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Antonio Imbassahy passou por guarda-chuvas diversos ao longo de sua carreira política 10 de janeiro de 2019 | 15:53

Com Dória, Imbassahy entra em nova “Era”, mas sob conflito entre SP e Bahia

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A decisão do deputado federal tucano Antonio Imbassahy de aceitar a secretaria especial que o coloca como chefe do escritório do governo de São Paulo em Brasília o põe sem dúvida nenhuma muito próximo do governador João Dória, sobre o qual são grandes as apostas de que assumirá o controle do PSDB no futuro.

A situação leva naturalmente à especulação de que, por esta razão, Imbassahy pode ser empoderado internamente no partido para quaisquer batalhas de queira tomar parte, em especial aquelas relativas à disputa pela Prefeitura de Salvador, no ano que vem, ou mesmo para o governo do Estado da Bahia, em 2022.

O problema para o ex-prefeito será apenas o de compatibilizar o papel de defensor do governo paulista com relação a seus futuros objetivos político-eleitorais. Afinal, em muitos pontos os interesses de São Paulo conflitam frontalmente com os do Estado da Bahia, entre os quais pode se destacar, por exemplo, a questão do ICMS.

E isso, se acontecer de se configurar no período de sua gestão, não deixará de ser usado naturalmente de forma aberta por seus adversários.

Ainda assim, levando-se em conta a conhecida habilidade política do parlamentar, à qual críticos preferem às vezes dar outro nome, talvez nem isso se constitua num verdadeiro obstáculo para Imbassahy, principalmente se ele conseguir construir uma boa justificativa para a nova empreitada.

Quem sabe, as mesmas que foi elaborando para ir se abrigando sob guarda-chuvas tão diversos quanto, primeiro, o do ex-governador ACM, depois o do ex-ministro José Serra, passando pelo de Aécio Neves e o do próprio Geraldo Alckmin, até chegar o de Michel Temer (MDB), de quem conseguiu a proeza inesperada de ser ministro.

Agora Dória, como os demais, enquanto duraram, pode ser apenas o início de uma nova Era para Imbassahy.

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