Jerônimo evita "comemorar" prisão domiciliar de Bolsonaro e provoca Neto sobre posicionamento: "Não é tanto faz"

Em declarações feitas à imprensa nesta quinta-feira (7), durante a sanção do programa “Bahia Alfabetizada”, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) comentou sobre a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que o episódio deve ser tratado como uma questão jurídica, e não política. O petista frisou que todos os cidadãos, independentemente do cargo que ocupem ou tenham ocupado, estão sujeitos ao cumprimento das leis brasileiras.

"Não quero comentar ou fazer avaliações políticas sobre a prisão do ex-presidente. Acho que é uma questão de justiça, extrapola qualquer questão política", afirmou Jerônimo, reforçando que houve desobediência à lei e às determinações da mais alta instância do Judiciário. "Se um juiz, se um ministro estabeleceu quais são as regras, nós temos que recorrer a um bom advogado e derrubar — ou então cumprir", disse.

O governador destacou ainda que Bolsonaro tem o direito de recorrer e buscar sua defesa no sistema judicial, mas que enquanto uma decisão estiver em vigor, ela precisa ser respeitada. “Todos nós estamos sujeitos às regras da lei. Ninguém pode passar por cima da lei. Não existe cargo maior ou menor que a lei estabeleça”, declarou.

Durante sua fala, Jerônimo também mencionou a postura do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), que até então não se manifestou sobre a prisão de Bolsonaro. "Não existe neste momento qualquer pessoa que diga ‘tanto faz’. Tem uma lei, então não é tanto faz", afirmou. "Quem está em cima do muro já fazia a defesa ou não do ex-presidente. Vai ficar como a postura dele?", questionou.

O governador ressaltou que respeita o processo judicial e que não vê razão para celebrações. "Eu não celebro, eu não faço festa. Mas eu concordo com o que está sendo feito no sentido de que a justiça possa punir aqueles que desobedecem a lei", concluiu.