras extraídas da China.

Segundo dados alfandegários divulgados neste domingo, a exportação de imãs de terras raras da China caiu 6,1% em setembro em relação ao mês anterior, de 6.146 toneladas para 5.774 toneladas. Nos três primeiros trimestres deste ano, a queda é de 7,5% em relação ao mesmo período em 2024.

Hoje, a tarifa média efetiva dos EUA sobre importações chinesas, que leva em conta fatores como exceções setoriais, é de 58%, segundo o Instituto Peterson de Economia Internacional. A tarifa média praticada pela China, de acordo com os mesmos cálculos, é de aproximadamente 32%.

A liderança chinesa realiza entre esta segunda e quinta-feira uma reunião a portas fechadas para discutir, entre outros temas, o 15º plano quinquenal de desenvolvimento, que deve priorizar a manufatura de alta tecnologia em meio à intensificação da rivalidade com os Estados Unidos.

No segundo trimestre, a economia chinesa cresceu 5,2% em relação ao mesmo período em 2024, superando as projeções do mercado financeiro.

Na ocasião, em julho, o Escritório Nacional de Estatística, avaliou que o crescimento "demonstrando forte resiliência e vitalidade" se deve às políticas de estímulo adotadas por Pequim desde o final do ano passado, citando também fatores instáveis e incertos no ambiente internacional.

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