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Acompanhe a cotação do dólar nesta quinta-feira (24)

Acompanhe a cotação do dólar nesta quinta-feira (24)

Por Folhapress

24/07/2025 às 09:50

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil/Arquivo

O dólar abriu próximo da estabilidade nesta quinta-feira (24)

O dólar abriu próximo da estabilidade nesta quinta-feira (24) com os investidores acompanhando as negociações dos EUA com a União Europeia e o Brasil por um acordo comercial sobre as tarifas que o governo Donald Trump promete impor em uma semana.

O presidente dos EUA anunciou no início de julho que passará sobretaxa de 50% sobre os produtos brasileiros e 30% sobre os europeus.

Às 9h04, a moeda norte-americana subia 0,06%, cotada a R$ 5,5272. Na quarta-feira (23), o dólar fechou em forte queda de 0,79%, cotado a R$ 5,522. Já a Bolsa fechou em disparada de 0,99%, a 135.368 pontos, puxado para cima pelos ganhos da Petrobras. Ao longo do dia, as ações preferenciais da estatal apresentaram alta de 2,04%.

Em acordo celebrado na semana passada, mas detalhado nesta terça-feira (22), a Indonésia concordou em eliminar tarifas sobre mais de 99% de produtos dos EUA. Os EUA reduzirão as tarifas sobre a maior economia do Sudeste Asiático de 32% para 19%.

A taxa é igual à anunciada para as Filipinas também nesta terça, que prometeu zerar as tarifas sobre produtos americanos, segundo publicação de Trump no Truth Social. A taxa para o Vietnã foi fixada em 20%.

Na cena doméstica, as incertezas sobre as negociações comerciais entre Trump e Brasil seguiram marcando o dia. Com pouco mais de uma semana para o prazo final do acordo, os canais de negociação formais entre o governo brasileiro e o americano continuam fechados.

O governo do Brasil enviou uma carta pedindo a negociação e não teve resposta —e segue sem previsão de ter. Com este cenário, integrantes do governo Lula começam a duvidar de uma reversão das sobretaxas antes de 1º de agosto.

Além disso, o governo e o empresariado já estudam formas de reagir à medida do governo americano, caso ela se efetive.

As tarifas extras já impostas por Trump derrubaram a venda de carne bovina brasileira para os americanos em 80% em menos de três meses.

Segundo Ian Lopes, economista da Valor Investimentos, apesar da incerteza nas negociações entre EUA e Brasil, o dólar e a Bolsa durante o dia se beneficiaram de uma tendência global com os acordos comerciais de Trump. "O Ibovespa acompanhou esse otimismo, puxado principalmente pela Petrobras".

Nesta quarta, a estatal anunciou, em comunicado ao mercado, que a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) aprovou um acordo para produção compartilhada no pré-sal de Jubarte, localizada na Bacia de Campos. Com isso, a Petrobras passará a ter uma participação na jazida de 97,25%.

A Weg, por outro lado, pesou sobre o índice, com queda de 7,62% ao longo do pregão. A empresa revelou um lucro líquido de R$ 1,59 bilhão no segundo trimestre, crescimento abaixo do projetado pelo mercado.

Patrick Buss, operador de renda variável da Manchester Investimentos, os acordos comerciais dos EUA tem reduzido as tarifas e colocado uma pressão menor sobre o dólar. Para ele, a liberação do governo Lula para o Orçamento também impactou positivamente o mercado.

"Relacionado ao câmbio, há também a liberação do governo federal de R$ 20,6 bilhões para o Orçamento, o que melhorou o cenário fiscal e diminuiu a percepção de risco do país", afirma.

O anúncio da medida foi feito pelo governo Lula na última terça (23). Segundo o governo, a decisão foi possível porque houve melhora nas expectativas de arrecadação em 2025.

A medida deve gerar alívio em ministérios, que poderão executar uma parcela maior de investimentos e despesas de custeio administrativo, e também vai destravar uma parte das emendas parlamentares, verbas usadas pelos congressistas para bancar ações em seus redutos eleitorais.

Em maio, a equipe econômica precisou fazer uma contenção de R$ 31,3 bilhões em despesas.

Investidores também permanecem atentos a situação judicial de Jair Bolsonaro (PL), que está no centro do atrito entre EUA e Brasil. Na última terça-feira (22), a defesa do ex-presidente negou ter descumprido a determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes que o impediu de conceder

entrevistas que fossem divulgadas pelas redes sociais.

Na sexta passada (18), o ministro determinou que Bolsonaro terá de usar uma tornozeleira eletrônica, está proibido de usar as redes sociais e deve ficar recolhido em domicílio entre 19h e 6h de segunda a sexta e em tempo integral nos fins de semana e feriados. O ministro também proibiu a transmissão ou veiculação de áudios e vídeos de entrevistas do ex-presidente nas redes sociais.

Em resposta, os EUA restringiram vistos para autoridades do Judiciário brasileiro e seus familiares imediatos, citando novamente objeções aos processos legais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Investidores temem que o cenário possa levar Trump a adotar uma postura mais agressiva em relação às tarifas aplicadas ao Brasil.

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