Foto: Divulgação
Palácio Rio Branco 16 de maio de 2019 | 17:00

Palácio Rio Branco receberá abraço simbólico neste sábado

salvador

O Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento da Bahia (IAB-BA), realiza neste sábado (18), às 10h, um abraço simbólico no Palácio Rio Branco, localizado na Praça Municipal de Salvador. A ação é em defesa do edifício histórico, atualmente ameaçado de se tornar espaço de uso para um empreendimento privado. Segundo a presidente da IAB-BA, Solange Araújo, a iniciativa visa chamar a atenção da sociedade para a importância do edifício para a Bahia que, de acordo com ela, “deveria continuar pertencendo ao governo no do Estado”. “Um edifício dessa importância, e com acervo que ele tem, não pode ser transformado em um hotel”, explica. O Palácio Rio Branco abriga importante acervo histórico e artístico, bem como o Memorial dos Governadores e a Fundação Cultural do Estado da Bahia. Do ponto de visa técnico, Solange Araújo chama a atenção para os elementos artísticos que compõem grande parte da estrutura interna do Palácio Rio Branco e que “irão se perder” com uma administração privada. “Ninguém sabe que uso poderão dar ao acervo artístico do palácio”, diz Solange, ao salientar que “desde março de 2015, o IAB-BA solicitou ao IPAC (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia) o tombamento do Palácio Rio Branco e de outros edifícios ecléticos que compõem a cidade de Salvador. “Até hoje, não houve nenhuma manifestação, nenhuma resposta, contra ou a favor, por parte do IPAC. Recentemente, renovamos esse nosso pedido de tombamento”, revela a presidente do IAB-BA. O Palácio Rio Branco representa o centro de comando, residência e despacho oficial dos primeiros governadores do Brasil e vice-reis, desde 1549, foi sede da República Baiana em 1837 durante a Sabinada. Somente em 1912, após o bombardeio do edifício, a residência oficial do governo do Estado foi mudada para o Palácio da Aclamação, mas o centro de decisão do Estado aí permaneceu até a década de 1970, quando a sede do governo foi transferida para o então recém-construído Centro Administrativo da Bahia (CAB).

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