‘Queremos é que nos tratem igual aos governos estadual e federal’, diz Bruno Reis sobre sindicatos

O prefeito Bruno Reis (União) condenou a invasão e os atos de violência promovidos na última quinta-feira (22) por sindicalistas ao Centro Cultural da Câmara de Vereadores, durante a votação do projeto de lei de reajuste do funcionalismo público municipal. Ele disse que os manifestantes tem vínculos políticos e cobrou uma punição rigorosa aos culpados pelo episódio.

"A gente vê parentes de parlamentares envolvidos num nível de intransigência inexplicável. O que mudou do ano passado para este ano? O reajuste é maior. Maior do que o dado pelos governos do estado e federal. E eles (os sindicalistas) estavam lá abraçados aplaudindo. Queremos é que nos dê o tratamento igual. Houve um ato na governadoria com sindicalistas aplaudindo o reajuste dado pelo governo estadual", afirmou o prefeito em coletiva de imprensa concedida hoje (27).

Bruno Reis rebateu o discurso de vereadores da oposição de que a Prefeitura estimulou os atos praticados por sindicalistas e manifestantes na Câmara ao não debater o projeto de reajuste com as categorias, sobretudo o dos professores, que seguem em greve. Ele garantiu que o Executivo municipal negociou até o último instante e, como não houve acordo, enviou o projeto à Câmara para deliberação da maioria.

"Houve diálogo com a categoria, mas a proposta não foi acatada. O projeto foi encaminhado uma semana antes, discutindo nas comissões. Foram apresentadas emendas pelos vereadores de oposição, que foram rejeitadas. Depois, no plenário, foram apresentadas emendas de vereadores da base do governo, que foram acatadas, e outras da oposição, rejeitadas. E o projeto foi aprovado por 33 votos, com ampla maioria. Estamos numa democracia. Se tenta o acordo, e, quando não há, vai para votação. Prevalece a maioria", pontuou.

Bruno Reis afirmou que houve radicalismo dos sindicalistas, que tentaram impor a própria vontade "na base da força e da tentativa de intimidação". "Houve um atentado à democracia, com vereador sendo mordido, com depredação do patrimônio público. É isso que estão defendendo? O que aconteceu na última quinta é injustificável, irrazoável. Não estávamos tirando direitos de ninguém. Estávamos aprovando um reajuste. Que os culpados sejam punidos, porque foram realizados crimes em plena luz do dia", enfatizou.

O prefeito agradeceu aos vereadores por terem se mantido firmes na aprovação do projeto de reajuste do funcionalismo. Ele também fez um novo apelo para que os professores encerrem a paralisação, informando que os descontos pelos dias parados começaram a contar no próximo mês, com o aval da decisão Judicial que considerou a greve ilegal.