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EUA tentam interceptar terceira embarcação em águas próximas à área da Venezuela, diz jornal

EUA tentam interceptar terceira embarcação em águas próximas à área da Venezuela, diz jornal

Se confirmada, essa seria a segunda interceptação realizada pelo governo Trump apenas neste fim de semana

Por Folhapress

21/12/2025 às 14:00

Atualizado em 21/12/2025 às 22:04

Foto: Apreensão do navio petroleiro perto da Venezuela pelos EUA no sábado

Imagem de EUA tentam interceptar terceira embarcação em águas próximas à área da Venezuela, diz jornal

Reprodução/X

Os Estados Unidos tentaram interceptar mais uma embarcação em águas internacionais perto da costa da Venezuela no sábado (20), de acordo com o jornal The New York Times. Anteriormente, a informação das agências de notícias Reuters e Bloomberg era de que o navio havia sido capturado.

Se confirmada, essa seria a terceira vez nas últimas semanas que os EUA apreendem um petroleiro perto do país sul-americano, em meio a um forte aumento da presença militar americana na região, e a segunda vez apenas neste fim de semana.

No sábado, os EUA já haviam apreendido outro barco. Dias antes, Trump anunciou um "bloqueio total" a todos os petroleiros sancionados que entram ou saem da Venezuela, elevando ainda mais a pressão sob o regime de Nicolás Maduro.
Segundo informações publicadas pelo jornal The New York Times, o petroleiro que seguia para território venezuelano para carregar petróleo está sob sanções americanas desde o ano passado por transportar petróleo iraniano —autoridades federais dizem que o combustível é vendido para financiar grupos terroristas.

Autoridades dos EUA conseguiram um mandado de apreensão de um juiz federal que permite tomar posse do navio em razão do envolvimento anterior do Bella 1 no comércio de petróleo iraniano, não por suas ligações com a Venezuela. Além disso, o navio também não exibia uma bandeira nacional válida —o que o tornaria um navio apátrida, passível de abordagem em alto-mar.

Ainda de acordo com a publicação americana, o navio não se submeteu à abordagem e continuou navegando —e agora estaria fugindo pelo mar do Caribe. Outra fonte ouvida pelo New York Times se referiu à situação como "perseguição ativa".

A Venezuela, que possui as maiores reservas de petróleo do mundo, tem uma economia dependente de exportações dessa commodity. Segundo especialistas, um bloqueio dos EUA contra exportações asfixiaria a economia venezuelana, aumentando ainda mais a pressão pela saída de Maduro.

A primeira vez que os EUA capturaram um petroleiro foi no dia 10 de dezembro. Naquela ocasião, Trump afirmou que os EUA haviam tomado "um navio muito grande por uma ótima razão". Questionado sobre o que aconteceria com o navio e sua carga de petróleo venezuelano, Trump respondeu: "Acho que vai ficar conosco".

O regime de Maduro classifica a ação dos EUA de irracional e "ameaça grotesca". No sábado, o regime denunciou e rejeitou "categoricamente o roubo e o sequestro de uma nova embarcação privada que transportava petróleo venezuelano, bem como o desaparecimento forçado de sua tripulação", crimes supostamente cometidos por militares americanos em águas internacionais.

A captura das embarcações amplia o cerco militar de Washington contra o regime de Maduro, considerado ilegítimo pelos EUA e contra o qual o republicano já ameaçou fazer bombardeios diretos e enviar soldados em meio a sua campanha de ataques a embarcações no Caribe —com um saldo de mais de cem mortes até aqui.

Na sexta (19), Trump afirmou em entrevista à emissora NBC News que não descarta a possibilidade de uma guerra contra a Venezuela. No dia anterior, oito aviões do Exército dos EUA sobrevoaram o litoral perto de Caracas, segundo o site de monitoramento Flightradar24. As aeronaves são modelos usados em guerra e para vigilância.

A nova operação de Trump rendeu críticas durante o a cúpulca do do Mercosul, neste sábado, em Foz do Iguaçu. O presidente Lula, que foi o primeiro dos líderes sul-americanos a discursar, afirmou que uma intervenção armada na Venezuela seria catastrófica e configuraria um precedente perigoso.

"Os limites do direito internacional estão sendo testados. Uma intervenção armada na Venezuela seria uma catástrofe humanitária para o hemisfério e um precedente perigoso para o mundo", disse Lula.

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