12 de fevereiro de 2011 | 07:56

Mínimo: quem votar contra será tido por “dissidente”

Sob Dilma Rousseff, o Planalto promete tratar a pão e água os “aliados” que negarem voto ao projeto que fixa o salário mínimo em R$ 545. A proposta vai a voto na próxima quarta. De antemão, o líder de Dilma na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), avisa, na Folha: “Quem votar contra os R$ 545 será considerado dissidente, pois essa fórmula já garante um ganho real para os trabalhadores”. “O governo não abrirá mão desse valor. Com um anúncio de cortes da ordem de R$ 50 bilhões seria irresponsabilidade dar aumento maior”. Receia-se que um naco do consórcio governista se anime a abraçar a cifra de R$ 560. Um valor que está a meio caminho entre a oferta do governo e os R$ 580 defendidos pelas centrais sindicais. No duplo papel de deputado e de presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) é um dos pseudogovernistas que flertam com os R$ 560. O governo urdiu uma esperteza para tentar inibir a movimentação das centrais, especialmente a CUT, braço sindical do petismo. Indicou-se para o posto de relator da proposta do salário mínimo Vicente Paulo da Silva (PT-SP), o Vicentinho. A exemplo de Lula, Vicentinho tem raízes no sindicalismo do ABC paulista. É fundador da CUT. Em 1983, tornou-se presidente da CUT-ABC, primeira reginal da central. (Blog do Josias)

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