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Novo presidente dos Correios toma posse e reconhece situação delicada da empresa

Novo presidente dos Correios toma posse e reconhece situação delicada da empresa

Por Marcos Hermanson/Idiana Tomazelli/Folhapress

26/09/2025 às 19:45

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado/Arquivo

Emmanoel Schmidt Rondon foi escolhido pelo governo Lula para presidir os Correios

Após mais de dois meses de indefinição sobre o comando dos Correios, o novo presidente da empresa, Emmanoel Schmidt Rondon, tomou posse nesta sexta-feira (26), em cerimônia restrita a autoridades do governo e empregados da companhia.

Em seu primeiro discurso, o novo presidente reconheceu a situação delicada da empresa, que acumula sucessivos prejuízos e pode precisar de socorro do Tesouro Nacional diante dos problemas de fluxo de caixa.

"Rondon enfatizou a importância de valores inegociáveis como honestidade e ética, destacando a necessidade de transparência diante da delicada situação financeira dos Correios", afirma comunicado divulgado pelos Correios na tarde desta sexta.

O ministro Frederico Siqueira Filho (Comunicações) compareceu à cerimônia e defendeu a necessidade de conciliar a saúde financeira da estatal com a universalização do serviço postal no país.

No segundo trimestre de 2025, o prejuízo dos Correios atingiu R$ 2,64 bilhões, cinco vezes o valor registrado no mesmo período do ano anterior.

A situação é grave porque, com os sucessivos resultados negativos, a empresa corre o risco de ter um rombo no caixa. A companhia já tem atrasado pagamentos a fornecedores, e há risco de agravamento das dificuldades para pagar contas básicas. A estatal pode precisar de um aporte do Tesouro Nacional –o que pressionaria o Orçamento da União em momento já delicado para as contas públicas.

O governo já elabora um plano de contingência para socorrer a estatal. Os próximos 30 dias são essenciais para a nova gestão fazer um diagnóstico da situação de curto prazo e projetar os números para os próximos meses. Só a partir disso é que será possível ter ideia do tamanho do buraco e definir as ações a serem adotadas.

Desde já, porém, já se imagina que o plano deve envolver a renegociação de um empréstimo de R$ 1,8 bilhão contratado neste ano pela empresa e que agora pode ter cobranças antecipadas devido ao acionamento de cláusulas restritivas do contrato ligadas ao volume de sentenças judiciais (que excederam os valores projetados).

Dada a urgência da questão, o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, recebeu no último dia 16 de setembro representantes do BTG Pactual e do Citibank, os dois bancos que lideram a operação, para discutir uma renegociação do contrato.

Em 18 de setembro, Durigan também recebeu Rondon no Ministério da Fazenda para discutir a situação da companhia.

A grave situação financeira da estatal foi um dos motivos que levaram o então presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, a entregar sua carta de demissão no dia 4 de julho. A troca, porém, só foi formalizada neste mês.

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