Foto: Divulgacão
14 de setembro de 2019 | 19:55

Após entrevista na Veja, Valter Pomar ataca Rui de ser pós-Lula no PT

bahia

A entrevista às páginas amarelas do governador Rui Costa (PT) na revista Veja vêm dando dor de cabeça ao baiano. Desde sexta-feira (13), quando publicou o link da matéria em suas redes sociais, ele vem sendo atacado fortemente pela militância do partido na Bahia e em todo o país. Até o ex-presidente nacional do PT, Valter Pomar, entrou na briga e fez um artigo esmiuçando cada resposta dada pelo governador ao semanário e não poupou as críticas.

Duas questões foram mais atacadas pelo ex-dirigente do partido. A primeira foi quando Rui defendeu a união dos partidos de esquerda sem condicionar o apoio ao movimento Lula Livre para formar uma frente contra o atual governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). E a segunda foi a insistência do governador de dizer que o PT precisa diminuir a liderança individual dentro do partido. Essas foram as gotas d’águas para Pomar acusar ele e outros de estarem preparando o “pós-Lula”.

“O que é direito dele. Mas eu, como petista que não sou lulista, fico chocado com a ligeireza com que Lula é tratado por gente que chegou aonde chegou, em parte graças ao apoio de Lula. É como se a maior liderança da classe trabalhadora brasileira, construída coletivamente desde os anos 1970, submetida hoje a uma prisão política, fosse excessivamente ouvida… porque falta capilaridade, porque faltam os meios para ouvir todo mundo. (…) O curioso é que o cenário mudou, mas Rui não propõe mudar a estratégia política. No fundo, no fundo, o que Rui propõe é mudar… o candidato”, bradou.

E as acusações não pararam aí, o ex-presidente nacional do PT disse que Rui “é mais um prisioneiro da pauta do bolsonarismo”, inventa que “a falta de propostas (sobre o tema da segurança) foi um dos fatores que levaram às derrotas das esquerdas na última eleição” e questiona em qual país o governador vive. “De conjunto, a entrevista de Rui Costa à revista Veja confirma que o atual governador da Bahia é um dos chefes da tendência mais radical do PT: a tendência à adaptação”, ironizou Valter Pomar.

Raiane Veríssimo
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