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Líder do PT diz que Motta 'está perdendo as condições' de presidir a Câmara

Líder do PT diz que Motta 'está perdendo as condições' de presidir a Câmara

Lindbergh Farias critica desocupação da mesa diretora, votação da anistia e não cassação de Ramagem

Por Raphael Di Cunto/Carolina Linhares/Folhapress

09/12/2025 às 20:45

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Imagem de Líder do PT diz que Motta 'está perdendo as condições' de presidir a Câmara

Líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ)

Líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ) afirmou na tribuna nesta terça-feira (9) que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), "está perdendo as condições de continuar" no cargo e poderia responder por crime de responsabilidade por não decretar a perda de mandato do deputado delegado Alexandre Ramagem (PL-RJ), que foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

"É uma vergonha o que está acontecendo aqui. O senhor está abraçando definitivamente o projeto do golpismo", afirmou o petista. "Vossa excelência está perdendo as condições de continuar na presidência desta Casa", disse o parlamentar, que lidera o partido do presidente Lula (PT) na Câmara.

Motta ignorou as falas inicialmente e seguiu a sessão, com a votação de um projeto sobre regularização de terras públicas em áreas de fronteira. Ele rompeu com o líder do PT na Câmara em novembro, após críticas sobre a condução do projeto antifacção.

Lindbergh criticou Motta pela forma que ocorreu a desocupação da cadeira de presidente da Câmara. O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) sentou na presidência nesta terça em protesto contra a decisão de Motta de pautar o processo que pede a cassação de seu mandato por chutar um militante de direita que o perseguia na Casa.

Diante da resistência de Braga em desocupar a mesa diretora, a polícia legislativa arrancou o parlamentar da cadeira e o retirou carregado do plenário.

O líder do PT acusou Motta de agir de forma diferente do que ocorreu com os bolsonaristas que se amotinaram e ocuparam sua cadeira em agosto, e que só foram retirados após negociações –sem, no entanto, serem punidos por isso.

Lindbergh também afirmou que Motta "poderia responder a um crime de responsabilidade" por desrespeitar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou a perda do mandato de Ramagem pela condenação como participante da trama golpista. Motta decidiu levar o caso a voto, para que o plenário decida se tira o mandato.

O petista atacou ainda o presidente da Câmara por pautar para esta terça (9) o projeto da redução de penas para os condenados pelos atos golpistas. "O senhor hoje mostra, para quem tem alguma dúvida, a sua verdadeira feição. O senhor, ao tentar votar este projeto, está definitivamente enterrando qualquer história vinculada à democracia", afirmou.

Motta não respondeu imediatamente às críticas do líder do PT e de outros parlamentares de esquerda no plenário, mas afirmou nas redes sociais que precisa "proteger a democracia do grito, do gesto autoritário, da intimidação travestida de ato político".

"O agrupamento que se diz defensor da democracia, mas agride o funcionamento das instituições, vive da mesma lógica dos extremistas que tanto critica. O extremismo não tem lado porque, para o extremista, só existe um lado: o dele", afirmou nas redes sociais.

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