25 de novembro de 2011 | 17:52

Wagner defende Negromonte: ‘O pessoal tem é muito ciúme da Bahia’

Wagner deseja que Negromonte fique nas Cidades (crédito: Manu Dias)

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), fez uma veemente defesa do ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP), seu apadrinhado no governo federal, durante a solenidade, nesta sexta-feira, de anúncio da segunda etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida no Estado. “Quero externar publicamente e politicamente a mais profunda solidariedade contra esse ataque constante que você vem sofrendo”, disse, durante seu discurso no evento. “O pessoal tem é muito ciúme da Bahia. Falam que tem muito ministro baiano, então toda hora dizem que um vai cair. Mas, se Deus quiser, a energia baiana vai segurar todos vocês lá”.

Wagner rebateu algumas acusações. Uma delas, a relativa ao suposto tráfico de influência de Negromonte para captação de recursos para a realização da Festa do Bode, no norte da Bahia, foi definida pelo governador como “ridícula”. “Também me pedem para ajudar eventos, como o São João”, afirma. “Se eu não tiver, vou pedir à Petrobras, ao Banco do Brasil, à Caixa Econômica. Aí, o responsável chega lá e me faz um agradecimento – e caboclo acha que isso é mau uso de dinheiro público. Você percebe que caboclo quer pegar uma filigrana para criar um problema.”

Sobre a suposta fraude na alteração do projeto de mobilidade urbana de Cuiabá, Wagner disse não ter conhecimento suficiente do caso, mas comentou da mudança de modal de transporte do projeto de mobilidade de Salvador – que também foi alterado de BRT para trilhos (no caso, metrô de superfície). “No caso da Bahia, se tiver algum culpado por esta modificação chama-se governador Jaques Wagner, então, quem teria de ser atacado, se fosse o caso, seria eu, porque quem brigou para ser metrô fui eu, não o ministro”, alega. “Ele (o ministro) até ficou falando: ”governador, será que a gente vai conseguir dinheiro para fazer isso?” e eu disse ”vamos escolher o que a gente acha melhor e depois vamos brigar por dinheiro”. Mudei de BRT para metrô porque o metrô é o melhor meio de transporte para grandes aglomerações urbanas, como é Salvador”, disse. Leia mais no Estadão.

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