Em Salvador, Rui diz que Lula sempre tratou segurança como prioridade e anuncia “mais recursos financeiros” para a Polícia Federal

Cumprindo agenda em Salvador nesta quinta-feira (6), nove dias após a megaoperação policial no Rio de Janeiro, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmou que o presidente Lula (PT) sempre tratou o tema da segurança pública como prioridade. A declaração ocorreu nesta quinta-feira (6), enquanto ele cumpria agenda em Salvador, dias após o presidente ter enviado o projeto de lei antifacção ao Congresso Nacional.

Desde a megaoperação policial no Rio de Janeiro, o tema da segurança pública voltou com intensidade ao debate político, a ponto de reoxigenar o fôlego da direita e de colocar o governo federal numa posição desafiadora.

“O presidente Lula, desde que chegou, vem colocando prioridade nesse tema da segurança, tanto é que enviou a PEC da segurança pública. Sancionou agora um outro projeto que qualifica as organizações criminosas e, portanto, nós estamos aumentando a ofensiva. Eu digo que o crime tem vários níveis, vários andares, não adianta somente combater o andar de baixo. Crime você tem que erradicar tanto o andar de baixo como quem mora na cobertura do andar do crime. Porque muitas vezes quem lidera o crime, quem chefia não está na baixada ou no morro, muitas vezes está numa casa ou num apartamento de luxo. E é preciso desmontar o crime completamente, tanto faz no andar de baixo ou no andar de cima, esse é o objetivo”, disse Rui.

Assim, o ministro reforçou o discurso alinhado no governo federal no sentido de estabelecer um contraponto ao modelo usado pelo Governo do Rio de Janeiro, dando ênfase ao ambiente de convergência entre estados e União.

“Aqui na Bahia, em outros estados no Nordeste, como o Ceará, Pernambuco, Maranhão, tem uma parceria, por exemplo, com a Polícia Federal. Você já deve ter ouvido o secretário da Segurança falar na expressão ‘Ficco’, que é Força Integrada de Cooperação de Ação entre o governo fFederal e o governo do Estado. A Polícia Federal, que é uma polícia judiciária, entra dando aquilo que ela tem de mais força, que é sua inteligência, sua capacidade de investigação, apoiando, inclusive com os instrumentos federais de rastreamento, através do Coaf, de movimentações de contas, às vezes bilionárias dos traficantes, dos criminosos, e com o conhecimento mais capilarizado da Polícia Civil e da Polícia Militar, isso está dando certo”, frisou.

Nesse contexto, ele citou a operação realizada esta semana na Bahia, que resultou na prisão de 31 pessoas, incluindo suspeitos que estavam fora do Estado, assegurando que as diligências vão continuar.

“Você pode ver a última operação aqui feita pelo governo do Estado com 31 prisões, inclusive de baianos que estavam refugiados em outro Estado. Essas operações vão continuar, o presidente Lula já determinou colocar mais recursos financeiros para apoiar a Polícia Federal nessas ações de cooperação com os estados, inclusive com o estado do Rio de Janeiro”, completou.