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Advogado de Bolsonaro diz ao STF que nunca conversou com familiares de Cid sobre delação

Advogado de Bolsonaro diz ao STF que nunca conversou com familiares de Cid sobre delação

Por Ana Pompeu/Folhapress

01/07/2025 às 17:30

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil/Arquivo

O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Paulo Amador Cunha Bueno

O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Paulo Amador Cunha Bueno, negou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que tenha atuado para conseguir detalhes da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.

Na última quarta (25), Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal ouvisse Cunha Bueno e Fábio Wajngarten sobre suposta tentativa de obter informações sobre a colaboração. Segundo o ministro, relatos enviados por Cid e familiares indicam a "suposta prática dos crimes de obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa".

Cunha Bueno é um dos advogados que compõem a equipe de defesa de Bolsonaro no STF. Wajngarten também foi advogado do ex-presidente e o assessorou até ser demitido no mês passado.

Segundo a defesa de Cid, a mãe dele, Agnes Barbosa Cid, foi abordada "em eventos realizados na Hípica de São Paulo" por Luiz Eduardo Kuntz, advogado que afirma ter recebido mensagens do tenente-coronel sobre a delação, e por Bueno.

Ainda de acordo com os advogados do militar, ambos "cercaram-na no sentido de demover a defesa então constituída por Mauro Cid".

Bueno confirmou ao STF ter sido apresentado a Agnes na Sociedade Hi?pica Paulista, mas negou o conteúdo da conversa relatado por Cid.

O advogado afirmou que "o encontro foi bastante breve, amistoso e absolutamente protocolar" e que, nele, elogiou o desempenho da neta de Agnes na equitação. "Nada para além disso", disse.

A defesa de Bueno afirma que ele e Cid se conheceram em março de 2023, pouco depois de o advogado ter assumido o caso das joias presenteadas pela Arábia Saudita.

De acordo com o advogado, o contato à época foi necessário porque parte "parte do processo de recebimento, catalogac?a?o e encaminhamento de presentes oficiais, era de atribuic?a?o da pasta da Ajuda?ncia de Ordens, func?a?o por ele liderada durante o governo Bolsonaro".

Ainda segundo a petição, a partir daí, Bueno manteve contatos esporádicos com o militar até a prisão de Cid, em maio de 2023. Os dois teriam voltado a se encontrar apenas na sessão de interrogatórios da trama golpista, em junho deste ano —"ocasia?o em que se limitou a um breve cumprimento com gesto de cabec?a", diz o advogado de Bueno.

O defensor diz que o tenente-coronel tenta impor outra narrativa diante de evidências de que violou seu acordo de colaboração.

No mesmo caso, o coronel da reserva Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e réu no processo sobre a trama golpista, foi preso pela Polícia Federal em 18 de junho.

A decisão ocorreu após o advogado do militar, Luiz Eduardo Kuntz, enviar ao Supremo mensagens e áudios que teriam sido trocados entre Câmara e o tenente-coronel Mauro Cid sobre conteúdo relacionado à delação premiada firmada pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Com base nas conversas, o defensor pediu que a colaboração fosse anulada.

Em sua decisão, Moraes afirma que Câmara cumpria medidas cautelares que o impossibilitavam de manter contato com os demais investigados da trama golpista, inclusive por meio de terceiros.

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