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Polícia Federal quer massacrar Bolsonaro, dizem advogados a Alexandre de Moraes

Polícia Federal quer massacrar Bolsonaro, dizem advogados a Alexandre de Moraes

Por Mônica Bergamo/Folhapress

22/08/2025 às 20:31

Atualizado em 22/08/2025 às 21:59

Foto: Antonio Augusto/ STF/Arquivo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

Os advogados de Jair Bolsonaro afirmaram em petição apresentada nesta sexta (22) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) que o relatório da Polícia Federal divulgado nesta semana contra o ex-presidente e seu filho Eduardo "causa espanto" e "encaixa-se como uma peça política, com o objetivo de desmoralizar um ex-presidente da República".

De acordo com os advogados, a PF "transcreve e replica diálogos que não têm a menor relação com fatos em apuração", referindo-se à investigação sobre tentativa de obstrução da Justiça e coação no curso do processo.

"Afinal, não parece ter relevância para a investigação o fato de o presidente pretender apoiar o governador Tarcísio ou um de seus filhos como candidato à Presidência da República".

No relatório, a PF sustenta que Bolsonaro descumpriu medidas cautelares impostas a ele pelo ministro Alexandre de Moraes ao transmitir mensagens, áudios e vídeos a terceiros para serem usados em redes sociais.

Divulga ainda diálogos em que pai e filho conversam sobre o tarifaço de Donald Trump para pressionar o STF a interromper o processo contra Bolsonaro e as consequências políticas tanto da eventual condenação do ex-presidente quanto das iniciativas dos EUA.

Em um dos diálogos, Eduardo afirma a Bolsonaro que "Tarcísio nunca te ajudou em nada no STF. Sempre esteve de braço cruzado vendo você se foder e se aquecendo para 2026". Em outro, o filho do ex-presidente também se mostra indignado pelo pai ter dito em uma entrevista que ele é imaturo, e dispara: "VTNC [vai tomar no cú] seu ingrato do caralho".

Os advogados se insurgem também com a divulgação de transações financeiras de Bolsonaro, que a PF considera suspeitas _o ex-presidente recebeu R$ 44 milhões em suas contas bancárias desde 2023 e fez transferências de R$ 2 milhões à mulher, Michelle Bolsonaro, e outros R$ 2 milhões a Eduardo, entre outras.

""O pior é que uma transferência de dinheiro para sua esposa, de valores com origem lícita, foi anunciada, com base "'em fontes', como um indício de lavagem de dinheiro. É necessário presumir que os investigadores sabem o que é o crime de lavagem, que determina origem ilícita e não se consubstancia com depósitos, via Pix, para familiares. Então, o objetivo é o massacre. A desmoralização. Ou seja, é lawfare em curso", seguem.

"O objetivo do inquérito é proteger o Estado Democrático, mas diversas leis são lançadas ao lixo. Conversas privadas, movimentações financeiras, pagamentos feitos a profissionais, tudo foi cuidadosamente transmitido à imprensa, como se dados bancários não fossem protegidos por lei", afirmam.

Os defensores refutam também a suspeita de que Bolsonaro planejava fugir para a Argentina. A PF encontrou em seu celular o rascunho de um pedido de asilo ao presidente argentino Javier Milei.

Eles afirmam que a data do documento _fevereiro de 2024 _prova que Bolsonaro não aderiu à ideia.

"Seria necessário avisar à Polícia Federal, especialmente ao setor de inteligência, que o processo criminal que originou as cautelares [e que investiga obstrução de Justiça] foi proposto um ano depois e, desde então, o ex-presidente compareceu a todos os seus atos, inclusive estando em sua residência quando determinado o uso de tornozeleira por Vossa Excelência [o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso]".

"Tal pedido [de asilo] não se materializou", dizem em outro trecho.

"Fato é que, com ou sem o rascunho, o ex-presidente não fugiu. Pelo contrário, obedeceu a todas as decisões emanadas" pelo STF. "Respondeu à denúncia oferecida, compareceu a todas as audiências, sempre respeitando todas as ordens do Supremo”. E foi "preso em casa. A esta altura, falar em fuga para 'impedir a aplicação da lei penal' parece não ter o menor cabimento".

Para os advogados, "o objetivo, convenhamos, foi alcançado: manchetes no Brasil e no exterior anunciando que o ex-presidente planejou uma fuga. Nada mais falso, mas nada mais impactante, sobretudo há pouco mais de 10 dias do julgamento", afirmam.

Eles rebatem ainda a acusação da PF de que Bolsonaro desobedeceu a determinação de conversar com outros réus da ação penal já que recebeu mensagem do general Braga Netto, à qual não teria respondido.

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