Foto: Ed Ferreira/Estadão
O ex-deputado Luiz Argôlo cumpre pena em regime fechado após condenação na Operação Lava Jato 19 de outubro de 2018 | 17:01

Homem é achado em trabalho escravo na fazenda de pai de Luiz Argôlo

bahia

Um homem de 48 anos foi encontrado em condições análogas à de escravidão e um grupo foi achado em situação irregular de trabalho, após fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho na Bahia (SRTE-BA). A ação ocorreu em duas fazendas da cidade de Entre Rios, cidade a cerca de de 130 km de Salvador, na quarta-feira (17). Conforme informações do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da SRTE-BA, as propriedades rurais pertencem a Manoelito Argôlo dos Santos, ex-prefeito de Entre Rios, dono de diversas fazendas de gado na região, e pai do ex-deputado federal Luiz Argôlo, que cumpre pena em regime fechado após condenação na Operação Lava Jato. Já na Fazenda Rancho Alegre, também de propriedade de Manoelito Argôlo, os trabalhadores recebiam menos que um salário mínimo pelas atividades, não tinham equipamentos de proteção e nenhum deles fazia exames médicos ocupacionais, segundo informou o SRTE. O valor total devido aos empregados supera os R$ 150 mil. Também não era feito o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e ninguém tirava férias. Conforme relato dos trabalhadores, eles viviam cerca de 30 anos nessas condições de trabalho. A SRT disse que uma reunião foi realizada na quinta-feira (18) com os representantes do empregador, que se recusou a regularizar os vínculos e realizar o pagamento dos trabalhadores. Diante da situação, será ajuizada ação civil pública em face do empregador e ele também deverá ser responsabilizado por meio de ação penal. Conforme a superintendência, as propriedades têm pista de pouso e hangar para aviões. Ao lado da casa da família, na sede da fazenda Rancho Alegre, há um grande parque de exposições, que leva o nome do proprietário, Manoelito Argôlo. Outro fato que chamou a atenção dos fiscais foi que havia centenas de filtros de água de barro amontoados na varanda de uma casa da fazenda. Alguns estavam quebrados, mas muitos permaneciam dentro de caixas. A equipe documentou o fato e comunicou o caso ao Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) para que sejam apurados a origem e o destino do material encontrado. As informações são do site G1/Bahia.

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