Sem ter vencido eleição em Salvador, PT muda estratégia para polarizar disputa com Bruno

Sem nunca ter vencido uma eleição majoritária na capital baiana, o Partido dos Trabalhadores (PT), em reunião realizada na noite de ontem (6) da executiva municipal, na sede das 2ª e 13ª zonais do partido, decidiu por mudar as estratégias com vistas em 2020. O resultado foi a oficialização de cinco pré-candidaturas, ainda que o governador Rui Costa, petista e maior cabo eleitoral da base tenha optado por ficar de fora do processo que a legenda julga como legítimo e prioritário, em especial por ele ter sido reeleito em primeiro turno com mais de 75% dos votos válidos, sendo 893.669 em Salvador.

Com isso, com o objetivo de não sofrer mais um revés, a palavra de ordem nas hostes petistas, conforme informações chegadas ao Política Livre, é se movimentar de forma a colocar a campanha na rua e futuramente que vença o melhor ‘para Salvador’ ainda que seja nas prévias, mas que se consiga polarizar a disputa entre o PT e o DEM, que já saiu na frente com a oficialização do nome do vice-prefeito Bruno Reis (DEM) para suceder o prefeito ACM Neto (DEM).

Estão no páreo: a socióloga Vilma Reis, o vereador Moisés Rocha, o ex-ministro Juca Ferreira, o deputado estadual Robinson Almeida e a secretária de Promoção da Igualdade Racial, Fabya Reis, que oficializou sua pré-candidatura momentos antes do início da reunião da executiva. Retiraram seus nomes do páreo os deputados federais Jorge Solla e Valmir Assunção e secretário de Desenvolvimento Urbano Nelson Pellegrino.

Nesse contexto, hoje o ex-ministro Juca Ferreira já convocou apoiadores a discutir suas ideias para a cidade. “O barquinho da candidatura começa a velejar! Pra quem não sabe navegar, não existe bons ventos. Mas para quem sabe, não existe calmaria que não dê para dar um rolê. Vamos fazer uma bela pré-campanha e a campanha para acender a cidade e vencer!”, escreveu o petista em post nas redes sociais.

Fabya, ontem mesmo, destacou que não poderia recusar o desafio que lhe foi imposto, mas acredita que coletivamente irão construir uma plataforma para se contrapor ao projeto ao grupo adversário. “Ao projeto não liberal que representa ACM Neto e o seu candidato Bruno Reis e com essa discussão a gente pautar efetivamente uma discussão para o povo de Salvador”, frisou.

Por outro lado, o Núcleo Popular – Bahia, ao qual integra o vereador Moisés Rocha, fez uma carta pública elencando prioritariamente que “da unidade vai nascer a novidade” e reforçou a tese em prol de uma candidatura negra que represente os anseios e bandeiras do partido e a vontade da militância. E diante disso, além de reafirmar a candidatura de Moisés, manifestou apoio à candidatura de Vilma Reis.

“Isso posto, renovamos o nosso compromisso de nos empenharmos na construção de uma candidatura de consenso entre os dois e a sensibilização dos demais candidatos, não obstante, dentro da percepção da pauta do Movimento: Eu Quero Ela”, sintetizaram no documento. Robinson, por sua vez, que conta com ao apoio do senador Jaques Wagner já estaria a muito articulando em prol do seu nome.