Não vou dizer que Bolsonaro não está triste, diz Ciro Nogueira após visita em prisão domiciliar

O presidente do PP e senador Ciro Nogueira (PI) afirmou, nesta terça-feira (5), ter visitado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em casa, em Brasília, e que o ex-presidente está triste, mas ainda acredita no Brasil.

"Acabo de visitar o presidente Bolsonaro em sua casa. Vi que, apesar de triste, nosso capitão continua inabalável acreditando no nosso Brasil e confiando em Deus", disse.

O ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro publicou vídeo nas redes sociais para relatar a vista. Ele pediu autorização ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), para ir à casa de Bolsonaro, em prisão domiciliar desde esta segunda (4).

Mais cedo, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), fez a mesma solicitação ao magistrado.

Agora, apenas os moradores da casa podem estar com Bolsonaro. Os demais necessitam de autorização de Moraes para vê-lo. Há dúvida se funcionários da Presidência, aos quais ele tem direito por ser ex-presidente, poderiam frequentar a casa —auxiliares avaliam peticionar ao STF para tirar essa dúvida.

Moraes determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro, por entender que o ex-presidente descumpriu determinação anterior ao aparecer em vídeos exibidos por apoiadores durante manifestações no domingo (3). Bolsonaro estava proibido de usar redes sociais, mesmo que por intermédio de outras pessoas.

"Tenho muita esperança de que vamos encontrar um caminho para superar esse momento tão difícil da nossa democracia", disse Ciro Nogueira, que também chamou Bolsonaro de "grande brasileiro, este homem de bem".

O descumprimento da cautelar envolve o filho Flávio, que contradiz o argumento do magistrado.

Durante manifestação no Rio de Janeiro, o senador fez uma ligação com o pai, transmitida durante o ato. No telefonema, o ex-presidente se limitou a dizer: "obrigado a todos. É pela nossa liberdade, nosso futuro, nosso Brasil. Sempre estaremos juntos".

O senador chegou a publicar o vídeo nas redes sociais, mas depois o apagou, por orientação da defesa de Bolsonaro.