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Entrada de Mário Negromonte Júnior no PSB tem relação com planos de João Campos para 2030

Entrada de Mário Negromonte Júnior no PSB tem relação com planos de João Campos para 2030

Vale lembrar que Mário Negromonte Júnior é presidente estadual do PP, partido recém-federado ao União Brasil, o que deu origem a União Progressista

Por Carine Andrade

14/11/2025 às 11:56

Atualizado em 14/11/2025 às 17:07

Foto: Renato Araújo/Arquivo/Câmara dos Deputados

Imagem de Entrada de Mário Negromonte Júnior no PSB tem relação com planos de João Campos para 2030

Mário Negromonte Jr.

Desde que as informações sobre a possível entrada do deputado federal Mário Negromonte Júnior no PSB foram aventadas no bastidor da política, o sinal de alerta vermelho segue aceso na cúpula socialista e, ao que tudo indica, sem previsão de apagar. 

Isso porque a costura não passa pelas mãos da presidente do partido na Bahia, deputada federal Lídice da Mata, contrária à ideia, e sim pelas mãos do presidente nacional da legenda, o prefeito de Recife João Campos. 

Campos está colocando em curso um audacioso plano para disputar a presidência da República em 2030. Para isso, está fazendo gestos a figuras do chamado Centrão e também a parlamentares que têm trânsito no Congresso Nacional. Na visão do mandatário do PSB de Brasília, Mário Júnior poderá ser de grande valia nessa missão de interlocução.

Vale lembrar que Mário Negromonte Júnior é presidente estadual do PP, partido recém-federado ao União Brasil, o que deu origem a União Progressista. Assim como parte  dos deputados estaduais pepistas, que também negociam o ingresso ao PSB, Mário Júnior sairá da legenda para seguir alinhado ao governo de Jerônimo Rodrigues (PT).    

Este Política Livre conversou, com exclusividade, com fontes ligadas a Lídice da Mata. O entendimento geral é de que se a empreitada der certo poderá resultar no esvaziamento completo do PSB na Bahia comprometendo, inclusive, a reeleição da socialista.  

“João Campos chamou ela em Brasília e disse que quer um deputado federal de mandato no partido e esse deputado é Mário Júnior, que é amigo pessoal dele, e tem trânsito no Congresso”, contou a fonte.

João Campos também estaria trabalhando para filiar à legenda três ex-candidatas ao Palácio do Planalto que ele considera potenciais: a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que teve uma rápida passagem pelo PSB, em 2014, quando disputou a presidência da República no lugar de seu pai, Eduardo Campos, morto num acidente aéreo naquele ano; a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB); e a ex-deputada federal Manuela d'Ávila, candidata a vice na chapa de Fernando Haddad em 2018 pelo PCdoB.  

Cenário delicado

Outra preocupação que tem comprometido o sono da socialista não é somente o fato de Mário Negromonte Júnior poder “tirar” sua vaga na disputa à reeleição. Ele  também poderá “tomar” dela a presidência do partido. Segundo os aliados, ou Lídice perderá o controle do PSB ou vai ter que dividi-lo com o ainda pepista. 

“Lídice pode perder a presidência, sim. João Campos não está satisfeito com o desempenho do partido sob a presidência dela. Ele tem questionado que o PSB está muito comprometido com o PT e não existe um projeto claro de crescimento do PSB no estado”, cravou a fonte. Prova disso, completou, é a dificuldade do partido em eleger deputados federais. Desde a legislatura de 2018, Lídice é a única representante do partido na Câmara dos Deputados.   

Ao mesmo tempo em que rejeita a entrada do colega de Parlamento no partido, Lídice tem adotado uma postura cautelosa, já que a negativa pode acirrar o embate com João Campos. Outro fator é que a vinda do parlamentar pode barrar a filiação do deputado estadual Vítor Bonfim, pré-candidato a deputado federal. Hoje, ele é filiado ao PV.  

Quem também não estaria nada feliz é o ex-vice-prefeito de Ilhéus, Bebeto Galvão, atual suplente do senador Jaques Wagner (PT). Ele foi eleito deputado federal na legislatura de 2014 e pretende retornar à Casa Baixa do Congresso em 2026. 

A deputada estadual Fabíola Mansur, nem se fala. A filiação dos estaduais pepistas, liderados de Mário, representa uma ameaça real a sua reeleição. Hoje, ela é suplente na vaga do deputado licenciado Angelo Almeida, titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). 

“Com Mário, elege Mário. O governador vai ter que ajudar a eleger mais um, Lídice ou Bebeto. Se ele vier, Bebeto não fica no partido, nem Vítor Bonfim se filia. Sem contar que seria complicado também para militância porque ele votou a favor da PEC da Blindagem, uma pauta contrária ao que defende o PSB. Não sei se um cacique vai querer ser índio”, cravou a fonte.

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