14 de abril de 2019 | 12:26

Alemanha é pressionada por FMI a adotar medidas de estímulo à economia

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Com a desaceleração da economia global e sinais de que serão necessárias medidas de incentivo, economistas têm pressionado a Alemanha e outros países que têm condições de prover estímulos mas não estão adotando medidas neste sentido até o momento. Políticas de estímulo à economia estiveram no centro das discussões dos encontros do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, Estados Unidos, neste fim de semana. Em seu relatório anual sobre políticas fiscais globais, o FMI destacou a Alemanha, a Coreia do Sul e a Austrália como países onde estímulos fiscais poderiam fazer sentido. No início deste mês, o FMI pediu à Suíça que aumentasse os gastos públicos. O FMI, apoiado pelos EUA, tem pressionado os alemães e outros países com superávits orçamentários a cortar impostos ou aumentar os gastos a fim de sustentar o crescimento. Países com excedentes orçamentários “certamente deveriam fazer uso disso para investir e participar do desenvolvimento econômico e do crescimento”, disse a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde. “Mas não foi feito o suficiente nessa área”, acrescentou. O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, afirmou concordar com a posição do FMI em relação a países superavitários, como a Alemanha. Os EUA estão, no momento, com grandes déficits. A ideia por trás do estímulo é que, quando as economias estão fracas, os governos substituem a falta de demanda privada por meio de gastos ou cortes de impostos. Em tempos de intenso estresse, como a crise financeira global de uma década atrás, os economistas concordam que os governos devem fazer todo o possível para impulsionar o crescimento.

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