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Julgamento no Supremo do núcleo de desinformação da trama golpista será em outubro

Julgamento no Supremo do núcleo de desinformação da trama golpista será em outubro

Por Cézar Feitoza/Folhapress

24/09/2025 às 18:31

Foto: Antonio Augusto/ STF/Arquivo

Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal)

O presidente da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Cristiano Zanin, marcou para outubro o julgamento do núcleo da desinformação da trama golpista de 2022.

Foram reservados quatro dias para o julgamento: 14, 15, 21 e 22 de outubro.

Esse será o segundo núcleo da trama golpista a ser julgado no Supremo. Os primeiros réus condenados foram os integrantes do núcleo central da tentativa de golpe de Estado —o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado a 27 anos e três meses de prisão.

São réus deste núcleo do processo Ailton Barros (major), Ângelo Martins Denicoli (major e ex-assessor do Ministério da Saúde), Carlos César Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal), Giancarlo Gomes Rodrigues (ex-integrante da Abin), Guilherme Marques Almeida (tenente-coronel), Marcelo Araújo Bormevet (ex-integrante da Abin) e Reginaldo Vieira de Abreu (coronel).

Nas alegações finais, a PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu a condenação dos sete réus do núcleo de desinformação sob o argumento de que cada um deles contribuiu ativamente para as ações contra as instituições democráticas.

Gonet afirma que os ex-integrantes da Abin Giancarlo Rodrigues e Marcelo Bormevet eram integrantes de uma estrutura paralela da agência com papel relevante na produção e disseminação de notícias falsas e ataques contra opositores políticos de Bolsonaro.

Segundo a denúncia, Giancarlo repassava informações sobre perfis ligados à esquerda para contas realizarem ataques virtuais. As publicações marcavam pessoas próximas ao ex-presidente, como o filho Carlos Bolsonaro, para a proliferação dos ataques.

"Segue o perfil do maluco que eu estou alimentando… @richards_pozzer mas usa uma conta fake, não segue com a sua não… tudo que eu estou passando ele publica… acabou de publicar mais uma…", disse Giancarlo a Marcelo Bormevet em mensagem no WhatsApp.

A denúncia também diz que a dupla utilizou "ferramentas variadas" para a ação clandestina dentro da chamada "Abin paralela". Um desses sistemas seria o FirstMile, que permite monitorar a localização de celulares de alvos específicos. As defesas dos dois réus negam os crimes.

Gonet diz que o major e ex-assessor do Ministério da Saúde Ângelo Denicoli atuou com o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem nos "ataques sistemáticos de Jair Bolsonaro ao processo eleitoral". Segundo a denúncia, ele era o responsável por converter narrativas infundadas sobre fraude nas urnas em "‘dados’ aparentemente confiáveis, com o objetivo de manipular a opinião pública".

Já o tenente-coronel Guilherme Marques Almeida é acusado de difundir o material falso sobre fraude nas eleições presidenciais, e o coronel Reginaldo Vieira de Abreu teria tentado interferir no relatório das Forças Armadas sobre o sistema eletrônico de votação.

Segundo a PGR, o réu Carlos César Moretzsohn Rocha foi o responsável por produzir um "relatório técnico maliciosamente manipulado" pelo Instituto Voto Legal para o Partido Liberal pedir a anulação de votos que prejudicaria Lula (PT).

O major da reserva Ailton Barros, último denunciado do núcleo, é acusado de promover ataques virtuais contra os chefes das Forças Armadas que foram contrários à tentativa de golpe de Estado.

Os réus negam terem cometido os crimes pelos quais são acusados.

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