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Presidente Jair Bolsonaro precisa assumir, de uma vez por todas, a defesa das reformas de que o país precisa 11 de julho de 2019 | 09:06

Quando Bolsonaro vai, afinal, ajudar Rodrigo Maia a tocar a reforma com firmeza?

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A aprovação do texto-base da reforma da Previdência ontem à noite, apesar de muitos apontarem para os 379 votos a favor como uma maioria artificial, mostrou quem está no comando da mudança e o tamanho político a que pode chegar.

A repentina suspensão da votação dos destaques, no entanto, evidencia que, se pode fazer muito, como provou ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não pode, entretanto, continuar fazendo sozinho.

Depois da vitória acachapante, Rodrigo foi obrigado a recuar e transferir para hoje a votação da parte que falta da reforma depois de perceber uma rebelião no Centrão, conjunto de partidos cuja marca é o fisiologismo escancarado.

O mesmo Centrão cuja defesa o presidente da Câmara havia assumido no discurso que fez após a votação, antes do anúncio da vitória de frente ampla, numa tentativa quase protocolar de manter o bloco ao seu lado.

O sistema presidencialista vigente no Brasil permite que PP, PL, PRB, PSD, Solidariedade e outros mais não pensem no país, mas no que alguém que pensa possa lhes dar para continuar sobrevivendo em troca de seu voto.

Por mais que se deplorem seus métodos e interesses, atuam sob a legitimidade da democracia eleitoral que tem lhes garantido sobrevida até aqui. Fazê-los recuar, reduzindo sua força por meio da inteligência, é maior desafio.

E embora seja uma tarefa que Rodrigo provou saber manejar, não deve continuar exclusivamente em suas mãos. Pelo bem do país, é hora de o presidente Jair Bolsonaro descer do salto, entrar em campo e mostrar que é mais do que um capitão decorativo.

 

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