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'Melhor forma de responder a esse ataque', diz Rui sobre aposta de Lula em novos mercados para enfrentar tarifaço de Trump
'Melhor forma de responder a esse ataque', diz Rui sobre aposta de Lula em novos mercados para enfrentar tarifaço de Trump
Por Política Livre
15/08/2025 às 15:03
Atualizado em 15/08/2025 às 16:29
Foto: Carine Andrade / Política Livre

Durante evento em Salvador nesta sexta-feira (15), o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), voltou a comentar o pacote de ajuda do governo federal a produtores brasileiros que exportam para os Estados Unidos, em razão do aumento de tarifas imposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
Ele disse que, além do socorro imediato, busca ampliar e diversificar as rotas de exportação. Lembrou que, em 2003, no primeiro governo do presidente Lula, as exportações para o mercado norte-americano representavam cerca de 26%, percentual que, no atual mandato, caiu mais da metade.
“Imagine se o tarifaço ocorresse nesse momento, ou seja, um quarto de tudo que o Brasil exportava era para os Estados Unidos, o impacto seria gigantesco. Hoje, o Brasil diminuiu essa dependência do mercado americano, o Brasil diversificou a economia e hoje representa apenas 12%”, disse o ministro à imprensa durante o Fórum Bahia Export, na sede da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb).
“O que nós estamos buscando é de forma muito intensa dialogar com países do BRICS, a exemplo da China, da Índia, que estamos intensificando os contatos, com o mundo árabe, com a União Europeia, que até o final do ano devemos assinar o acordo Mercosul-União Europeia, e com isso abrir um leque de mais opções de mercado, mais que a gente chama integração sul-sul, diminuindo portanto essa dependência de países mais ricos e eventualmente ganhando musculatura para ultrapassar tempos de turbulência como esse que nós estamos vivendo”, destacou, ao dar detalhes ligações feitas por Lula aos presidentes da China e da Índia esta semana.
“O presidente Lula falou com o Xi Jinping [presidente chinês] essa semana, falou com o presidente indiano também, e os dois estão com suas equipes de ministros, de técnicos, como o Brasil está, focados em encontrar, a partir dessa situação, oportunidades de maior integração das duas economias. Esse é o foco. A China e a Índia estão aumentando a importação de produtos brasileiros e nós queremos trazer também investidores chineses, indianos, árabes, europeus para investir aqui no Brasil”, disse.
“Ou seja, é aumentar a integração e aumentar a diversificação. Essa é a melhor forma de responder a esse ataque que nada tem a ver com o comercial, nada tem a ver com relações diplomáticas, e tem muito mais a ver com a política, infelizmente, com agressões gratuitas e descabidas, como a do Mais Médicos”, completou.
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