15 de janeiro de 2019 | 16:23

Bancada da bala se divide sobre número de armas liberadas em decreto

brasil

A possibilidade de uma pessoa poder adquirir quatro armas de fogo para ter em casa desencadeou críticas de parte de integrantes da chamada “bancada da bala”, como é conhecido o grupo de parlamentares cuja origem são forças policiais, Forças Armadas ou da área de segurança pública. Segundo decreto divulgado nesta terça-feira, 15, pelo governo de Jair Bolsonaro, cada brasileiro poderá ter direito a quatro armas ou mais. Para alguns dos deputados ouvidos pelo Broadcast Político, a medida é um “exagero”. “Quatro pistolas em casa é muito, não tem necessidade”, disse o deputado Capitão Augusto (PR-SP), que fez carreira na Polícia Militar. “Flexibilizaram um pouco para mais. No caso de defesa pessoal, você ter no máximo duas já está de bom tamanho. Se estivesse especificado que poderiam ser quatro armas, sendo uma de cano longo, duas armas de porte menor e uma quarta um pouco maior…. Agora se não especificar, a pessoa tem direito a quatro pistolas, é exagerado”, complementou. Também com origem na Polícia Militar, o deputado Capitão Wagner (PR-CE) disse que essa medida pode permitir que pessoas tenham um “arsenal” dentro da própria residência, o que ele enxerga com certa preocupação. “Eu acho muita arma. Você pode ter um arsenal em casa. O próprio profissional da segurança tem uma limitação (de quantas armas pode ter em casa)”, argumentou. A questão deve gerar divergências dentro da própria bancada já que outros deputados com origem na PM tem mostrado pontos de vista diferentes. “Eu não acho que é exagerado. O criminoso quando entra numa residência, ele não entra com uma arma só. Eles podem entrar com cinco ou seis armas”, defendeu o deputado Capitão Derrite (PP-SP), que também fez carreira na Polícia Militar de São Paulo.

Estadão Conteúdo
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