26 abril 2024
É de baixíssima qualidade o debate em que o PDT nacional se envolveu em torno da figura renovadora de Tábata Amaral, eleita deputada federal pelo Estado de São Paulo.
Assistir a uma figura como Carlos Lupi dizer que a parlamentar, considerada por ele próprio um dia uma jovem promessa da política, defende a “democracia da conveniência”, beira o ridículo.
Mas o pior é ainda ver que Lupi tem como parceiro o ex-candidato a presidente Ciro Gomes, que pode ser alvo de inúmeras críticas e adjetivos, mas cuja estatura é reconhecidamente superior ao do presidente nacional pedetista.
O fato de ter liderado os ataques, no entanto, não deixa de apequená-lo profundamente, comprovando que quanto mais o tempo passa, independentemente de continuar um bom frasista, Ciro submerge no atraso.
Tábata, personalidade da periferia paulistana de inteligência privilegiada que teve a sorte de ser ajudada e chegar aonde chegou, cometeu o pecado de votar a favor da reforma da Previdência.
Ou melhor, teve a coragem de reconhecer que, apesar dos pesares, as mudanças são fundamentais para enfrentar o desequilíbrio fiscal do país, causado por governos historicamente apoiados por Ciro e Lupi.
Aliás, coragem não! Decência, qualidade que falta à maioria dos partidos de esquerda e centro esquerda nacionais, que, apesar de reconhecerem em privado a necessidade da reforma, fazem o discurso irresponsável do contra.
A Bahia mesmo é um palco abastado dessa turma.
Eles só pensam em aparecer bem na fita, apesar de, com sua atitude, estarem ferrando seus alegados representados. Fossem mais responsáveis, trabalhariam para melhorar o texto, denunciando abusos e injustiças, que subsistem.
Com a atitude, ajudam a que o Brasil continue sendo o país em que deitam e rolam as corporações, com as quais continuam colaborando com o discurso deslavadamente mentiroso de que defendem o povo.
Ainda bem que exite Tabata, a mostrar o quanto, além de hipócritas, são também autoritários inveterados.