Maioria é contra Lei Magnitsky para Alexandre de Moraes
Por Mônica Bergamo/Folhapress
25/08/2025 às 10:32
Foto: Rosinei Coutinho/Arquivo/STF

A aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes é considerada injusta por 49% dos brasileiros. Outros 39% afirmam que ela é merecida, e 12% não sabem ou não souberam responder.
Até mesmo entre eleitores de Jair Bolsonaro é possível encontrar críticos da medida: 18% deles responderam que as sanções contra o magistrado são injustas. Outros 75% dizem apoiá-las.
Os dados são de pesquisa Genial/Quaest feita com 2004 pessoas entre os dias 13 e 17 de agosto. A mesma pesquisa mostrou que 55% acreditam que a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, imposta por Moraes, é justa.
A Lei Magnitsky prevê o bloqueio de contas bancárias e de bens em solo norte-americano. Pune ainda instituições estrangeiras que, tendo negócios nos EUA, mantenham relações com os sancionados. É o caso dos grandes bancos brasileiros.
A reprovação da aplicação das sanções norte-americanas contra Moraes é maior no Nordeste (56% a definem como injusta) e entre as pessoas que ganham até dois salários mínimos (53%).
Moradores da região sudeste também acreditam que Moraes não merecia as penalidades norte-americanas (47% condenam, contra 40% que aprovam). No Centro-Oeste, o placar é ainda mais favorável ao magistrado, com 51% de condenação à Magnitsky, e 37% de aprovação.
Apenas na região sul os números se invertem: 51% acreditam que as sanções contra Moraes são justas, contra 39% que as definem como injustas.
O instituto perguntou também aos entrevistados se apoiam o impeachment do magistrado: 46% responderam positivamente e outros 43% afirmaram que não apoiam a medida.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, o que configura portanto uma situação de empate.
