Reunião de CNB derrota plano de Éden de evitar candidatura própria à sucessão estadual do PT

A reunião da corrente petista Construindo um Novo Brasil para discutir a sucessão interna no partido, realizada hoje pela manhã na Assembleia Legislativa, marcou a primeira grande derrota do presidente estadual, Éden Valadares, desde que o processo foi deflagrado.

Por consenso, o encontro, que reuniu mais de 600 filiados à legenda, decidiu que a CNB, que é majoritária no PT baiano, vai lançar candidato próprio, embora não tenham sido apresentados nomes, o que deve ocorrer até o próximo dia 8 de julho, mês em que ocorrerão as eleições.

Durante a reunião, Éden tentou manobrar para que a ideia de candidato próprio não fosse formalizada numa resolução a fim de poder costurar com outras correntes um nome à própria sucessão, mas ficou isolado e acabou deixando o encontro antes de seu encerramento.

A presença de quadros importantes da legenda, como os deputados Rosemberg Pinto, líder do governo na Assembleia, Fátima Nunes, e Radiovaldo Costa, além de Deyvid Bacelar, coordenador geral da FUP (Federação Única dos Petroleiros) foram essenciais na aprovação da proposta de candidatura.

Éden perdeu as condições de liderar o processo sucessório no PT estadual desde que, de forma inesperada, anunciou a desistência de concorrer à reeleição sem sequer apresentar um nome como alternativa para sucedê-lo, situação que animou a oposição a ele no partido.

O presidente é ligado ao senador Jaques Wagner (PT), que tirou seu nome do bolso do colete em 2019 e o fez presidente de olho na sucessão estadual de 2022, na qual teve papel fundamental na escolha e eleição de Jerônimo Rodrigues para governador.