10 de setembro de 2009 | 13:17

Lupi confirma que Resedá, Bonfim e Câmera entrarão no PDT

O ministro Carlos Lupi (Trabalho), presidente nacional do PDT, confirmou agora há pouco, em entrevista exclusiva ao Política Livre, que, depois de Marcelo Nilo, presidente da Assembléia Legislativa, o partido deve receber os deputados Emério Resedá, João Bonfim e Paulo Câmera.

Segundo Lupi, a operação ainda depende de alguns ajustes locais, mas os pedetistas Roberto Carlos e Euclides Fernandes deixaram de ser empecilhos para a entrada dos novos deputados no partido. “Eles (Roberto Carlos e Euclides) serão prestigiados e se reelegerão”, disse.

As declarações do ministro foram dadas à saída da solenidade hoje pela manhã em que o professor pedetista Eduardo Ramos foi empossado na secretaria estadual de Ciência e Tecnologia, selando, definitivamente, a entrada do partido na base do governo Jaques Wagner (PT).

A resistência de Roberto Carlos e Fernandes ao ingresso do trio de parlamentares se deve ao medo que têm de perder a eleição por causa da concorrência interna que deve se estabelecer na legenda. Por este motivo, as negociações têm demorado.

Ministro cumprimenta novo secretário e garante que problemas para ingresso de novos deputados no PDT serão sanados (Foto Manu Dias/AGECOM)

Ministro cumprimenta novo secretário e garante que problemas para ingresso de novos deputados no PDT serão sanados (Foto Manu Dias/AGECOM)

A situação acabou atrasando a entrada de Marcelo Nilo no PDT, definida apenas hoje num café da manhã com Lupi. Uma das alternativas pensadas para superar a oposição dos dois pedetistas seria garantir que o PT permitisse coligação proporcional (na eleição de deputados) com o PDT.

O ministro não confirmou a estratégia, mas garantiu que o caso será resolvido. A vinda de Lupi para o evento é a confirmação de seu envolvimento no processo que resultou na aproximação do PDT com o governador, provavelmente a pedido do presidente Lula.

No auge das negociações, o deputado federal Severiano Alves, amigo pessoal do ministro, acabou sendo afastado por ele da direção estadual do PDT porque pretendia aliançar-se na Bahia com o ministro Geddel Vieira Lima ((Integração Nacional), candidato do PMDB a governador.

No discurso que fez na solenidade de posse do secretário, o ministro se referiu de forma esperançosa a Severiano, depois de agradecer a força do partido, entre outros, a ele. “O PDT é como um coração de mãe. Estamos aguardando o seu momento de vir, Severiano”, declarou.

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