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Mudança que Lira fez no regimento para frear oposição travou bolsonaristas na PEC do voto impresso

Mudança que Lira fez no regimento para frear oposição travou bolsonaristas na PEC do voto impresso

Por Painel/Folhapress

12/08/2021 às 08:12

Foto: Gabriela Biló/Arquivo/Estadão

Arthur Lira

Aprovado em maio com o aval de Arthur Lira (PP-AL), o projeto de resolução que mudou o regimento interno da Câmara para limitar as ferramentas que a oposição pode usar para criar obstáculos em votações voltou-se contra os bolsonaristas na terça-feira (10), durante a votação da PEC do voto impresso.

À época, eles apoiaram em peso as mudanças que engessaram a atuação dos partidos de oposição.

Na terça, o líder do PSL, Major Vitor Hugo (GO), pediu adiamento de votação da PEC. Os bolsonaristas tentavam ganhar mais tempo para angariar votos a favor da proposta.

Lira, então, decidiu abrir votação a partir do pedido do deputado bolsonarista.

O deputado Bohn Gass (RS), líder do PT na Câmara, apontou que após as mudanças no regimento avalizadas por Lira o pedido de adiamento só era admitido caso houvesse alterações no texto da PEC. Como não era o caso, então o presidente da Câmara não poderia abrir votação.

"Pelo regimento que foi alterado, não cabe adiamento de discussão quando não tem alteração do texto", disse Bohn Gass.

Lira então consultou a secretaria-geral da Mesa Diretora da Câmara, que deu razão ao petista. O presidente da Câmara então pediu desculpas, reconheceu o erro e avisou Major Vitor Hugo da inviabilidade do pedido. O próprio líder do PSL votou a favor das mudanças no regimento em maio.

Na justificativa do projeto, em maio, a argumentação em favor da mudança era favorecer "o debate democrático, que constitui a essência dos trabalhos parlamentares, conciliando o regular exercício dos direitos de minorias com a otimização dos procedimentos legislativos, garantindo maior fluidez às sessões e possibilitando ao colegiado utilizar seu tempo de forma eficiente".

Parlamentares de oposição criticaram o que viram como autoritarismo da medida. A deputada Maria do Rosário (PT-RS), por exemplo, apontava o estreitamento do espaço para contradição.

"Porque a contradição, deputado Arthur Lira, a quem respeito como presidente, não se dá no momento da discussão. Ela se dá no momento em que a minoria tem o poder de fazer obstrução. A obstrução legítima, prevista hoje no regimento, é o tempo para que a sociedade brasileira tome conhecimento das matérias", disse.

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