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A primeira-dama do estado Aline Peixoto e o deputado Leur Lomanto Júnior tendem a movimentar o cenário 09 de agosto de 2019 | 19:31

2020: Aline Peixoto e Leur Lomanto Júnior despontam como nomes para a sucessão em Jequié

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O processo de sucessão do prefeito Sérgio da Gameleira (PSB) em Jequié, cidade que possui uma receita de cerda de R$ 30 milhões/mês, tende a movimentar o cenário político baiano. Nomes como o da primeira-dama Aline Peixoto e do deputado federal Leur Lomanto Júnior (DEM) despontam nos bastidores como principais pré-candidatos. Estaria no páreo ainda, o também deputado federal Antonio Brito (PSD), que fala abertamente sobre a possibilidade de concorrer ao posto. Informações chegadas a este Política Livre dão conta de que Peixoto, filha da cidade, enquanto primeira-dama, leia-se através do governador Rui Costa (PT), tem diversos serviços prestados na cidade e encontra-se no centro de uma articulação para ser a aposta de Rui. A policlínica instalada no município, por exemplo, que contou com investimento de R$ 22 milhões da gestão estadual, é tida como obra emblemática sob a tutela dela, aliada a entrega da Unidade de Pronto Atendimento Eunice Jesus Leal Almeida (Dona Dite), localizada na Avenida Governador Lomanto Júnior, no bairro Cansanção. O equipamento, vale ressaltar, levou o nome da avó da primeira-dama.

Assim como a esposa do governador, o democrata Leur Lomanto Júnior, neto de Lomanto Júnior, prefeito da cidade por duas vezes, deixando o posto para ser governador da Bahia, não apenas pelo seu histórico familiar, mas também pelo trabalho que vem desenvolvendo por meio do seu mandato em prol dos jequieenses, tem sofrido forte apelo de diversos grupos para aceitar o desafio. E chama atenção também o montante de recursos liberado via emendas para Jequié, considerada a “menina dos olhos” do deputado. Conforme apurado, liberou R$ 6 milhões para a localidade situada no Sudoeste baiano, onde obteve 9 mil votos na última eleição, enquanto para outras comunidades esse valor não chega nem a R$ 1 milhão. contudo, nenhum deles, fala abertamente sobre a probabilidade.

Reiterando sempre que “seu time está em Jequié”, Antonio Brito, que mantém seu título eleitoral na Cidade do Sol, não fica atrás. Há quase dois meses, o deputado federal se reuniu com o presidente da Associação Comercial e Industrial de Jequié-ACIJ, Cássio Moura, empresários locais e o coordenador da Santa Casa de Jequié, Alexandre Iossef, para debater a reestruturação física do Distrito Industrial de Jequié. Durante o encontro na residência do presidente da ACIJ, o deputado Antonio Brito se comprometeu em indicar ao Orçamento da União, emenda de R$ 1,5 milhão, destinada a recuperação do DIJ, além de articular juntamente com os demais deputados, ações do Governo do Estado, em prol do setor produtivo de Jequié e região, dentre outras já consolidadas.

“Estou próximo a Jequié, vendo o problema dos idosos, da saúde. Quando estou aqui [Salvador], vejo as encostas. Estou explicando como as pessoas veem o simbolismo de prefeito. O prefeito tem que estar presente. Se eu estou presente, é porque eu gosto do Executivo. E se eu gosto do Executivo, é porque as coisas vão acabar acontecendo algum dia. Eu não sei se vou ser candidato, vou conversar o senador Otto Alencar. Preciso conversar com outros agentes do nosso grupo do governador Rui Costa”, destacou em entrevista a imprensa, relembrando a estratégia de todos os partidos lançarem nomes para as majoritárias, incluindo o PSD, após o fim das coligações.

O ex-deputado federal Roberto Britto (PP) também iniciou uma maior aproximação com o eleitorado e a política municipal de Jequié e já admite a possibilidade de tentar retornar ao posto que exerceu de 1997 a 2004. “Sempre nos sobra algum tempo para conversar com lideranças comunitárias e pessoas da comunidade e, tem nos sensibilizado o desejo de muitas delas de nos ver de volta ao cargo de Prefeito”, disse Brito, que é médico e diretor-geral da Empresa Gráfica da Bahia (Egba). Além dele, o PP, do vice-governador João Leão, teria como alternativa o deputado estadual Zé Cocá, crítico ferrenho ao atual prefeito. Dos 58.380 votos conquistados, 19.821 foram em Jequié. Quando questionado, ele prefere cautela e diz que “o futuro a Deus pertence”, mas não deixa de enfatizar que “o povo está pedindo”.

Fernanda Chagas
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