14 de julho de 2019 | 11:33

Petrobrás, Caixa e BB garantem resultado no 1.º semestre

economia

O programa de desestatização do governo pode estar em marcha lenta, por conta da decisão de concentrar as forças até agora na reforma da Previdência e da resistência de vários ministros em relação à privatização de empresas ligadas a suas pastas (ler texto acima). Se considerarmos que o programa pode permitir uma arrecadação de cerca de R$ 450 bilhões, de acordo com levantamento do Estado, a meta estabelecida pelo próprio governo para 2019, de obter uma receita de US$ 20 bilhões (R$ 76 bilhões ao câmbio atual) com a desestatização, é modesta. Ela representa apenas 16,9% do que se pode arrecadar até 2022, quando deveria ser de pelo menos US$ 29 bilhões, o equivalente a 25% do total, para representar 1/4 da receita possível nos quatro anos de governo. Agora, com a meta em vista, quando se observa o que aconteceu nos primeiros seis meses de gestão, constata-se que o ritmo da desestatização não foi tão moroso quanto pode parecer à primeira vista. Segundo o levantamento do Estado, o governo já arrecadou até agora um total de R$ 54 bilhões (US$ 14,1 bilhões, pelo câmbio da data de cada operação), entre concessões (R$ 5,7 bilhões) e privatizações, desinvestimentos, vendas de participações minoritárias e operações de abertura de capital (R$ 48,3 bilhões). Isso significa que o governo cumpriu 71% da meta em metade do tempo. Terá, portanto, todo o segundo semestre para realizar os 29% que faltam

Estadão
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