'Na história não tem espaço para os covardes', diz Jerônimo em ato em defesa da democracia

Presente no ato em defesa da democracia brasileira, realizado na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), nesta segunda-feira, 8 de janeiro, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) disse que é preciso resgatar a nossa memória de democracia. "É uma democracia jovem. Qualquer vacilo nosso, a gente perde a liberdade", comentou ao Política Livre.

"Não se trata de um 8 de janeiro para alimentar a discórdia ou divergência entre dois lados do Brasil. Não é isso. É a nossa resistência. Nós temos que, a cada dia, numa Casa como essa, junto com os movimentos sociais, entender qual é o papel da Constituição e sua aplicabilidade", completou o governador, destacando também que a juventude e estudantes precisam entender este dia como ato de civismo.

O gestor estadual disse ainda que na Bahia não ocorreria diferente do restante do Brasil e em seguida ressaltou: "Na história não tem espaço para os covardes". Ele pontuou que, algumas vezes, histórias de traidores são contadas, como na Bíblia, com Judas, mas o mesmo não ocorre com "a história dos covardes", que fica "escondida, passada".

"O que fica na nossa história é sobre os valentes, as pessoas que resistem, que dão seu sangue e seu suor", acrescentou.

Ainda de acordo com Jerônimo, não se trata de um "evento organizado pelo governo do Estado", mas ele, como eleito pela democracia, deve reforçar a responsabilidade.

O ato em Salvador segue um movimento nacional de defesa de resistência e defesa da democracia e das instituições democráticas que ocorre em todo o país, um ano após os ataques em Brasília. Também estiveram presentes no ato na Assembleia Legislativa o presidente da Casa, deputado Adolfo Menezes (PSD), o vice-governador Geraldo Júnior, o senador Otto Alencar (PSD) e a a chefe do Ministério Público da Bahia, Norma Cavalcante.