Foto: Raiane Veríssimo
Senador Jaques Wagner no 2 de Julho 02 de julho de 2019 | 08:17

2 de Julho: Wagner chama Dalagnol de “irresponsável” e “desqualificado” e diz que apoio a Moro nas ruas foi fraco

salvador

O senador Jaques Wagner (PT) disse hoje, no Largo da Lapinha, que a festa do 2 de Julho não se confunde com a disputa eleitoral, momentânea, e é muito maior do que ela. “É evidente que todas as forças políticas vêm aqui, mostram sua força, mas ainda estamos a mais de um ano do pleito eleitoral, não acho que a população tá com a cabeça voltada para isso. O 2 de Julho tem que ser valorizado como um grande encontro de forças diferentes, porque foi assim no passado”, afirmou o ex-governador, destacando o Cortejo como a festa cívica mais importante do país. Ele justificou a ausência do governador Rui Costa (PT) dizendo que ele já tinha um compromisso e “seguramente está trabalhando por aquilo que é o mais importante para os baianos, a geração de emprego e renda, preocupação maior das famílias. Ele (Rui) está lá, tentando conseguir mais investimentos para cá. Já estava marcado, ele achou que poderia prejudicar a estratégia e acabou mantendo (a visita), não com alegria, porque preferiria estar aqui”. Ao falar sobre as conversas vazadas do procurador Deltan Dalagnol, que o cita na Operação Lava Jato, ele atacou: “Meu primeiro sentimento foi de nojo por aquilo que eu vi revelado, realmente uma coisa deprimente, que pessoas pagas com dinheiro público, façam um concurso, se comportem daquela forma. Aquilo desqualifica o Ministério Público e acaba confirmando o que muitos já suspeitavam e suspeitam: aquilo tudo tinha endereço certo. Entre a minha eleição de senador e a eleição de Haddad ouviram o coordenador de Haddad e, me perdoem, vem um irresponsável, um desqualificado diz que ‘temos que arranjar alguma coisa para atingir Jaques Wagner’, ou seja, não existe um crime que ele estava investigando, ele estava querendo incriminar uma pessoa e procurando um crime. É o que virou o Brasil, uma polícia política. Não estou dizendo que não houve erro, muita gente presa, que roubou mesmo e se roubou, tem que devolver o dinheiro e ser preso, mas não dá para generalizar e dizer que tem que cassar todo mundo, mas eu estou tranquilo”. Ele lembrou que “algumas das coisas contra mim foram arquivadas, outras estão em curso. Ele acabou dando um testemunho daquilo que eu já disse para vários magistrados, que isso é um negócio montado, assim como foi montado aquele negócio da Fonte Nova aqui”. O senador disse ainda que o apoio manifestado nas ruas ao ministro Sérgio Moro, no último domingo, foi “extremamente fraco”.

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