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Presidente do PP sugere que candidatura de Flávio não é viável e defende Tarcísio e Ratinho Jr.
Presidente do PP sugere que candidatura de Flávio não é viável e defende Tarcísio e Ratinho Jr.
Por Catarina Scortecci, Folhapress
08/12/2025 às 15:52
Atualizado em 08/12/2025 às 18:43
Foto: Divulgação/arquivo
O senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP e ex-ministro de Bolsonaro
O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou nesta segunda-feira (8) em Curitiba que segue defendendo apenas os nomes dos governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ratinho Junior (PSD-PR) para a disputa ao Planalto em 2026. Segundo ele, apenas os dois são capazes de unificar o campo da centro-direita e direita para as eleições.
A declaração dada à imprensa ocorre após anúncio do senador Flávio Bolsonaro (PL) de que teria sido escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está preso, para concorrer à Presidência.
"O senador Flávio é um dos melhores amigos que tenho na minha vida pública. Se eu tivesse que escolher pessoalmente um candidato para suceder Bolsonaro, não tenho a menor dúvida de que seria Flávio, pela minha relação com ele. Mas política não se faz só com amizades. Se faz com pesquisas, com viabilidade, ouvindo os partidos aliados. Isso não pode ser só uma decisão do PL", afirmou Ciro.
"É importante unificarmos todo o campo político de centro e da direita, porque, caso contrário, não vamos ganhar a eleição", disse ele.
Ciro informou que vai se encontrar na noite desta segunda com Flávio Bolsonaro, junto com outras lideranças.
"Vou ouvi-lo, vamos dialogar para entender [o motivo de ter se lançado candidato]. País tomou conhecimento desta decisão semana passada. Vamos dialogar com toda transparência possível e tomar uma decisão", afirmou Ciro.
"Não sou senhor da razão. Posso ser convencido, mas com argumentos e critérios para que a gente possa fazer uma escolha. Porque o Brasil não pode perder a próxima eleição. Temos que virar a página da nossa história", continuou ele.
Nova pesquisa Datafolha aponta o presidente Lula (PT) 15 pontos à frente de Flávio em um eventual segundo turno das eleições presidenciais do ano que vem.
Tarcísio e Ratinho teriam, por outro lado, desvantagem de 5 e 6 pontos, respectivamente, em relação ao petista.
O presidente nacional do PP esteve em Curitiba para participar de uma reunião do diretório estadual do partido, controlado no Paraná pelo deputado federal Ricardo Barros.
Na reunião, ficou decidido que o PP local não apoiará a candidatura do senador Sergio Moro (União Brasil) ao governo do Paraná.
Flávio anunciou que seria o candidato de Bolsonaro na sexta-feira (5). No domingo, disse que poderia desistir da corrida eleitoral, mas que haveria um "preço".
Ele afirmou ainda que iria se reunir nesta segunda com lideranças políticas como os presidentes do PL, Valdemar Costa Neto, do Republicanos, Marcos Pereira, e do União Brasil, Antonio Rueda, com quem pretende debater a anistia.
Depois, em entrevista à Record, Flávio condicionou eventual desistência a Bolsonaro "livre, nas urnas".
