Foto: Reprodução/Twitter Ernesto Araújo
Filipe G. Martins, assessor especial para assuntos internacionais do presidente Jair Bolsonaro; e o chanceler Ernesto Araújo 22 de março de 2019 | 15:31

Para assessor de Bolsonaro, há ‘tentativa de isolar ala anti-establishment do governo’

brasil

Assessor especial para assuntos internacionais do presidente Jair Bolsonaro, Filipe Martins defendeu em seu Twitter, nesta sexta-feira, 22, a necessidade de uma “coordenação efetiva” entre “diferentes alas do governo” para arregimentar apoio popular à atual administração “de modo que o povo tenha um papel ativo na proteção da Lava-Jato, na promoção das reformas econômicas e na quebra da velha política”. Em uma série de postagens na rede social e sem citar nomes, Martins avalia que “há uma flagrante tentativa de isolar a ala anti-establishment do Governo Bolsonaro”. Segundo ele, “a única forma da equipe econômica conseguir o que quer, e refundar a economia brasileira em bases liberais, é recorrendo à enorme mobilização popular que só a agenda de idéias (sic) e valores da ala anti-establishment do governo é capaz de liberar”. Nos últimos dois dias, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou o ministro da Justiça, Sérgio Moro, desqualificou seu pacote anticrime enviado ao Congresso e, após ser alvo de postagens de Carlos Bolsonaro – filho do presidente -, disse ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que deixará articulação política da reforma da Previdência. “Eu sou a boa política, e não a velha política. Mas se acham que sou a velha, estou fora”, afirmou o presidente da Câmara na quinta-feira, 21, segundo relatos de deputados. Martins escreveu ainda que “tentam vender p/ a equipe econômica a ilusão de que é possível romper com o sistema patrimonialista que existe há 500 anos, desde as Capitanias Hereditárias, por meio da cooperação ativa com os oligarcas e sem romper com a forma convencional de fazer política no Brasil”. Para ele há em curso uma tentativa de isolar o grupo chamado de “anti-establishment” do governo, com críticas e acusações que teriam o objetivo de torná-la mal vista por outras alas que compõem o governo. “Fazem isso porque sabem que essa é a maneira mais eficaz de quebrar a mobilização popular que tornou possível a vitória de um candidato outsider – sem alianças com os donos do poder e sem recursos além de uma multidão de apoiadores – e que é capaz de fazer prosperar o seu governo”, escreveu.

Estadão
Comentários