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Justiça da Colômbia sentencia Álvaro Uribe a 12 anos de prisão domiciliar; início será imediato

Justiça da Colômbia sentencia Álvaro Uribe a 12 anos de prisão domiciliar; início será imediato

Por Douglas Gavras/Folhapress

01/08/2025 às 18:30

Foto: Agência Brasil/Arquivo

A Justiça da Colômbia sentenciou nesta sexta-feira (1º) o ex-presidente Álvaro Uribe

A Justiça da Colômbia sentenciou nesta sexta-feira (1º) o ex-presidente Álvaro Uribe a uma pena de 12 anos de prisão domiciliar, que deve começar a ser cumprida imediatamente. Uribe, que governou o país de 2002 a 2010 e foi condenado no início da semana por suborno e fraude processual, agora deve recorrer da decisão.

Na segunda-feira (28), ele foi considerado culpado pela juíza Sandra Heredia, por obstrução da justiça e suborno de testemunhas, incluindo paramilitares durante o conflito armado no país.

O documento, de mais de 1.000 páginas, vazou pouco antes da leitura no tribunal, que ocorreu às 16h de Brasília. Além da pena, a sentença deixa o ex-presidente inelegível.

"O estabelecimento prisional responsável pela vigilância deverá proceder à sua imediata transferência para o seu domicílio, onde cumprirá prisão domiciliar, sendo-lhe efetuados os controles correspondentes", diz a sentença.

O Ministério Público havia pedido uma pena de prisão de nove anos.

Uribe, o primeiro ex-presidente condenado na Colômbia, disse nos últimos dias que estava preparando seus argumentos para o recurso.

"Você tem que pensar muito mais na solução do que no problema. Por isso estou na preparação da argumentação para sustentar o recurso da minha defesa material", escreveu o ex-presidente de 73 anos na rede X, no início da semana, em sua primeira reação à condenação.

Após a condenação, os advogados dele entrarão com um recurso que será analisado pelo Tribunal Superior de Bogotá. O tribunal terá até 16 de outubro para decidir se mantém a condenação ou anula a decisão.

O caso pelo qual o político foi condenado começou em 2012, quando ele processou o senador Iván Cepeda. Em 2018, o tribunal reverteu a decisão e começou a investigar Uribe por adulteração de testemunhas.

Uribe chegou a receber ordem de prisão domiciliar em 2020, quando a máxima instância da Justiça colombiana avaliou que sua liberdade poderia atrapalhar o curso da investigação. À época senador, ele renunciou ao cargo em uma estratégia que transferiu o caso para a Justiça comum, que suspendeu a ordem de prisão e reiniciou o processo.

Ele, que sempre defendeu sua inocência, diz que as acusações são uma "vingança da esquerda" e de antigos aliados que se tornaram inimigos. O político afirmou que está sendo alvo de uma perseguição política e que sua condenação poderá impactar negativamente a direita conservadora nas eleições presidenciais de 2026.

O processo culminou no que foi chamado de "julgamento do século" pela imprensa local, resultando na condenação do ex-presidente, que ouviu o veredito de casa.

"Estamos interessados na verdade, não em vingança", disse Cepeda em uma entrevista. "A independência da segunda instância deve ser respeitada e Uribe não pode, neste momento, usar sua influência e seu poder para tentar pressionar os juízes novamente."

Sem mencionar o caso, a conta oficial da Presidência da Colômbia, no X, publicou que "o presidente Gustavo Petro reitera que este governo defende a independência da Justiça e não exerce pressão sobre as suas decisões".

O ex-presidente Iván Duque publicou nesta sexta-feira um vídeo no qual afirma que um grupo de apoiadores vai solicitar a tribunais internacionais que se manifestem a respeito da condenação. "Tratados de direitos humanos foram violados e não há uma única prova que justifique uma condenação. Uribe é inocente", afirmou.

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