Secretário da Agricultura, Pablo Barrozo é escanteado no lançamento do Plano Safra e segue com atuação apagada

Durante o lançamento do Plano Safra na Bahia 2025/2026, ocorrido na quarta-feira (23), no Parque de Exposições de Salvador, chamou a atenção de políticos da base do governo o fato de o secretário estadual da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura, Pablo Barrozo, sequer ter sido convidado a discursar. Apesar de o evento ter relação com a pasta, ele foi ignorado pela organização e só teve a presença citada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT).

Também tiveram direito a fala, entre outras autoridades políticas e até presidentes de associações rurais, o secretário do Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, e o presidente da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Jeandro Ribeiro.

Vale frisar que a secretaria comandada por Pablo foi responsável pela entrega de 221 máquinas e implementos agrícolas a 73 municípios baianos, segundo comunicado do próprio governo baiano.

Ex-deputado estadual e ex-aliado de ACM Neto (União), Pablo Barrozo assumiu a secretaria em abril deste ano. Ele é filiado ao Avante, partido do qual é secretário geral na Bahia, e tem planos de concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa em 2026. Ou seja, ele deve deixar a pasta em janeiro de 2026, se Jerônimo cumprir o que disse essa semana à imprensa de afastar os secretários e dirigentes que serão candidatos logo no início do ano.

Para aliados do governador, Pablo também tem tido uma atuação apagada em momentos delicados para a agricultura, a exemplo da ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas de 50% aos produtos brasileiros, o que atinge o setor agrícola baiano.

A ausência de Pablo Barrozo entre os oradores no lançamento do Plano Safra também foi interpretada como mais um sinal do esvaziamento político da Secretaria da Agricultura dentro do governo.

Vale lembrar que o atual secretário sucedeu na pasta o ex-deputado estadual Tum Oliveira, também do Avante, que costumava ser criticado por parlamentares da base e integrantes do próprio governo por inoperância.