Foto: Divulgação
Eike Thor Batista 22 de março de 2019 | 08:43

Justiça determina bloqueio de R$ 778 mi do filho de Eike

brasil

A Justiça de Minas decretou o bloqueio de R$ 778 milhões do patrimônio de Thor Batista, filho do empresário Eike Batista. A decisão visa garantir pagamento aos credores das empresas de Eike. A decisão da juíza Cláudia Helena Batista, da 1.ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, alcança também as contas de algumas empresas do grupo econômico de Eike, a Meistershaft Hondin, Aux Luxembourg Sarl, Aux LLC, EBX Holding Ltda, Meistershaft Hondin, OTX Fund LLC e 63X Master Fund. deve alcançar . O pedido de tutela de urgência foi requerido pelo gestor judicial da MMX Sudeste Mineração S.A., empresa fundada por Eike e que se encontra em recuperação judicial desde 2014. Segundo o atual representante da empresa, não foi possível recuperar os ativos da MMX. Em processo anterior, já havia sido determinado o bloqueio do patrimônio dos controladores da empresa – o ex-empresário e os fundos Centennial Asset Mining Fund LLC e Mercato Botafogo RFCP Fundo de Investimento Longo Prazo. Na avaliação da juíza, provas obtidas pelo gestor no exterior demonstraram que vantagens financeiras obtidas com a supervalorização fraudulenta dos ativos da MMX foram recebidas por Thor e empresas estrangeiras. Estas teriam sido ‘criadas para dispersar o dinheiro pelo mundo dificultando o seu rastreamento e a sua recuperação para pagamento das dívidas da empresa’. Segundo o atual representante da empresa, os ativos da MMX foram propositalmente supervalorizados em cerca de 500%, o que influenciou o mercado financeiro com falsas expectativas de extração minerária. Entre 2007 e 2008 a venda desses ativos, que foi realizada pela Centennial, empresa controlada por Eike, teria gerado um enriquecimento de R$ 634 milhões. O gestor judicial da MMX também anexou ao pedido de tutela informações oficiais de que no ano de 2013, Eike doou R$ 130 milhões ao filho, que passou a operar esses e outros recursos financeiros em benefício próprio e de seu pai através de plataformas jurídicas no exterior.

Estadão
Comentários