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Aprovar MP que tributa investimentos evita corte de emendas, diz Haddad na Câmara

Aprovar MP que tributa investimentos evita corte de emendas, diz Haddad na Câmara

Por José Matheus Santos, Folhapress

24/09/2025 às 14:06

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad durante audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu, nesta quarta-feira (24), a aprovação da medida provisória 1.303, em tramitação no Congresso, como forma de evitar o corte de emendas parlamentares. A MP retira a isenção de títulos de investimento como LCA e LCI (Letras de Crédito do Agronegócio e Imobiliário) e aumenta tributos para as bets.

"Muito importante [aprovar] para fechar o orçamento do ano que vem sem corte de emendas, sem corte de programas sociais. Hoje tem uma regra estabelecida que, se eu tiver que cortar do orçamento, 25% são de emenda e 75% são de despesas discricionárias", disse Haddad.

A declaração foi proferida durante participação do ministro em sessão da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. O convite partiu dos deputados Zucco (PL-RS) e Evair Vieira de Melo (PP-ES).

O governo publicou medida provisória em junho que estabeleceu que esses tipos de investimento, hoje livres da cobrança do Imposto de Renda, passarão a ser tributados com uma alíquota de 5% em 2026.

A bancada da oposição tem resistência a pontos do pacote, que prevê fim da isenção tanto nas LCAs e CRAs quanto em outros instrumentos, como LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários). A medida provisória está em tramitação no Congresso.

"Vamos começar a taxar bet, banco, bilionário que não paga imposto, porque é assim que se busca justiça tributária. Estamos num dos país mais desiguais do mundo. [Mexer no] LCA não é para arrecadar, é para disciplinar o mercado que é irregular. Como uma pessoa compra um título público do Tesouro paga 17,5% e o outro é isento?", disse Haddad.

Nesta semana, o relator da MP que aumenta impostos, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), sinalizou mudanças, como aumentar de 5% para 7,5% o Imposto de Renda de pessoas físicas sobre LCI (Letras de Crédito Imobiliário), Letras Hipotecárias, LIG (Letras Imobiliárias Garantidas) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio).

Esses títulos são hoje isentos de Imposto de Renda. O relatório deve propor uma alíquota maior para investimentos de pessoas jurídicas nesses ativos, de 17,5%.

O aumento nas alíquotas seria uma forma de compensar outras alterações, compensar outras mudanças na MP, como desistir de taxar em 5% CRIs (Certificado de Recebíveis Imobiliários), CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio), outros títulos do agronegócio (CDA, WA, CDCA e CPR) e debêntures incentivadas (usadas para investimentos em projetos de infraestrutura e inovação).

O parecer também mantém a taxação de 5% de Imposto de Renda sobre FIIs (Fundos de Investimentos Imobiliários) e Fiagros (Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais), mas os isenta quando tiverem menos de 100 cotistas.

Zarattini incluirá no texto a criação de um programa temporário para regularização de ativos virtuais de origem lícita, mas declarados com incorreções ou que não foram declarados à Receita Federal. O parecer do petista deve ser divulgado nesta quarta-feira (24) em uma comissão do Congresso sobre o tema.

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